Graus Simbólicos – Introdução
Esta pequena introdução tem o objetivo de distinguir e contextualizar Símbolos Sabeus, neste universo de Graus Simbólicos Zodiacais, pois tenho percebido uma pequena confusão : para alguns, qualquer sistema de graus simbólicos zodiacais é denominado Símbolos Sabeus.
Atribuir símbolos a graus zodiacais é uma técnica milenar que nasceu no Oriente e foi exportada para o Ocidente. Neste contexto, Símbolos Sabeus é um conjunto contemporâneo de 360 símbolos, nascido no sec. XX nos Estados Unidos e vem dar uma nova marca a esta prática, utilizando temas modernos.
Graus simbólicos técnica milenar
Primeiramente, é preciso explicar que encontram-se indícios da prática desta técnica desde a Antiguidade, mais especificamente na Grécia e Egito antigos. Tomemos como por exemplo sobretudo, O filósofo e astrólogo grego Metrodorus of Scepsis (145 AC – 70AC) que a empregou no desenvolvimento da metodologia denominada Arte da Memória, utilizando um esquema memorizado baseado em 360 lugares e 12 signos zodiacais.
Segundo a Wikipedia, ele era famoso pelo poder de sua memória, portanto, acredita-se que ele tenha sido uma figura-chave no desenvolvimento da arte da memória.
Essa arte de Metrodorus consistia, todavia, num grupo associado de princípios e técnicas mnemônicas que são usados para organizar impressões de memória, melhorar a recordação, assim como auxiliar na combinação e na “invenção” de ideias.
Posteriormente, Frances A. Yates, em 1966, no livro A Arte da Memória, menciona o fato nos seguintes termos: “Suspeito que Metrodorus fosse versado em astrologia, pois os astrólogos dividiam o Zodíaco não apenas em 12 signos, mas também em 36 decanatos, cada um cobrindo dez graus; para cada decanato havia uma figura de decano associada.”
Segundo o filósofo grego Hecateu de Abdera ( sec IV e III AC), no Ramesseum, templo funerário do faraó Ramsés II, havia um conjunto de símbolos para cada dia do ano gravado em um anel circular de pedra no teto do túmulo do faraó.
Graus simbólicos na Idade Média
Figura de Los Grados de Gemenis – Libro del Saber – Biblioteca Vaticana
Na Idade Média, o médico, filósofo e astrólogo Pietro d’Abano (1257-1315). Professor da Universidade de Pádua , é quem se destaca nesta técnica, chegando a inspirar a criação de novos sistemas, tais como de Johannes Angelus, Charubel, Sepharial, Adriano Carelli , Janduz e Isidore Kozminsky.
Símbolos Sabeus
O sistema denominado Símbolos Sabeus nasceu em 1925 nos Estados Unidos através da mediunidade de Elsie Wheeler e organizado pelo filósofo e astrólogo Marc Edmund Jones.
Totalmente moderno e original, fora dos padrões das imagens medievais , sem fatalismo e nenhuma ligação com os sistemas renascentistas anteriores , acabou constituindo-se um marco para esta técnica de graus simbólicos.
Hoje, encontramos vários sistemas , alguns inspirados nos moldes renascentistas, outros em Símbolos Sabeus .
Há também outros dos quais desconhece-se não somente a filosofia subjacente, bem como como nasceram e como foram desenvolvidos.
Graus simbólicos e sua complexibilidade
Os astrólogos praticantes assim como os autores de algum sistema de grau simbólico têm alertado o quão é complexa a criação de um novo sistema independente.
Mesmo que a intuição se encontre presente, é imprescindível anos, ou mesmo décadas para que o astrólogo criador pesquise e corrobore todo o conteúdo recebido
Voltaremos ao assunto posteriormente .
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