Arquétipo segundo a teoria de Carl Gustav Jung
Arquétipo segundo a teoria de Carl Gustav Jung>> Segundo Jung, as imagens arquetípicas são parte de um sistema vivo de interações entre a psique humana e o mundo exterior.
Ademais, elas se constituem numa resposta ao mundo, desfazendo a ideia de que existe uma separação entre interior e exterior.
A partir dessa premissa, precisamos entender e, fundamentalmente, nos vermos como um todo.
Nada existe fora de nós que já não exista dentro.
Arquétipo enquanto imagem primordial
Inicialmente Jung chamou os arquétipos de “imagens primordiais”.
Esse nome foi escolhido sobretudo, por possuírem uma relevância decisiva para a vida psíquica em sua totalidade, além de um caráter funcional dominante e, uma carga de energia muito elevada.
Desde o ano de 1919, o nome dessas imagens foi trocado por “arquétipo”.
A palavra arquétipo é composta tanto pelo radical grego arché, que se refere a início ou origem; como por tipo, palavra derivada de um verbo grego que significa golpear.
Seu significado é, portanto, impressão de um modelo.
Porquanto o arquétipo seja uma estrutura vazia onde formas de vida são modeladas, quando recheado de conteúdo, ele se transforma.
A partir desse momento, ele se torna um recipiente através do qual a vida pode ser retratada.
Não existe representação concreta e material para ele, pela razão de eclodir na consciência sob a forma de ideias e imagens arquetípicas.
As imagens arquetípicas são, pura e simplesmente, padrões universais que habitam a esfera do inconsciente coletivo.
Dentre essas imagens, podemos citar como exemplos, tanto os conteúdos das religiões, como os mitos, as lendas e artes.
THE GREAT MOTHER, An analysis of the Archetype by Erich Neumman, Bollingen Series, XVII, Princeton University Press
” A dinâmica, o efeito do arquétipo, é manifestado em processos energéticos dentro da psique, processos que ocorrem tanto no inconsciente, como entre o inconsciente e a consciência.
Esses efeitos aparecem, por exemplo, em emoções positivas e negativas, em fascinações e projeções, e ainda, em ansiedade, nos estados maníacos e depressivos, assim como nos sentimentos de que o ego está sendo sobrepujado.
Todos os humores que tomam por completo a personalidade, são uma expressão do efeito dinâmico do arquétipo, não importando se esse efeito é aceito ou rejeitado pela consciência; contudo, ele permanece inconsciente, ou então, se apossa da consciência.
O simbolismo do arquétipo é a manifestação de imagens específicas, as quais, são percebidas pela consciência e que são diferentes para cada arquétipo.
Os diferentes aspectos de um arquétipo são manifestados em diferentes imagens”
Atuação dos arquétipos
Os arquétipos atuam em nossa vida como espíritos autônomos que, quando constelados, nos fazem mudar o tipo de resposta que nos é peculiar aos estímulos externos.
Quando da constelação de um arquétipo, somos invadidos por estranhas emoções, assim como, somos capazes de reações que não reconhecemos como fazendo parte de nossa personalidade.
Dessa forma, nós podemos facilmente entender que não optamos por um arquétipo, mas, outrossim, somos tomados por ele.
Sempre que nos ocorre uma forte reação emocional com relação à uma pessoa ou situação, um complexo foi constelado ou ativado.
Aqueles arquétipos com que nos deparamos de forma mais frequente no decorrer de nossas vidas são, a persona, a sombra e, a sizígia anima-animus.
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