O estudo de um mapa na visão do jyotiṣa

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Karma-phala: os frutos do karma

Em um horóscopo (jātaka) temos descrito o karma-phala, isso é, os frutos do karma que o indivíduo realizou em sua vida pregressa. Varāhamihira, em seu Bṛhat jātaka (1.3), confirma isso: O estudo de um mapa na visão do jyotiṣa,
karmarjīvaṁ purvabhave sadādī yat tasya paktīṁ samabhīvyanaktī
“As configurações dos grahas (planetas) presentes no momento do nascimento de um indivíduo são os frutos de suas atividades em vida passada”

O termo sânscrito usado para se referir a esse karma é prārabdha (iniciado) e compreende o período que vai desde o momento da concepção do indivíduo até a sua morte. Em outras palavras, pode-se dizer que o prārabdha é o karma manifesto ou que frutificou, enquanto o karma que permanece imanifesto é designado aprārabdha.

Desvendando a natureza do karma e sua manifestação futura

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Com a finalidade de desvendar a natureza do karma que fez um indivíduo encarnar, os astrólogos do passado desenvolveram uma metodologia de estudo muito inteligente, a qual se divide basicamente em duas fases: a de análise estática e dinâmica. No caso, a análise estática refere-se ao estudo das configurações do horóscopo, que podem ser definidas como yogas – uma relação de dois ou mais fatores astrológicos. Por meio desse estudo é possível determinar o que um indivíduo está destinado a vivenciar.
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Quanto a determinação do momento futuro de manifestação dos frutos indicados pelos yogas do horóscopo, isso é algo que compete a análise dinâmica. Basicamente, podemos dividir a análise dinâmica em duas fases: (1) o estudo das daśās ou períodos em que os grahas, juntamente de todas as suas promessas, são ativados; (2) o estudo dos trânsitos sobrepostos sobre o horóscopo. O estudo de um mapa na visão do jyotiṣa,

Combinando yogas e daśās

Ao combinar a análise estática e dinâmica, o astrólogo pode, portanto, não só dizer o que um indivíduo está destinado a viver como também quando isso se dará. Em poucas palavras, podemos considerar que o jyotiṣa é um sistema que trabalha com o estudo dos yogas e das daśās, sendo que os yogas são de inúmeros tipos, como yogas para eminência social (rāja yogas), riqueza (dhana yogas), misérias (ariṣṭa yogas), pobreza (daridra yogas), renúncia ou asceticismo (pravrajya yogas) e outros. Já as daśās se dividem basicamente em dois grupos: graha e rāśi daśās, onde o primeiro tipo divide o tempo de vida em períodos regidos pelos grahas e o segundo, pelos signos (rāśis). Inclusive, também se pode dividir as daśās em phalita e āyur daśas, sendo que as phalita daśās tratam da manifestação geral dos frutos do karma (karma phala), enquanto as āyur daśās são utilizadas para determinar especificamente problemas de saúde e a longevidade em si.

A metodologia tradicional de estudo de um horóscopo

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O estudo tradicional de um horóscopo, por exemplo, envolve primeiramente analisar os yogas que dão ou tiram vida, o que inclui também a realização de certos cálculos e o estudo das (āyur) daśās para decifrar a longevidade. Uma vez que isso foi determinado, o astrólogo então procede para o estudo dos yogas que conferem poder, riqueza, pobreza, misérias, etc., para ter uma boa ideia do que o destino reserva para o indivíduo. Por fim, é necessário precisar quando cada um desses yogas será ativado; para isso o astrólogo se vale das (phalita) daśās e do estudo dos trânsitos sobrepostos sobre o horóscopo. Se necessário, upāyas (medidas remediadoras) então serão recomendados para ajudar o indivíduo a lidar com o seu karma, o que envolve basicamente a recitação de mantras, votos (vratas) e outras atividades prescritas principalmente nos smṛtis – importantes textos sagrados da tradição hindu. Isso, claro, levando em conta as especificidades culturais (deśa), históricas (kāla) e individuais (pātra) da pessoa em questão, o que pode envolver um aconselhamento de upāyas que não necessariamente são de origem hindu.
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oṁ tat sat
Gaura Hari dāsa

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