O Importante ainda é competir

O Importante ainda é competir>> Certa vez uma reportagem na tv mostrou o que pareceu ser reações agressivas de pais, em respostas a possíveis frustrações frente ao “fracasso” de seus filhos atletas, quando esses “falham”.

Em pleno Terceiro Milênio, é lamentável que os pais ainda não percebam que altos níveis de exigência e descontrole emocional podem gerar estresse e consequentes somatizações.

Além de tanto insatisfação, quanto raiva e ressentimento, em lugar da autêntica gratificação interior que é sentida, quando se faz o que se gosta, sem ter que necessariamente atender às expectativas dos outros.

O Importante ainda é competir

Mesmo os grandes atletas também falham eventualmente e, com certeza, falharam no início de suas carreiras.

Portanto, a perfeição ou o total domínio da técnica (será que existe?)

Isso só virá com o tempo, muito treinamento, garra e confiança em si mesmo.

Entretanto, isto só se consegue com muito apoio, paciência e compreensão dos que cercam o atleta.

Esteja ele iniciando ou não sua vida nos esportes (ou em qualquer outra profissão).

O Importante ainda é competir – Michael Jackson é o exemplo clássico que pode nos alertar

Uma criança que parece ter sido tão exigida a ultrapassar seus limites, ser sempre a melhor.

Em contrapartida, não teve o direito de expressar o que sentia de forma livre e exercer seu poder de escolha.

Decerto acabou por atender às expectativas de seu pai: é o grande cantor, o grande vencedor.

Mas a que preço?

O que pode ter começado de maneira divertida (o talento natural que revelou desde tenra idade – cantar) pode ter se transformado em pesadelo para Michael Jackson.

O Importante ainda é competir mesmo com a perda da infância?

Tanto que, deixa transparecer, aos trinta e cinco anos, uma profunda negação de si mesmo …

Terá ele conseguido desenvolver um comportamento normal e equilibrado, ao longo de sua vida?

Não é o que parece!

Considero importante lembrar que nossos jovens atletas podem correr o risco sério de adotar um modelo de sociedade que só valoriza aquele que ganha sempre.

Não vencer uma competição pode suscitar sentimentos de menos valia.

Pode ainda, ser percebido como uma grande perda e não como fazendo parte natural da vida.

O Importante ainda é competir – Os dois lados de uma mesma moeda

Tomara que os pais desses jovens atletas “acordem” enquanto podem.

Primeiramente, que eles caiam em si e sintam em seus filhos a criança que eles mesmos, talvez um dia, tenham sido: muito cobrada, exigida, sem falhas!

Quem sabe desejem realizar-se em seus filhos?

Que percebam que ainda há tempo de reverter a situação.

Amizade, carinho, respeito e aceitação (aumentando a auto-estima).

Ao meso tempo, no lugar de possíveis ressentimentos que seus filhos já possam estar acumulando. Muitas vezes inconscientemente, contra eles, contra si próprios, enfim, contra o mundo.

Graça Teixeira
Graça Teixeira é psicóloga organizacional, e atua na área de Recursos Humanos, no Ministério da Aeronáutica. Sua sensibilidade e preocupação vêm se voltando ultimamente tanto para o stress – quanto para a Shantala – massagem milenar infantil, oriunda da Índia.




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material originário do antigo site Meio do Céu - Claudia Araujo, hoje denominado Grupo Meio do Céu - Claudia Araujo e composto por diversos novos colunistas. Essa é uma maneira de preservar o material do antigo site, assim como homenagear aqueles que não mais escrevem no site e/ou não mais estão entre nós nesse plano da existência. Claudia Araujo

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