ASTROLOGIA E AS MEDICINAS VITALISTAS

ASTROLOGIA E AS MEDICINAS VITALISTAS>> A Astrologia é o estudo dos ritmos e ciclos do movimento dos astros no céu, aplicado nas várias dimensões da existência.

O princípio básico que a rege não é o de “influência” (ligado ao conceito de causa-e-efeito), mas antes o de “ressonância”, ou “correspondência”.

Repousa em axioma atribuído a Hermes Trismesgisto, que diz que: “o que está em cima é como o que está embaixo”.

Dessa matriz inicial surgiram os conceitos de macrocosmos (o céu) e microcosmos (o humano) e sua íntima correlação ou correspondência .

Dimensões distintas vibrando um mesmo plano geral, integrado e funcional.

O Homem é parte integrante do Universo e constituído, de forma análoga, da mesma matriz e funções que este.

ASTROLOGIA E AS MEDICINAS VITALISTAS – Medicina e o conceito de micro e macrocosmos

ASTROLOGIA E AS MEDICINAS VITALISTAS
ASTROLOGIA E AS MEDICINAS VITALISTAS

Também a medicina esteve, por vários séculos, embebida nos conceitos de macro e microcosmos, firmemente defendidos por Paracelso.

Os homens de saber até a Idade Média eram, a um só tempo, médicos, matemáticos, astrólogos e alquimistas.

Não apenas esses eram os conhecimentos importantes da época, mas estavam inter-relacionados de forma tão fisiológica que seria inconcebível separá-los.

Todo o conhecimento até essa época abarcava o Céu (Astrologia), o Homem (Medicina) e a Terra (Física, de Physis)

A Revolução Científica, iniciada a partir do século XVI, e finalmente sedimentada a partir do século XVII, rompe com essa tradição de pensamento e instaura, paulatinamente, uma nova forma de sentir, perceber e conhecer o mundo e suas relações.

ASTROLOGIA E AS MEDICINAS VITALISTAS – A revolução científica e seus efeitos

Essa mesma Revolução, ao fim do século XVII, relega a Astrologia ao ostracismo das superstições e alça a Medicina ao conceito de Ciência, com a criação de uma metodologia racional para a aplicação de seu conhecimento.

Forja-se assim uma nova figura humana, baseada na Física Newtoniana do século XVII, modelada pela metáfora do Universo e do Homem como máquinas, cujo conhecimento do bom funcionamento de suas partes constitutivas reproduz aquele todo necessário que pode e deve ser entendido e manipulado, vigente na medicina ocidental até hoje.

Claro está que não faremos o mesmo processo, agora, com todo o conhecimento já adquirido dessa forma e com toda a tecnologia criada a partir dele – a mesma que nos permite esta conexão e essa troca de informações.

Mas claro está também que a revolução tecnológica e científica não conseguiu alcançar sua meta mais gloriosa:

  • dirigir a condição humana a um patamar mais elevado de saúde, conhecimento e relacionamentos.
O que fez com que a Astrologia resistisse, ainda que no breu, durante esses últimos séculos?

O que faz com que milhares de pessoas ao redor do mundo procurem formas ditas alternativas de terapias, que não encontram anteparo nos métodos científicos tradicionais?

Possivelmente, a mesma coisa.

A percepção interna de que, mesmo assim decretados, não somos máquinas.

Que fatores imponderáveis e imensuráveis regem nossos desígnios, desejos, sofrimentos; que por trás de toda a materialidade subjaz, ainda e sempre, um “mistério”.

Um plano vital que perpassa o corpo, lhe dá coesão e existência, mas não cabe na “balança”.

ASTROLOGIA E AS MEDICINAS VITALISTAS – e sua vinculação ao conceito de micro e macrocosmos

Com relação à Medicina, vários sistemas mantiveram-se desde sempre vinculados a uma filosofia de macro-microcosmos, como os orientais, em especial a Medicina Tradicional Chinesa e a Ayurvédica na Índia.

No Ocidente, paralelo ao modelo tradicional, dominado pelo cartesianismo, um sistema terapêutico, em particular, estabeleceu aquela filosofia para si: a Homeopatia

Modelo terapêutico até hoje pouco compreendido e presa fácil dos métodos científicos cartesianos.

Isso porque o que diferencia todos esses sistemas de pensamento, ditos analógicos e vitalistas, como a Homeopatia, as Medicinas Orientais e a Astrologia, da produção científica como a conhecemos hoje – lógica e mecanicista – é que as primeiras individualizam, mas integram; as últimas, generalizam, mas reduzem a partes sem integração.

É bom que se diga que muito do que se conhece de Astrologia Clássica aplicada ao campo da saúde também parece, muitas vezes, cunhada pelo viés mecanicista e fragmentário, por mais paradoxal que pareça.

A Astrologia tem muitos campos de aplicação, e a área de saúde é apenas um deles

ASTROLOGIA E AS MEDICINAS VITALISTAS – Astrologia como poderosa ferramenta na área médica

Entretanto, para um médico, ou qualquer outro profissional de saúde, que lida com as várias manifestações do sofrimento humano, a astrologia é uma poderosa ferramenta no auxílio diagnóstico e para a prevenção.

Isso porque a carta astrológica natal é um guia fiel, uma bússola segura para a orientação das tendências de comportamento e dos conflitos que aquele indivíduo traz para essa existência.

E as medicinas vitalistas têm por princípio que a doença é, antes de mais nada, um desvio do desejo, um desregramento da força que nos vitaliza (tão claramente desenhada no mapa), modelando a matéria que a abriga (nosso corpo)

Astrologia é um método excelente não só para apontar o quê – terrenos de saúde, órgãos e sistemas vulneráveis, conflitos emocionais que geram e mantêm doenças – mas também o quando.

Através de métodos variados de Direções Simbólicas do mapa de nascimento, pode-se prever os momentos mais suscetíveis de adoecimento e de acirramento dos conflitos, bem como os momentos de maior vitalidade, os melhores períodos para realizar cirurgias e as formas mais adequadas de tratamento, consoante as próprias peculiaridades individuais mostradas pelo mapa.

Mas para que façamos isso, é imprescindível um bom conhecimento de Astrologia, além de uma boa dose de compreensão do ser humano, nos nossos muitos planos: físico, mental, emocional e espiritual

IMAGEM INTERNA: https://theilluminationofmetatron.com/digital-light-and-geometric/ (acesso em 05.11.2018)



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Ana Teresa Ocampo

Astróloga e médica sanitarista e homeopata no Rio de Janeiro. astro.anaocampo@gmail.com

4 comentários em “ASTROLOGIA E AS MEDICINAS VITALISTAS

  • novembro 7, 2018 em 11:14 pm
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    Ótima texto sobre astrologia médica, parabéns.

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    • novembro 7, 2018 em 11:32 pm
      Permalink

      Obrigada, Reginaldo, pela visita e pelo incentivo!

      Resposta
  • novembro 8, 2018 em 1:14 am
    Permalink

    Muito bom, Ana. Gostei muito de conhecer esse tema. Bj

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    • novembro 27, 2018 em 12:31 am
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      Obrigada, Anna! A relação entre astrologia e os temas de saúde é mesmo fascinante e útil, além de ser um campo muito vasto.

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