IMAGENS ARQUETÍPICAS
IMAGEM ARQUETÍPICA>> O conceito de imago é a base para a compreensão da imagem arquetípica.
As imagens arquetípicas são a forma ou representação de um arquétipo na consciência.
Elas são padrões ou motivos universais, que se originaram no inconsciente coletivo.
São portanto, o conteúdo básico das religiões, assim como das mitologias, lendas e contos-de–fadas.
Elas não são literais porque se exprimem de forma metafórica. ( imagos)
Existem inúmeras imagens que se referem ao mesmo conteúdo arquetípico.
Um mesmo tema pode ser expresso metaforicamente pelo sol, também pelo rei, pelo tesouro guardado por um dragão, etc..
Todas elas podem estar se referindo para a energia vital, a força da vida, mas se expressando através de imagens diversas
IMAGEM ARQUETÍPICA – PADRÕES ARQUETÍPICOS
Entretanto, no nível pessoal, os motivos arquetípicos são padrões de pensamento ou comportamento comuns à toda a humanidade, em todos os tempos e em todos os lugares.
Essas imagens são produzidas pelo inconsciente, não são ¨pensadas¨, porém representadas
Jung chama esses esquemas aos quais elas estão ligadas de arquetípicos, o que quer significar uma disposição funcional a produzir representações iguais ou análogas.
Entretanto, os arquétipos não são apenas conceitos ou esquemas de representação.
Na mentalidade primitiva, eles são vivenciados como seres, deuses, ou daimons, como “agentes pessoais”.
Desta maneira, os arquétipos encontram-se nos fundamentos da magia e da religião
Com o desenvolvimento do pensamento lógico, passaram a ser moldes para elaborar conceitos.
Eles são os “complexos da humanidade”.
IMAGEM ARQUETÍPICA – arquétipos
Esses arquétipos possuem como uma “eterna presença”, a questão é se a consciência percebe ou não essa eterna presença.
Quanto mais indeterminado é o arquétipo, ele é oriundo das camadas mais profundas do inconsciente coletivo, de onde provém
Na linguagem do inconsciente, que é uma linguagem figurada, os arquétipos aparecem em forma de imagens personificadas ou simbólicas.
O número de arquétipos é limitado porque corresponde as possibilidades de vivências típicas fundamentais que o ser humano experimentou desde sempre
Seu sentido se acha para nós precisamente naquela “experiência primitiva” que eles representam e para a qual servem de mediadores.
São forças vitais anímicas que querem ser levadas a sério, e de modo estranho, fazer-se valer.
IMAGEM ARQUETÍPICA – palavras de Jung
Jung:
“Depois da ruptura com Freud começou para mim um período de incerteza interior e mais que isso, de desorientação.
Eu me sentia flutuando pois, ainda não encontrara a minha própria posição.
O que mais almejava nesse momento era adquirir uma nova atitude em relação aos meus doentes.
Em primeiro lugar decidi confiar incondicionalmente naquilo que contassem sobre eles mesmos.
Pus-me então a escuta do que o acaso me trazia.
Constatei logo que relatavam espontaneamente seus sonhos e fantasias; eu apenas formulava algumas perguntas, tais como :
“O que pensa disso?” ou “Como compreende isso?
De onde vem essa imagem? ”
Das respostas e associações apresentadas por eles, as interpretações decorriam naturalmente.
Deixando de lado qualquer ponto de vista teórico, apenas os ajudava a compreender por si mesmos suas imagens.
Logo percebi, que era correto tomar, como base de interpretação, os sonhos tais como se apresentam.
Eles são o fato do qual devemos partir (…)
Vivi nesse momento , um instante de excepcional lucidez; diante de meus olhos desenrolou-se o caminho que até então percorrera.
Pensei: “Possuo agora a chave para a mitologia, e poderei abrir todas as portas da psique humana inconsciente”
Ouvi então uma voz murmurar dentro de mim:
Por que abrir todas as portas? “e logo emergiu a interrogação sobre o que já havia realizado.
Eu esclarecera os mitos dos povos do passado; escrevera um livro sobre o héroi, este mito em que o homem sempre viveu.
“Mas em que mito vive o homem de nossos dias?
– No mito Cristão, poder-se-ia dizer.
– Por acaso vives nele? Algo perguntou em mim.
– Respondo com toda a honestidade, não!
– Não é o mito no qual vivo.
– Então nós vivemos mais de um mito?
– Mas qual é o mito para ti, o mito no qual vives?”
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