PSICANÁLISE E RELIGIÃO
Psicanálise e Religião>> analisemos os pontos em comum e os que estão destituídos de sentido
Primeiramente, não ME parece que a PSICANÁLISE seja uma religião.
Simplesmente porque Não há NENHUM DEUS para se acreditar.
Ademais, os PECADOS não são nem rapidamente perdoados nem totalmente INDESEJÁVEIS aos ouvidos do ANALISTA.
A confissão dos pecados ao analista não visa o perdão, mas a cura e a busca da integralidade
Psicanálise e Religião – Nem só dos pecados vive o set analítico
Baseados nisso, portanto, também não procuramos as VIRTUDES de forma INTERESSADA.
Inexiste a EXPECTATIVA de que o bom COMPORTAMENTO será retribuído numa VIDA FUTURA.
A opção do analista é sempre o PRESENTE , e esse é o presente de uma análise bem sucedida.
Nós, essa “horda selvagem” (expressão de Freud), não outorgamos a NINGUÉM a RESPONSABILIDADE pela ADMINISTRAÇÃO de nossa VIDA.
Além disso, COMPREEDEMOS que, se Deus existe e deseja alguma coisa de nós, tal desejo não pode ser outro a não ser que tornemo-nos adultos e maduros o suficiente para assumirmos responsavelmente a própria jornada da vida.
Entretanto, se QUISERMOS ACEITAR a ideia de que a salvação do ser é o objetivo da religião então PODERÍAMOS dizer que também a psicanálise se ocupa com uma ESPÉCIE de SOTERIOLOGIA anímica.
Em síntese é isso o que ela tem como finalidade, é essa a sua busca.
A análise enfrenta o desafio de salvar o indivíduo de si mesmo, de suas trapaças consigo mesmo.
Além de perseguir as verdades que muitas vezes o próprio desconhece, mas que são suas e lhe dizem respeito
Na BASE, simultaneamente, religião e PSICANÁLISE AMAM a verdade.
A verdade, como nos ensinou nosso Filho-Deus, nos LIBERTA de NOSSAS neuroses.
Enquanto estivermos negando a nós mesmos aquilo que é verdadeiro em nós e que pode não fazer sentido para os demais, não cumpriremos nosso objetivo.
Não perseguimos aquilo que o analisando julga ser verdadeiro nele mesmo, mas sua verdade interior.
Bonita ou feia aos olhos dos demais, é o que menos nos importa.
