Deusas gregas menos conhecidas – O Caminho de um relacionamento Amoroso II

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Deusas gregas menos conhecidas 4. A Deusa Ate

A Deusa Ate é a responsável pela insensatez, pela ruína, pelo pecado, pela discórdia e pela confusão por bobagens.
Faz com que se perca o poder do discernimento moral, do julgamento e da ação correta.

Quem se via sob a influência de Ate, apelava para as três Lites (preces)

Ate compelia nações ou pessoas a agirem sob a inclinação de ate (insensatez, discórdia), sucumbindo ao pecado de hybris (soberba, orgulho).

Deusas gregas menos conhecidas 5. As Moiras

Fala-se muito sobre as “escolhas” que as pessoas fazem; se coisas boas ou ruins acontecem, são por suas escolhas; que todos construímos e moldamos nossas vidas e destino através de nossas escolhas.
Entretanto, existem inúmeros fatos que não corroboram essas afirmativas.
Desde o nascimento até a morte – os dois principais pontos de não escolha – vivenciamos situações que independem de nossa vontade, tais como: poder ter ou não filhos, que estes nasçam sadios, sofrer ou não de determinadas doenças de ordem genética, etc.

E, isso é o que chamamos destino ou fatalidade, que era representado na Grécia Antiga pelas três deusas Moiras (ou Parcas)

As três Moiras são: Cloto, a fiandeira, representa a que tece a teia da vida; Átropos, a que cortava o fio da vida; e, Láchesis, a que distribui a parte que cabe a cada alma.

Deusas gregas menos conhecidas

Existia, ainda, na Grécia Antiga, uma outra fatalidade, a úpermoira, que era uma sina que a pessoa atraía para si em função do pecado, ou seja, era uma consequência do pecado.
E úpermoira podia ser evitada.

Então, pode-se dizer que a fatalidade ou sina determinada pelas Moiras é uma predestinação que só pode ser enfrentada, mas não evitada

.
Não é determinada por boas ou más ações do sujeito ou de seus pais; não está ligada a uma vida com ou sem pecado.

Já a úpermoira, sim.

Enfrentar a sina exige e desenvolve o caráter (do grego, xaracter que significa ser alguém definido), ou seja, determinados princípios a que se permanece fiel independente de confrontações.
E este é o caminho para a individuação, o caminho para realizarmo-nos como indivíduos únicos.
Sendo a fatalidade inevitável, o mesmo não se pode dizer do destino pois este pode ou não ser cumprido, sendo determinado pela maneira que enfrentamos as fatalidades e fazemos nossas escolhas (caráter).

Deusas gregas menos conhecidas 6. As Erínias (ou Fúrias)

As Erínias viviam no Tártaro, que era a parte do subterrâneo reservado aos mortais que eram levados para lá como forma de castigo pois haviam cometido alguma grave ofensa contra os deuses.
Elas carregavam tochas, serpentes e chicotes, e representavam os espíritos da vingança feminina.
As três Erínias são: Aleto, a incessante, a implacável; Tisífone, a inexorável; e, Megaira, a raiva invejosa.

Elas defendiam os valores femininos primordiais: a fidelidade ao amor e os direitos e a santidade da família, especialmente das mães

E, quando estes eram violados, perseguiam furiosamente suas vítimas.
As Erínias também eram chamadas por Eunêmides, com a intenção de não pronunciar seus verdadeiros nomes.
Mas, como Eunêmides, eram responsáveis pela abundância e bênçãos quando a natureza era honrada, quando a ordem natural era respeitada.
O inconsciente quando negligenciado pode voltar-se contra o consciente, tornando-o destrutivo, isto é, levando o indivíduo a provocar acidentes ou doenças para si mesmo.

Este é o efeito das Erínias na psique humana

Crédito de imagem Erinias, de Boris Vallejo

Anyara Menezes Lasheras
Psicóloga Clínica. Pós-graduada em Psicologia Analítica Junguiana.




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2 comentários em “Deusas gregas menos conhecidas – O Caminho de um relacionamento Amoroso II

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