Os Luminares I
Os Luminares I
Sol e Lua
Lê-se no Zohar:
“ Deus criou duas grandes luzes, ascenderam juntas com a mesma dignidade.
A Lua, porém, não estava à vontade com o Sol e, na verdade, cada um se sentia mortificado pelo outro.
A Lua disse: “Onde apascentas teu rebanho?
O Sol disse: “Onde levas a repousar teu rebanho ao meio-dia?”
Por isso, Deus disse a ela: “Vai e torna-te menor.
“ Ela se sentiu humilhada e disse: “Por que razão seria eu a que se cobre com véu?”
Deus disse então: “Segue teu caminho guiando-te pelas pegadas do rebanho.”
Por isso, ela diminuiu a si mesma de tal modo que se tornou a líder das fileiras mais inferiores.
Desde então, nunca mais teve luz própria, obtendo sua luz do Sol.
A princípio, eles continuaram em pé de igualdade; mais tarde, porém, ela foi se tornando a menor de suas próprias fileiras, embora continuasse a líder delas.
Quando a Lua estava em conexão com o Sol, era luminosa; mas tão logo se separou do Sol e foi-lhe atribuído o comando de suas próprias hostes, ela reduziu sua posição e sua luz, e cascas sobre cascas foram criadas para cobrir o cérebro, e tudo em proveito do cérebro”
Os Luminares I – sol
O Sol, sendo o centro do nosso sistema, é o símbolo também da consciência, portanto, um fator masculino da psique.
Por conseguinte, representa o estado de ser e capacitar nosso ego na conquista de seus objetivos.
Assim sendo, é ele quem faz cumprir a trajetória do herói que vive em cada um de nós.
O cavaleiro que conduz nossa caminhada rumo à realização e à totalidade.
Funciona então, como agente e suporte para o estado de ser mais abrangente, o SELF.
Ele é nosso objetivo, é o ponto de chegada do herói ao qmergulharmo ue almejou em seu percurso. Entretanto, precisa estar alinhavado aos demais pontos de nosso mapa natal.
Os Luminares I – lua
A Lua, enquanto representante noturna do mundo invisível, o local onde jazem nossos complexos e lembranças, é a regente do mundo transitório e obscuro do nosso inconsciente.
Feminina e úmida, é o recipiente que abriga tanto nossa vida emocional quanto nossas bases.
Bases essas, que se bem alicerçadas, podem dar sustento à caminhada do Sol.
Maternal, porém, também devoradora, influi eternamente nessa trajetória solar. Por toda a vida existe a necessidade de harmonizar essas duas energias.
O desalinho entre as duas é capaz de desalinhar toda nossa vida. São inseparáveis para que possamos ter uma vida harmônica.
Nosso sol não brilhará se não mergulharmos na escuridão da Lua e iluminarmos seus recônditos mais profundos.
“A Lua é, pois, a sombra do Sol e se desgasta junto com os corpos corruptíveis, por sua corrupção, e ainda por meio da umidade de Mercurius, eclipsa-se a Leão;
mas esse eclipse se transforma em utilidade e em uma natureza melhor e mais perfeita do que a primeira.
A mutabilidade da lua e sua capacidade de eclipsar-se é explicada como sendo sua corruptibilidade;
essa propriedade negativa eclipsa até mesmo o Sol…
Do mesmo modo, a umidade da Lua mata o Sol.
Ao conceber à Luz a prole dos filósofos, e ambos os pais ao morrerem, transmitem suas almas ao filho e morrem e desaparecem.
E os pais se tornam a comida do filho…” C. G. Jung, Mysterium Coniunctionis
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