Os Druidas – parte II

Os Druidas – parte II

A crença céltica dizia que o homem teria a ajuda dos espíritos protetores. E sua libertação dos ciclos reencarnatórios seria mais rápida assim. Cada pessoa tinha a responsabilidade de passar seus conhecimentos adiante. Conquanto para as pessoas que estivessem igualmente aptas a entenderem a lei de causa e efeito. Inegavelmente também conhecida atualmente como lei do carma, daí a origem de diversas Ordens Iniciáticas do Ocidente.

I – A ligação com a natureza:

Não admitiam que a Criação pudesse ser estudada dentro de templos constituídos por mãos humanas. Assim, faziam dos campos e das florestas, principalmente onde houvesse antigos carvalhos, os locais de suas cerimônias científicas.

Também não admitiam cerimônias em círculos de pedra. Como se erroneamente associam as ruínas de Stonehenge Avebury, Silbury Hill e outros.

Por não usarem roupas em alguns festivais e por desenvolverem estudos ligados à fecundidade da natureza. Por ignorância, por má fé ou mesmo por crueldade do Império Romano, os Celtas foram terrivelmente acusados de praticarem rituais libidinosos. Quando, na realidade, tratavam-se de Festivais como o nosso carnaval.

Os Druidas tinham grandes conhecimentos astronômicos. Aquelas construções de pedra não foram construídas pelos Druidas. E tinham dupla finalidade, a de servir como centros de força telúricas e siderais para a realização das Pesquisas. E, ao mesmo tempo, também funcionavam como observatórios, especialmente dedicados à marcação das efemérides anuais. Ou seja, eram calendários por meio dos quais o povo pudesse evidenciar a posição do Sol. E também de algumas estrelas em relação com determinados monumentos. E assim pudessem saber das datas festivas, do início dos períodos próprios para início do plantio, entre outras utilidades ocultas, etc.

II – A sabedoria Druida:

Os Druidas foram considerados sábios. E especialmente em decorrência dos conhecimentos que eles tinham de medicina, do uso das plantas medicinais, do controle do clima, etc. Contam as Lendas que eram capazes de provocar manifestações telúricas e siderais, provocar ou fazer cessar chuvas. Isto é, controlar o ritmo das chuvas, desviar furacões e ciclones, controlar as marés, atenuar os tremores de terra e as erupções vulcânicas. Além de outros fenômenos climatológicos. E existem mais lendas.

Eles dominavam o uso da Magia Mental, evidentemente com um poder muito ampliado. E isto graças aos estudos e pesquisas procedidos em lugares de força. Como Stonehenge e outros círculos de pedra que não eram de sua autoria, mas herança.

O mesmo que os Egípcios e os predecessores dos Maias faziam através das pirâmides e dos obeliscos.

Os Druidas preocupavam-se mais com o lado prático da vida. Com a fertilidade dos campos e com o desenvolvimento espiritual, aliado com o desenvolvimento técnico. Uma vez que eram excelentes construtores de pontes, casas, castelos e, na idade média, de catedrais.

III – Sua influência ou não sobre outras religiões:

O druidismo nada tem a ver com Wicca. Posto que visava essencialmente uma forma de relação com a Criação. E faziam isto incentivando a dignidade, a liberdade, a responsabilidade da humanidade comum, união familiar, do país. Além de possuir um Conselho e muito mais.

Os Druidas, na realidade, visavam estabelecer um elo de ligação sagrado entre o homem e a natureza. Criar um espaço sagrado, visando à invocação da Criação. Celebrando cerimônias não em templos, mas em contacto direto com a natureza, criando e intensificando assim um elo entre todos.

Durante séculos tem se comentado a respeito de Avallon. Uma escola druida que ficou famosa na Idade Média, alvo de futura publicação e palestra. Uma vez que o druidismo mal interpretado dá origem a deformações.

Como exemplo da influencia druídica no campo religioso do Ocidente podemos mencionar o Kardecismo, a Doutrina Espírita codificada por Kardec. Na realidade o Espiritismo não pode ser considerado uma doutrina altamente mística, com base metafísicas elevadas.

IV – O Kardecismo:

Mas mesmo assim é a religião que mais vem contribuindo para o renascer do homem ocidental no campo das ciências esotéricas. Isto decorre do fato de que se trata de uma doutrina que tem por objetivo retirar um colossal número de pessoas da crença de que só existe uma vida material. Levando-as à crença da pluralidade das existências. Ou seja, ensinando a uma Doutrina reencarnacionista.

Poucos sabem ser esta a principal missão espiritual da Doutrina Kardecista. Mas essa é precisamente a missão básica do Espiritismo. Ou seja, apresentar uma doutrina relativamente simples. Mas que tem valores positivos de grande significação.

O que não é comum às pessoas saberem é que no estabelecimento do Espiritismo houve a mão do Druidismo mal interpretado. Na realidade, o livro básico do Espiritismo é intitulado de “O Livro dos Espíritos”. E foi escrito por um médico francês chamado de Hippolyte Léon Denizard Rivail (1804-69), que usava como pseudônimo o nome Allan Kardek. Léon dizia que usava este nome por haver sido ele o seu nome numa encarnação anterior em que fora um sacerdote druida. O que é impossível.

Na realidade isto não é correto, nunca houve um druida chamado Allan depois Kardek. E por essa e por outras que não existem kardecistas na França, em vista de seu diminuto número de seguidores.

Flavio Lins – seu novo canal no youtube https://www.youtube.com/marciamattos




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