OBSERVAÇÃO – Feng Shui

OBSERVAÇÃO

Hoje vamos dar uma pausa nas características ideais de um imóvel e verificar a importância da observação.

Afinal, a observação é um olhar mais profundo para as coisas que nos rodeiam e que temos de decidir.

Eu diria mais, observar é uma “tomada de consciência”.

Em minha opinião, o primeiro passo para a prática do Feng Shui é desenvolver o potencial de observação.

O ato de observar tanto uma circunstância, quanto algo ou alguém, não implica em classificar ou qualificar o que está sendo visto.

Esta postura é parte da mente consciente, a mente que vê apenas o que é por exemplo:

impermanente,

finito e

conceitual.

Outrossim, o ato de qualificar é uma visão unilateral, porquanto aciona os registros conscienciais, onde estão gravadas as experiências, os preconceitos e os padrões pessoais.

Logo, sua opinião é o seu ponto de vista.

Por esse motivo, ao fazer uma escolha em sua vida, ou mesmo, ao aplicar esta arte em sua residência ou de outrem, entre a análise do imóvel e posterior harmonização, a mente deve estar tranquila e livre de conceitos e padrões.

Apenas olhe e igualmente deixe a sensibilidade fluir.

À proporção que você treina o ato de observar, a percepção decerto se alia à técnica (lê-se arte) e torna mais completa a análise. Consequentemente, também a harmonização.

Em um exemplo, falhei ao indicar a substituição do material da cama do casal, sem que houvesse estado no quarto.

Certamente, apliquei apenas a arte.

O casal dormia em cama de metal que, segundo o Feng Shui não é favorável.

Este elemento ademais, é um transmissor de energia elétrica.

Semanas depois, comunicaram que retornaram para a antiga cama.

Com a troca, disseram eles, sentiram preguiça e analogamente, a sexualidade havia diminuído.

Situações como essa, me levaram a considerar de vital importância, aliar técnica e sensibilidade, a qual comumente se revela através do treino da observação.

A origem dessa arte está fundamentada neste princípio, na meditação e por conseguinte, na quietude interior.

Foi neste estado que Mestre Fu Xi, meditando à beira do Rio Luo, viu uma coisa e no entanto, criou outra, transmitindo-a.

Fu Xi foi um sábio chinês, nomeado chefe pela tribo à qual pertencia há cerca de 5000 anos a.C.

Primeiramente, observava a natureza à sua volta. Estava sentado na terra enquanto olhava o céu. À sua frente, o rio, um acúmulo de líquido. Entretanto, mais adiante a montanha, um acúmulo de terra.

Um era baixo e rasteiro, enquanto o outro era alto e imponente. Igualmente, a noite se seguia ao dia. Observava apenas.

Inesperadamente surgiu um cavalo e sobre o seu dorso, traços indefinidos.

Foram os sinais que o levaram a representar de maneira simples e absoluta as diferenças que havia notado ao observar a natureza. Analogamente, a origem de toda a Criação, representando-a pelos nossos conhecidos trigramas.

A observação pura faz-nos sentir que não somos partes separadas do que está à volta, mas integrativas.

A diferença existe apenas na frequência em que cada coisa existe e atua. Por isso, manifestando realidades diferenciadas. A origem de cada uma dessas coisas é a mesma.

À proporção que esta origem, que é a própria essência, se movimenta na direção do fenomênico, a frequência se altera e, com isso toma características individuais, diferencia-se quando explode na matéria.

A manifestação no campo físico não anula o que lhe é intrínseco de origem.

Jaz ali, em estado potencial, permanente, decifrável e passível de ser acessado.

Isso explica as diferentes reações que cada um tem diante de coisas, cores, formas, pessoas e ambientes indicando se são ou não energias afins.

E, quando nos ordenamos com a natureza, atraímos tudo aquilo que se acha na nossa frequência causando, em consequência, bem estar e prosperidade. É quando também falamos em sincronicidade, e outros designam como coincidência.

Observe a sua casa. Sinta-a. Olhe.

Apenas olhe para a distribuição dos móveis e posição dos quadros. Os cantos da casa e os objetos que a enfeitam.

Qual a cor dominante? (na intenção de sentir o que lhe transmite).

Que lugar da casa gosta mais de estar? Permaneça ali por algum tempo. Como se sente?

Escolha outro lugar e faça o mesmo. Compare.

Feche agora os olhos, e apenas com a mente, percorra todo o imóvel. Asseguro que terá muitas surpresas.

Você estará treinando para lidar com e em qualquer situação, na sua totalidade, ao considerar ambos aspectos: visível e invisível.

BOA SORTE nesse dever de casa. Até lá.




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Selene Ashat

Parapsicologa, Método Pedro Medeiros – 1999 Numerologia Transpessoal (autodidata) Numerologia Chinesa, Yue Shu Ming Li Cromoterapeuta – com Vitoria Dora, Univ. Estácio de Sá e Escola Cromopatista Maria da Penha. - Moção de reconhecimento por serviços prestados à comunidade como cromoterapeuta pela Câmara Municipal do RJ. Mestrado REIKI na Fundação Universal Luz do Raio Dourado- 2000 Feng Shui Tradicional – Escolas Ba-Zhai , Forma, e Estrela Voadora com formação na Sociedade Taoísta do Brasil, RJ e na Sociedade Brasileira Latino Americana de Feng Shui. Selene Ramos

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