GARANTIR O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO NEGRA É UM GRANDE DESAFIO

GARANTIR O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO NEGRA É UM GRANDE DESAFIO

A vida marginal assim como o subemprego continuaram sendo a marca da vida dos negros por décadas no século passado.

Claro que ocorreram exceções.

Existem negros conseguindo estudar e tendo uma instrução de nível superior. Como exemplo recente e exaltado é o do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa.

No Brasil, a maior parte dos óbitos neonatais é de crianças negras (pretas e pardas).

Essa população sobretudo, também sofre mais com a violência durante a juventude. Somando 70% das vítimas de homicídio.

Portanto, conseguir envelhecer nesse cenário é uma grande vitória.

A trajetória de uma vida de discriminação culmina inequivocamente em uma velhice cheia de percalços.

Estudos apontam problemas tanto de mobilidade quanto de isolamento como algumas das características mais presentes na rotina dos idosos negros. Muito maior do que na dos brancos.

Inclusão social dos negros

Em cenários desfavoráveis quer a boas condições de saúde quer educação, negros são maioria.

A porcentagem de pessoas com esse tom de pele em situação de pobreza e de extrema pobreza dobrou nos últimos cinco anos.

Contudo, a taxa de brancos na mesma realidade manteve-se inalterada.

A situação econômica em que essa população se encontra traz consigo um conjunto de fatores, como falta de acesso a saneamento básico, alimentação adequada e cuidados hospitalares.

O resultado é a redução da expectativa de vida e o surgimento de mais transtornos para quem, contrariando as adversidades, chega à fase idosa.

Dos estimados 205,5 milhões habitantes, mais da metade eram negros (55%, considerando pretos e pardos, classificação do IBGE) e mulheres (51,5%), 42% moram na região Sudeste, 45% têm de 20 a 49 anos, mas a população acima de 60 está aumentando.

O total de pessoas com 60 anos ou mais cresceu 16%,nos últimos anos para 29,6 milhões, enquanto o de crianças de 0 a 9 anos caiu 4,7%.

Todos os dados, que fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, foram divulgados hoje (24) pelo instituto.

Há maior concentração de pessoas com menos de 20 anos nas regiões Norte e Nordeste, onde 36,7% e 31,5%, respectivamente, estavam nesse grupo.

Entre as unidades da federação, a concentração de idosos (acima de 60), que é de 14% na média nacional, sobe para 18,7% no Rio de Janeiro e para 17,8% no Rio Grande do Sul.

Um afro abraço.
Claudia Vitalino.
Pesquisadora-Historiadora – ativista do movimento negro
Fonte:sesi/ibge/redebrasil




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Claudia vitalino

UNEGRO-União de Negras e Negros Pela Igualdade -Pesquisadora-historiadora CEVENB RJ- Comissão estadual da Verdade da Escravidão Negra do Estado do Rio de Janeiro Comissão Estadual Pequena Africa. Email: claudiamzvittalino@hotmail.com / vitalinoclaudia59@gmail.com

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