A lenda do Tamba Tajá

A lenda do Tamba Tajá

Na tribo Macuxi havia um índio forte e muito inteligente.

Um dia ele se apaixonou por uma bela índia de sua aldeia.

Casaram-se logo depois e viviam muito felizes, entretanto, um dia a índia ficou gravemente doente e paralítica.

O índio Macuxi, a fim de não se separar de sua amada, teceu uma tipóia e amarrou a índia às suas costas.

Assim sendo, levava-lhe para todos os lugares por onde andava.

Certo dia, porém, o índio sentiu que sua carga estava mais pesada que o normal.

Com toda a certeza, foi tomado pela tristeza quando desamarrou a tipoia. Inesperadamente teve que constatar que sua esposa tão querida estava morta.

O índio foi à floresta e em seguida, cavou um buraco à beira de um igarapé.

Enterrou-se junto com a índia, pois para ele não havia mais razão para continuar vivendo.

Algumas luas se passaram. Chegou a lua cheia e naquele mesmo local começou a brotar na terra uma graciosa planta, espécie totalmente diferente e desconhecida de todos os índios Macuxis.

Era a TAMBA-TAJÁ, planta de folhas triangulares, de cor verde escura, trazendo em seu verso uma outra folha de tamanho reduzido, cujo formato se assemelha ao órgão genital feminino.

A união das duas folhas simboliza o grande amor existente entre o casal da tribo Macuxi.

O caboclo da Amazônia costuma cultivar esta curiosa planta, atribuindo a ela poderes místicos.

Se, por exemplo, em uma determinada casa a planta crescer viçosa com folhas exuberantes, trazendo no seu verso a folha menor, é sinal que existe muito amor naquela casa.

Contudo, se nas folhas grandes não existirem as pequeninas, não há amor naquele lar.

Também se a planta apresenta mais de uma folhinha em seu verso, acredita-se então que existe infidelidade entre o casal.

De qualquer modo, vale a pena cultivar em casa um pezinho de TAMBA-TAJÁ.

Marcio de Jagun conta que na cultura Ioruba, o tambataja é chamado de patioba. É considerada a erva de dois sexos, a qual se atribui miticamente a mudança de sexo (virada de folha) e é de dedicada à divindade Ọ̀sànyìn.


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Grupo Meio do Céu Claudia Araujo

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