Caso Martin – Às vezes a história se repete

Caso Martin – Às vezes a história se repete

Uma pessoa me procurou por telefone há uns cinco anos.

Aqui vou chama-lo de Martin, para sua privacidade permaneça.

Disse na conversa rápida, que não acreditava em vidas passadas, mas que devido aos sonhos repetitivos, queria fazer uma sessão.

Martin se apresentou bastante autoritário e nem perguntou se eu poderia fazer o trabalho com ele.

Apenas ouvi e pelo fato de dizer que não acreditava em vidas passadas, percebei que na verdade tinha medo.

Marcamos a sessão para a semana seguinte, mas ele não pode comparecer, compromissos de trabalho o levaram para Londres.

Após dois meses novamente me procurou e marcou uma sessão de terapia.

Caso Martin – O livro lacrado

Chegou em cima da hora, nem um minuto a mais nem um minuto a menos.

Apresentou-se, muito distinto, educado, bem vestido, aparentava cinquenta e poucos anos. Preferiu efetuar o pagamento em dinheiro e antecipado.

Assim que iniciamos a prática ele me informou que jamais relaxaria como é costume acontecer às pessoas.

Também deixou claro que não conseguiria arrancar uma informação sequer sobre sua vida.

Por duas vezes interrompeu o processo inicial e isto foi para mim um exercício de paciência.

Na terceira vez, pediu para parar porque ele não lembrava se havia comentado que não acredita no que eu fazia.

Eu disse a ele que não precisava sentir medo, que só surgiria, se fosse surgir, aquilo que seu subconsciente permitisse.

Também que é normal ele sentir o que estava sentindo. Que não se preocupasse pois apenas leríamos um livro.

Mas que se acaso ele desejasse que seu livro permanecesse lacrado, para mim não teria nenhum problema.

Afinal o livro a ser lido é o dele, que eu já tinha lido o meu. Tanto de traz para frente e da frente para traz.

Voltamos ao ponto e usei outra técnica de relaxamento que deu certo.

Caso Martin – dormir e roncar durante a sessão

Antes de chegar ao final do procedimento de relaxamento Martin dormia um sono agitado. Terminei e me sentei, pois não há como fazer terapia com quem está dormindo.

O sono de Martin passou de agitado para tranquilo e para tão tranquilo que roncava.

Faltando dez minutos exatos para encerrar o tempo ele se mexeu e se assustou. Olhou em volta e viu que estava deitado em uma maca.

Fez de conta que estava tudo bem e foi se levantando e ajeitando, agradecendo.

Deixei que ele se recompusesse e informei que não agradecesse porque não havia feito nada. Mas que sentia que ele havia aproveitado pois aparentou bastante cansaço.

Perguntei se queria marcar para a próxima semana outra sessão, falou que sim.

Caso Martin – dormir na sessão regularmente

Na segunda e na terceira semanas Martin dormiu.

Pensei que fosse desistir mas continuou, na quarta dormiu setenta por cento do tempo e foi embora mais cedo.

Segundo mês e notei que para ele era verdadeiramente uma terapia, um momento de desligar de tudo.

Mas era preciso conversarmos a respeito, por que não era este o objetivo da regressão de memória.

Assim foi que no segundo mês resolvi saber o que ele realmente esperava das sessões.

Ele disse claramente que aquela hora e meia de sono para ele era especial, que os sonhos mudavam. E por isso queria continuar.

Então introduzimos um caderno de anotações para que os sonhos fossem anotados assim que ele acordasse.

Mais um mês e muitos sonhos, que para ele eram liberação da mente sobrecarregada. Mas para mim eram sinais, que futuramente seriam importantes.

Entraríamos no terceiro mês e Martin viajou para a Alemanha à trabalho, por seis meses.

Caso Martin – o cliente aprendendo sobre a terapia

Martin demonstrou vontade de entender o meu trabalho já que não conseguira vivenciar. Então enviava e-mails com artigos para ele ler, enquanto estava fora.

Enviei vídeos, livros, experiências que aconteceram com outras pessoas.

Quando voltou da viagem, marcou uma sessão.

Caso Martin – o encontro consigo mesmo

Desta vez acompanhou o relaxamento completo, encontrou um lugar especial para trabalharmos.

Seguiu regularmente todos os passos. Eu percebi que não havia mais nenhum receio nele.

Quando a memória surgiu, foi interessante, pois conseguiu compreender que repetiu nesta vida tudo.

A vida que surgiu pedia pequenos ajustes, muito claros e definidos. Prontamente Martin entendeu que alguma dificuldade que tinha era por isto.

Até sua aparência física nesta vida atual era semelhante à aparência da memória.

Ajustou a vaidade que trouxe um pouco exacerbada.

Ajustou a insegurança oculta por detrás de comportamento extremamente rigoroso.

Passou a viver um envolvimento confiante e apreciar a vida.

Caso Martin – segunda memória

A segunda memória foi ainda mais interessante.

Muitas das características do trabalho de Martin foi encontrada naquela memória, lá ele era um adido, servia junto à uma embaixada. Não vem ao caso o país, somente a situação.

E atualmente seu trabalho era como assessor de presidente de grande empresa multinacional.

Assim ele conseguiu aproveitar as virtudes do adido em sua carreira, e em pouco tempo o reflexo se apresentou lhe beneficiando consideravelmente.

Caso Martin – última sessão

Agendada a última sessão, por que assim Martin determinou sem dizer por que.

Ao chegar me trouxe um presente, me deixando um pouco sem graça, mas ao mesmo tempo satisfeita pelo reconhecimento.

Então explicou porque seria a última sessão. Realmente não poderíamos continuar visto que ele se mudaria para a Dinamarca.

Falou que aprendeu muito, que o fato de eu me interessar em lhe ajudar a entender foi primordial.

Que viu que eu não tinha nenhum tipo de reserva em até ensinar se fosse o caso.

Que ele muitas vezes guardava o que sabia somente para si, e não repassava, mas que havia mudado esse comportamento.

Fiquei contente em ouvir esse depoimento, é bom, dá um sentimento de missão cumprida.

Caso Martin – aprendendo com o aprendiz

Por isso quis encerrar os artigos destes anos com esse caso.

Porque após a última sessão com Martins, revi meus conceitos, revi minhas posturas, revi meus métodos.

Tudo que posso transmitir eu passo adiante.

Porque o mais importante de tudo, de ganho financeiro, de ganho em reconhecimento, é o ganho na qualidade de vida de uma pessoa.

Assim se alguém não pode fazer terapia por alguma falta, seja ela dinheiro, tempo, distância, sempre haverá algo a oferecer.

Haverá um bom livro esclarecedor.

Haverá um vídeo com as respostas para a pessoa.

Haverá uma meditação guiada.

Haverá uma reprogramação.

Haverá um chá.

Ou simplesmente haverá um…Como você está?

 

Crédito de imagem destacada:




Outros artigos interessantes deste mesmo autor:

Deixe seu like e siga nossa Rede Social:
0

Fátima Leite

FÁTIMÁTIMA ESCRITORA E TERAPEUTA HOLÍSTICA. Meu nome é Maria de Fátima Leite, tenho 61 anos e estou envolvida com a espiritualidade desde a juventude, e desde 2007, atuo com terapias holísticas, moro atualmente em Curitiba/PR. O trabalho dentro das terapias holísticas, permitiu desenvolver meu próprio método de atendimento, sendo que meu interesse maior e principal é sobre as memórias, pois descobri que no corpo emocional estão todos os sofrimentos geradores de doenças que em algum momento chegam ao físico da pessoa. Estudo e pesquiso ininterruptamente sobre o ser humano pois tenho comigo que apenas quando houver a compreensão da importância que têm sua evolução diante da cena universal, poderá o homem ser feliz, cumprir sua missão e a missão que se espera dele. Meus contatos: whatsapp: (41) 99126-5837 Email: fatimasan.leite@gmail.com Blog: https://lotusrubyblog.wordpress.com/lotus-ruby-historias/

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *