MEDICINA ORTOMOLECULAR INTRODUÇÃO

MEDICINA ORTOMOLECULAR INTRODUÇÃO>> Muito vem-se falando sobre MEDICINA ORTOMOLECULAR e RADICAIS LIVRES, no entanto, verifica-se que a grande maioria dos brasileiros ou recebe informações fragmentadas sobre o assunto, ou nenhuma informação que lhes possibilite utilizá-la com real eficiência.

Como resultado, médicos e pacientes vêem-se privados de lançar mão de uma poderosa arma terapêutica, plenamente acessível nos países do primeiro mundo. Além disso, a prática de outras técnicas sem respaldo científico, anunciadas inescrupulosamente como Medicina Ortomolecular, introduziram confusão e descrédito a essa opção terapêutica totalmente baseada em pesquisas científicas e comprovações clínicas.

O médico generalista e a Medicina Ortomolecular

Mesmo sem ter uma formação especializada, o médico generalista pode e deve beneficiar seus pacientes com a terapia antioxidante e, de maneira mais ampla, com os ensinamentos da Medicina Ortomolecular. Os princípios que regem essa nova ciência encontram-se tão difundidos nos grandes centros científicos dos E.U.A. e da Europa, que sua utilização se tornou comum como adjuvante da maioria dos tratamentos clínicos praticados naqueles países.

Nosso objetivo é fornecer aos leitores informações capazes de orientá-los na utilização de medicamentos ultramodernos, naturais e com propriedades até pouco tempo desconhecidas da ciência. Com a finalidade de cumprir tal escopo, faremos uma exposição em linguagem direta, fácil e objetiva, que procura esclarecer, com o máximo de simplicidade, as regras básicas da Medicina Ortomolecular (M.O.). Evitar-se-ão os intrincados textos de bioquímica, que tanto confundem o público não médico, dando-se ênfase à abordagem clínica e terapêutica da matéria.

A MEDICINA ORTOMOLECULAR (M.O.) preocupa-se, teoricamente, em corrigir qualquer desequilíbrio na constituição molecular do indivíduo. Como a maioria das patologias viria acompanhada por alterações da composição bioquímica do organismo, uma correção, principalmente a nível nutricional, provocaria um restabelecimento da homeostase interna.

Na prática, a M.O. presta-se tanto para curar como para evitar doenças. Indiscutivelmente, trata-se de uma das maiores armas da medicina preventiva, ocupando-se das questões relacionadas com a alimentação, a atividade física, a imunologia, a interação do ser humano com o meio ambiente, a poluição, a psicopatologia, o estresse, etc.

A M.O. atinge a economia do paciente através de 4 vias complementares:

1 ) repondo uma substância que se encontre em déficit no organismo,

e.g., na pelagra prescreve-se a vit. B-3, no escorbuto, a vitamina C;

2 ) promovendo a eliminação ou inibindo a absorção de uma substância tóxica,

e.g., na intoxicação grave por metais pesados usa-se quelação pelo EDTA;

3 ) aumentando a concentração de uma substância que, mesmo estando em níveis normais no organismo, tem um efeito farmacológico quando em concentrações mais elevadas,

e.g., na gripe utiliza-se a vit.C para estimular o sistema imune;

4 ) combatendo o excesso de radicais livres, responsável por uma série de patologias identificadas pela M.O.,

e.g., na septicemia (infecção generalizada) o excesso de radicais livres provoca uma queda da resposta imunológica e a  falência dos sistemas por intoxicação aguda, para a qual se indicaria o emprego de altas doses de vit. E e de outros antioxidantes.

Convém observar que as matérias primas utilizadas como medicação são, na grande maioria das vezes, substâncias que existem normalmente no organismo:

1 – VITAMINAS  (A, B, C, D, E, K, etc);

2 – SAIS MINERAIS  (Ca, Mg, K, Zn, Cu, Mn, Mo, Cr, etc);

3 – AMINOÁCIDOS  (Arginina, Taurina, Carnitina, Triptofano, Tirosina, etc);

4 – LIPÍDIOS    (Omega 3, Omega 6, etc);

5 – HORMÔNIOS  (Melatonina, DHEA, etc);

6 – ANTIOXIDANTES (Glutation, Ácido lipóico, etc).

A característica de serem utilizadas substâncias comuns na economia do organismo, sem a introdução de fármacos, confere à Medicina Ortomolecular. a óbvia vantagem de produzir menos efeitos colaterais, intoxicações e reações alérgicas, desde de que sejam observadas as doses máximas preconizadas e compatíveis com a boa prática médica.

Muitas vezes a M.O. lança mão de agentes terapêuticos provenientes de alimentos comuns (nutracêuticos) através de um aconselhamento nutricional.

Tal prática vem sendo denominada, mais recentemente, de Alimentação Funcional. Dessa forma, pode-se indicar ao paciente por exemplo uma ingesta maior de derivados do leite, de couve-flor ou de brócolis quando houver necessidade de cálcio, de folhas verdes nas deficiências de magnésio, de cenoura e de batata-doce para aumentar-se a disponibilidade de beta-caroteno.

O complexo relacionamento entre os nutrientes está-se tornando cada vez mais claro à medida que as pesquisas avançam e revelam novas características bioquímicas dos processos metabólicos. Os mesmos nutrientes há muito conhecidos, mas cujas pesquisas raramente atraíam grandes investimentos, aparecem como poderosos agentes terapêuticos cercados das mais amplas fundamentações experimentais.

Tudo isso faz com que a MEDICINA ORTOMOLECULAR seja uma medicina natural com uma característica até agora inédita nessa área: o suporte dos conhecimentos mais recentes da ciência moderna.

No próximo artigo vamos esclarecer o significado dos termos RADICAIS LIVRES e ESTRESSE OXIDATIVO, cuja compreensão é fundamental à prática da MEDICINA ORTOMOLECULAR.




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