A ÉTICA MÉDICA NA HISTÓRIA DOS ATENTADOS
A ÉTICA MÉDICA NA HISTÓRIA DOS ATENTADOS.
A ÉTICA MÉDICA NA HISTÓRIA DOS ATENTADOS>> O atentado ao candidato BN da véspera do dia da Independência está repercutindo na mídia de forma a tirar qualquer lógica de equilíbrio de espaço (baseado na lei eleitoral vigente) entre os candidatos a presidente da República.
As notícias transmitem a ideia de que do ponto vista médico o episódio estaria superado.
O paciente passa bem e recebe visitas de correligionários cerca de 24 horas depois. Não é possível ainda prever o efeito eleitoral que terá, se tiver algum.
A candidatura do Capitão reformado está há meses estagnada, segundo as pesquisas eleitorais, num patamar significativo, mas não capaz de vencer as eleições (20% das intenções de votos válidos).
Sendo portador de um discurso forte e provocativo de direita, que prega a violência de estado, poderíamos ser levados a acreditar que um “Oswald Lee” fosse seu autor solitário, num gesto reativo à sua pregação. E, isso cai na medida para tentar tirar a sua campanha do ponto morto que se encontra, já que ele, afinal não morreu.
Alguns podem até temer que o mandante do atentado, se houver, objetivasse “melar” essas eleições já tão eivadas de casuísmos provocados por instâncias jurídicas do país, para nos levar a um estado de exceção.
Mas há os que podem pensar que foi planejada pelos próprios patrocinadores de sua campanha eleitoral, visando ejetá-lo a patamar melhor.
Não se pode também afastar a hipótese de que o campo da direita precisasse se livrar do imprevisível BN para se aglutinar ao insípido candidato paulista.
A Ética e a descrença nas apurações dos atentados
Independente de qualquer conjectura, não há a mínima possibilidade de se acreditar em uma apuração policial eficiente em qualquer sentido.
O caso recente de Marielle bem demonstra isso. E desmoralizadas estão historicamente as investigações oficiais, com os casos do atentado da Toneleros e até pela “pedra” que teria atingido o então candidato Serra.
Completa elucidação do caso – Exigência ética
Os que querem como nós a completa elucidação agora desse atentado contam com dois elementos que devem ser tratados e investigados publicamente.
O primeiro, como no caso da bolinha de papel, por imagens da cobertura do episódio e, o segundo, de laudos médicos, sem fraudes, o que certamente não aconteceu no caso do gesso sem radiogarfia da perna de Lacerda e de uma tomografia da cabeça de Serra. Foram “fake” lesões que precisaram de conivência médica.
A Ética e as conivências médicas
Qualquer médico sabe que um instrumento perfuro-cortante profundo na região abdominal pode causar muitos problemas e exige precauções no pós-operatório para evitar infecções graves.
Muito estranha é a notícia que perdeu dois litros de sangue, ou que transfundiram dois litros no paciente. Não porque não pudesse ter havido uma hemorragia interna de grande volume, mas porque não houve registro de sangramento externo algum pela ferida, que afinal ficaria sob pressão de dentro para fora.
Tudo pode, até um epíploon tamponar o ferimento, mas somos afinal gatos escaldados pelo que estamos vendo nas instituições do Brasil de hoje.
Não tenho informações detalhadas do que aconteceu no hospital de Juiz de Fora, o importante é que o paciente sobreviveu e que tenha chegado bem no Hospital Albert Einstein em São Paulo.
Porém, se não acredito em investigação policial rápida nesses casos, ou qualquer outro, posso como médico que tem interesse em história e política, lembrar que os CRMs, nesses casos de repercussão internacional precisam acautelar os serviços médicos para preservar toda a documentação de modo seguro.
Sem isso a desconfiança atinge também as instituições médicas.
* Eduardo Costa é médico no Rio de Janeiro.
imagem destacada : people-315910 pixabay.com
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