SOBRE O ERRO – Reflexões
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1)Só superamos os erros cometidos se tivermos suficiente humildade para aceitá-los. Também necessitamos de coragem de empreender a transformação sugerida pela presença do próprio erro.
Portanto, na ausência de humildade, os erros persistirão
2)Erros geram tanto medo, quanto raiva e/ou insegurança. Ademais, todo um conjunto de emoções que apresentam um forte potencial de paralisação.
SOBRE O ERRO – Reflexões e narcisismo
3)Erros também envergonham o nosso narcisismo. Decerto, sua vocação primária é nos seduzir com suas promessas de perfeição jamais cumpridas.
4)Erros nos lembram verdadeiramente tanto quem somos, quanto quem nunca deixaremos de ser.
SOBRE O ERRO – Reflexões sobre Deus
5)Além disso, na minha fantasia posso ver o Criador de tal forma encantado com sua criação repleta da mais pura perfeição que, atônito, deu-se conta de que tinha recriado a Ele mesmo e não um outro a quem amar.
6)Portanto, na minha fantasia posso ver Deus voltando atrás em seu gesto criador. Assim como posso vê-lo decidindo nos presentear com o que faltava Nele.
E Cheio de amor em seu coração nos deu esse presente ao mesmo tempo maravilhoso e ao mesmo tempo terrível: a imperfeição.
7)Erros nos ajudam a voltar atrás para seguir em frente.
Nos convidam a pedir desculpas ao outro e muito frequentemente a esse outro, mais severo, mais duro, mais cruel, esse outro que demora em nos socorrer com sua compaixão: nós mesmos.
8)Por outro lado, se somos capazes de atravessar essas emoções e extrair dos erros os ensinamentos a eles acoplados, o resultado disso é uma compreensão serena de que nunca saberemos tudo aquilo que julgamos que deveríamos saber a ponto de evitar novos erros.
9)No que concerne aos erros cometidos sob a possessão de Eros, manter os dois pés atrás parece mais seguro.
E é possível que seja.
No entanto, o efeito colateral dessa atitude ilusória de manter-se em segurança é mais danosa do que o arriscar-se e correr novamente o risco de se decepcionar mais uma vez.
10) Creio que a experiência de se decepcionar com o outro deveria nos remeter mais a nós mesmos do aquele que nos decepcionou.
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