CHAKRAS

CHAKRAS

O tema “chakras”, na literatura tântrica, portanto no Yoga, é um dos tópicos que mais possui divergências devido a cada escola, a cada linha, trazer informações diversificadas sobre o mesmo tema.

Quando iniciamos um estudo e aprofundamento sobre os chakras é preciso, anteriormente, definirmos em qual linha/tradição nos basearemos.

Caso atuemos de maneira diversa, encontraremos material extremamente diferente falando do mesmo assunto.

Podemos concluir, de forma geral, que há um sistema que descreve os estágios do desenvolvimento psicoespiritual do ser como sendo formado por sete centros denominados chakras (em sânscrito, “rodas”).

Esses centros são também conhecidos como padmas (em sânscrito, “lótus”).

Esses sete centros psicoespirituais estão distribuídos ao longo da coluna vertebral, desde sua base e até o topo da cabeça.

Há linhas que abordam também os chakras mais primitivos, localizados desde a planta do pé até os quadris.

Entretanto, o mais usual é estudarmos estes centros de força e energia (os chakras) eleitos como principais.

Esses estão localizados nas glândulas de nosso corpo, da coluna até o crânio.

Devido a sua forma circular e espiralada ao redor da coluna, sua representação é também a de uma serpente que jaz adormecida no primeiro chakra, Muladhara, localizado na base da coluna, aguardando o momento de ser despertada para iniciar sua escalada rumo ao topo da cabeça.

Por esse motivo, ela é chamada de Kundalini, a “enrolada”, a “enroscada”.

Enquanto “dorme” no último dos sete centros do corpo, ela deixa os outros seis desativados.

Portanto, o objetivo das técnicas de Yoga é fazer despertar a serpente, fazer com que ela erga sua cabeça e comece sua ascensão.
Essa energia poderosa denominada kundalini é um dos temas mais profundos e interessantes do conhecimento oriental, pois ela retrata o despertar e o avanço espiritual integrado com o corpo físico, ou seja, seu despertar marca o início do despertar espiritual e psicofísico do aspirante.

Para cada um dos sete centros, correspondem estados de consciência cada vez mais elevados e sutis, unindo consciência, inconsciência, ação.

O praticante de Yoga vai galgando esses estágios espirituais e de consciência de forma perseverante, através de sua prática constante e ininterrupta.

O resultado de todo esse empenho chama-se Samadhi, ou iluminação.

Assim sendo, essa é a meta de todos os sistemas legítimos de Yoga e ao qual Kundalini está irremediavelmente associada.

Portanto, todos os variados tipos de Yoga estão, em maior ou menor grau, ligados ao sistema Kundalini.

Também são centros energéticos que trabalham em sintonia entre si e com todo nosso corpo físico e psíquico, estando inter-relacionados com os sistemas parassimpático, simpático e sistema nervoso autônomo, além do sistema endócrino.

Sua função também é vitalizar, equilibrar e interagir com o corpo físico e psíquico, trazendo o desenvolvimento da nossa consciência.

Nos próximos textos abordarei cada um dos chakras, suas características e representações.

Boas festas internas e externas a todos.




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Daniela Monteiro

Professora de yoga, buscando passar o conhecimento com honestidade, baseado na verdade da tradiçao, caminhando ao lado das virtudes sempre relembradas pelos mestres. umarizzoyoga@gmail.com

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