Astrologia e Jung – Introdução
Astrologia e Jung -Introdução
O maior mérito de Jung foi sem dúvida sua abertura para a ampliação de seus estudos e pesquisas em todas as direções.
Portanto, percebeu que a psicologia vinha sido abordada com outro nome através de práticas as mais diversas.
Remontando à gnose dos essênios, facilmente percebeu um método que pressionava a busca interior.
Se observarmos as palavras de Jesus, decerto um essênio gnóstico, perceberemos com nitidez essa tendência.
Primeiramente, Jesus não respondia direto ao que lhe era questionado. Outrossim, devolvia a pergunta para que tanto discípulos quanto seguidores, encontrassem as respostas em seu interior.
Da mesma maneira, respondia muitas vezes através de parábolas. As parábolas levam a um questionamento interno, além da busca de uma resposta que fizesse eco ao que de mais profundo houvesse naquele que formulava a pergunta.
Assim sendo, Jesus não era um Mestre das respostas prontas, mas alguém que pressionava no sentido da individuação humana.
Astrologia e Jung mais a alquimia
De grande valia para a Astrologia foi a percepção de que a gnose era o embrião da psicologia, e seu caminho natural, a alquimia.
Tanto a alquimia quanto a astrologia possuíam um conteúdo interior ou psicológico que visavam o mesmo fim. Ambas focavam indubitavelmente no autoconhecimento e no aprimoramento humano.
Essa percepção da gnose, assim como da alquimia, acabam por levá-lo a procurar nesse material uma verdade psicológica.
Jung então, percebe que as imagens alquímicas representavam um mapa da dinâmica do inconsciente. Portanto, um caminho para a INDIVIDUAÇÃO.
A alquimia estava de fato, associada de forma indissolúvel à Astrologia
Além do fato de que a transformações dos metais era algo simultâneo às suas próprias transformações interiores, havia mais.
Os alquimistas desenvolviam essas transformações baseados na lei das correspondências. Assim sendo, o que estava no céu tinha sua correspondência na terra e no interior humano.
Baseados nesse pressuposto, o processo de transformação dos metais, assim como de seus processos interiores, tinha como base tanto de apoio como de orientação, o movimento dos planetas no céu.
Os processos alquímicos não eram aleatórios, havia o momento propício para isso
O céu tanto lhes orientava quando mostrava os caminhos a serem percorridos.
Decerto, isso despertou a curiosidade em Jung que envereda pelo estudo da Astrologia.
Em seu livro Sincroncidade, ele apresenta um estudo ainda bastante incipiente nesse sentido. Em tal estudo, ele aponta a ocorrência de algumas ¨coincidências¨ astrológicas na área da sinastria.
Em síntese, essa sua busca não para por aí. Ele vai além, e coloca a Astrologia como sendo uma área de estudo mais próxima.
O Grande Mestre de Zurique era um incansável arqueólogo da alma humana.
Esse tema da Astrologia e da sua ligação com a Alquimia é extenso, e não para aqui. Em síntese, ela será abordada em artigos posteriores.
Ainda nos esbarraremos pelo percurso, tanto acompanhados por Jung quanto pelos alquimistas.
Outros artigos interessantes deste mesmo autor:
- Jung e o Embrião da Psicoterapia A Alquimia
- Astrologia e Jung II – A Alquimia
- Astrologia e Jung III – A Alquimia II
- Meu mapa astral é sempre o mesmo?
- Grupo de Estudos Junguianos
- Astrologia e Jung, um casamento bem sucedido
Por favor, Claudia Araujo, continue mesmo com este tema. Fiquei por demais curioso e interessado.
Obrigado.
Pode deixar querido, ele terá continuidade sim. Nem sempre consigo postar toda semana a continuação, mas vou tentar ver se consigo já dar continuidade na próxima segunda. Abraço grande
Sergio AP. Furtado, conforme prometido http://www.grupomeiodoceu.com/internas/2019/04/01/astrologia-e-jung-ii-a-alquimia/
bjs