HEDONISMO – AS MAIS DOCES SAUDADES DO JARDIM DAS DELÍCIAS I

HEDONISMO
Equívocas Reflexões

REJEIÇÃO ÀS NORMAS E NOSTALGIA MÍTICA

O ser humano, em sua origem, é naturalmente avesso tanto às leis quanto às normas.

No entanto, não pode prescindir delas para organizar a sociedade em que vive.

Dessa maneira, o hedonismo pode ser entendido como a primal necessidade de romper com toda e qualquer “jurisprudência”.

Romper, portanto, com tudo que impeça o indivíduo de viver seus mais secretos anseios sexuais.

Hedonismo

A norma, em tal prática, é não ter norma.

Porém, isso não significa desconhecimento do desejo alheio.

Da mesma forma, o hedonismo se diferencia da prostituição.

O encontro entre seus praticantes não é mediado pelo dinheiro e tampouco os parceiros estão à mercê das preferências negociadas previamente.

Outrossim, isso é de praxe no contrato remunerado amoroso.

Temos na ética do hedonismo, fortes sinais míticos que refletem o gosto de se viver como no princípio de nossa existência.

Primordialmente, tudo era prazer e nada era obstáculo.

Como exemplo: masturbar-se em público é ilegal e o fogoso incauto pode ser preso por violento atentado ao pudor.

Entretanto, no campus hedonista ninguém sentir-se-ia ultrajado com a destreza manual exibida.

No hedonismo se reconhece que todos têm direito a plena realização do prazer

O último Onan, atrairia mais ou menos curiosos, em função do maior ou menor impacto de seu gesto sobre as fantasias dos “vouyers.”

Hedonismo no Rio de Janeiro

Não creio que um novo Jardim Edênico com características hedonistas na cidade do Rio de Janeiro, possa ser pernicioso a seus habitantes.

Salvo em virtude daquela moralidade que não tolera admitir a sua própria natureza.

Mesmo que pague um alto preço em rotineiras visitas médicas.

Tanto gerando úlceras gástricas, quanto enxaquecas, ingestão de Lexotan e toda uma infinidades de doenças psicossomáticas que exibem claramente o caráter recalcado do erotismo.

Também é pouco provável que o hedonismo seja uma reação à repressão

E se for, me parece um conduto saudável para resolver certos problemas no fórum adequado.

A experiência evidencia que homens e mulheres sexualmente reprimidos e sem chances de resolver-se, transformam-se facilmente em tiranos, quando atingem o Poder.

A energia sexual não pode e nem deve ser reprimida, desnecessariamente.

Do contrário, seremos obrigados a engolir apagões, compulsivos mentirosos, viciados corruptos e toda sorte de gente que há muito tempo deixou de ser gente.

Estou absolutamente convencido de que Freud e seu grupo, incluímos Jung e Otto Gross, mas principalmente Reich, estavam cobertos de razão quando afirmavam que a raiz da infelicidade humana é a frustração sexual.

Apoiado nas pesquisas que investigam a origem da fome de poder em indivíduos eroticamente envergonhados, sugiro aos mentores do projeto Hedonism in Rio, que abram uma filial em Brasília.

O tema segue no próximo artigo



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José Raimundo Gomes

J. R.GOMES é psicólogo clínico no Rio de Janeiro. Tem consultório na Tijuca e na Barra. Contato: jrgomespsi@yahoo.com.br / WhatsApp: 21.98753.0356

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