Previsões Astrológicas – caminhos determinados ou escolhas?

Previsões Astrológicas – caminhos determinados ou escolhas?

Se tem um assunto que instiga a curiosidade de muitas pessoas desde eras antigas é a possibilidade de prever acontecimentos futuros.

Descobrir cenários, assim como ações e até mesmo, saber se terá sucesso ou não em algum empreendimento, deixava os reis loucos.

A ideia de que somos predestinados a algo é forte até nos dias de hoje.

Há portanto, algo preparado, reservado com o nosso nome, pronto para assumirmos e pegarmos para a gente.

Simples assim.

Infelizmente (ou felizmente) decerto não funciona desse jeito.

Contudo, se há uma crença tão forte quanto a existência de um destino determinado é a existência do livre-arbítrio.

Primeiramente, dois conceitos que podem parecer até antagônicos, porém, coexistem perfeitamente.

Livre-arbítrio, de forma bem simplória e sem reflexões filosóficas, podemos defini-lo como a capacidade de livre escolha.

Acreditamos no poder de fazer escolhas da forma que bem entendermos.

Então, se somos feitos de escolhas, como se pode prever este futuro?

É sobretudo nesta questão que muita gente se confunde.

Previsão astrológica não é adivinhação do futuro.

Ademais, não é como se o astrólogo estivesse com uma bola de cristal ou recebendo mensagens do além.

Previsão é olhar para o mapa astral como se ele fosse, por exemplo, um relógio.

Entretanto, um relógio pessoal com ponteiros que irão marcar momentos, períodos, fases em que somos chamados a lidar com situações, refletir, aprender, mudar, etc.

Ou seja, previsão astrológica é entender a fase da vida que a gente se encontra.

No que será importante focar, investir e ao mesmo tempo, ajustar para crescermos. Em quais setores estão tanto as oportunidades quanto os aprendizados do ano.

Mas, a escolha sempre será nossa. A decisão do que, quando e como fazer estará nas nossas mãos.

Uma analogia que gosto de fazer é relacionar a previsão astrológica a um GPS.

Com toda a inovação e tecnologia, o GPS nos mostra o caminho mais curto ou mais rápido, avisa de incidentes e obstáculos no trajeto, além de alertar-nos do tempo, engarrafamentos, entre outras particularidades.

Porém, quem está na direção do carro? Quem decide se vai seguir as orientações? O próprio motorista!

Da mesma forma, quem dirige a nossa vida? Somos nós mesmos. Nós fazemos escolhas o tempo todo.

Se o GPS avisa que há um buraco na via a 400 m, cabe a gente desviar o carro ou não.

Se estamos num engarrafamento que irá durar 10 minutos, não vai adiantar se estressar. E digo mais, quanto melhor sabemos como o carro funciona, mais fluida será a viagem. Concorda?

Assim também é a previsão astrológica.

Uma técnica para que possamos nos situar na vida e encontrar melhores caminhos e saídas.

Uma ferramenta para nos conscientizarmos e lidarmos com as fases da vida, com os ciclos que estamos vivendo.

<

Tudo na Astrologia é cíclico.

Toda a influência que existe hoje, já aconteceu no passado e vai repetir no futuro.

É por meio desta inteligência de interpretar ciclos que melhor iremos entender os processos futuros. E assim, temos o livre arbítrio de como lidar com as situações.

Da mesma forma que há vários tipos de Astrologia, também há vários tipos de técnicas de previsões.

Caberá ao astrólogo, a escolha pela ferramenta que mais dominar e sobretudo, pela combinação das técnicas a fim de uma melhor compreensão das informações.

Um adendo, vejo muitas pessoas que procuram os astrólogos atrás de uma técnica específica, principalmente a Revolução Solar.

Brinco que é como ir a um médico para fazer um exame X, antes de ser examinado pelo médico.

Lembre-se que o astrólogo tem a competência para usar a ferramenta que julgar mais adequada para uma determinada orientação.

Bom, vamos falar um pouco das técnicas de previsões de maneira bem simples. A complexidade das técnicas é profunda e o papel aqui é apenas pontuar que há várias delas.

1. Revolução Solar –

talvez a mais conhecida de todas. Levanta-se o mapa da data e hora em que o Sol volta para a posição do nascimento, mas na cidade que o consulente estava naquele momento.

Com este mapa do aniversário, nos traz informações da temática do ano, situações possíveis e áreas de atenção.

É bastante procurado para orientar a pessoa a passar o aniversário em outro lugar do planeta a fim de redirecionar as tensões presentes no mapa para outras áreas da vida.

2. Direções Simbólicas –

Faz-se a progressão dos planetas e pontos, movimentando-os pelo mapa astral e desta forma, formando aspectos com os planetas e pontos na posição original do mapa.

Decerto avaliando a qualidade dos aspectos, planetas envolvidos, casas ligadas aos planetas aspectados. Nos traz informações ricas de movimentos na vida da pessoa.

Há ainda as direções primárias e secundárias.

São técnicas que exigem um conhecimento profundo da mecânica celeste e que traz excelentes resultados.

3. Direção Lunar –

Das direções secundárias, temos ainda as direções secundárias da lua, que poderão ser no sentido direto e pré-natal.

Como dois ponteiros de um relógio, no qual se movimentam cada um para um sentido (horário e anti-horário), marcam períodos mais curtos de tempo, refinando as movimentações apresentadas pela direção secundária.

Com a formação de múltiplos aspectos, conseguimos informações mais detalhadas do processo de vida que a pessoa estará vivendo.

4. Trânsitos Planetários –

Nesta técnica observamos a caminhada de cada um dos planetas pelo zodíaco aplicado no mapa natal.

Cada qual com sua função específica, no seu tempo, irá ativando os setores da nossa vida, indicados pelas casas do mapa e os planetas que lá se encontram.

Acompanhando o movimento dos planetas entendemos nossos ciclos de amadurecimento e aprendizados, sendo chamados a entender o processo que vivemos.

5. Lunações –

É a conjunção do sol e da lua, a lua nova.

É uma força disparadora. Um chamado a nos despertar para o assunto tocado em nosso mapa astral.

Influência que dura 30 dias, ou seja, até a próxima lua nova do mês seguinte. O início se dá na lua nova, tendo seu ápice na lua cheia.

Quando a lunação é um eclipse solar, sua influência aumenta para 6 meses e somos chamados a não apenas despertar para aquele assunto, mas principalmente, investigar, mergulhar no que está na sombra.

Como a lua encobrindo o sol e nos mostrando a sombra durante o dia.

Independente da técnica, a proposta da previsão é uma só: nos ajudar a crescer e evoluir. Aprendendo a abrir mão de crenças, padrões e se permitindo ao novo. Assim, com a orientação astrológica encontramos a melhor forma de lidar com a situação.

Afinal, o que importa realmente, não é o fim da jornada em si, mas quem nos tornamos durante esta caminhada.




Outros artigos interessantes deste mesmo autor:

Deixe seu like e siga nossa Rede Social:
0

Glau Ribeiro

Publicitário, Redator e Astrólogo. Apaixonado por comportamento humano, buscou na tradicional arte da astrologia uma forma de compreender o ser humano e ajudá-lo em seu desenvolvimento. Formado pela Gaia Escola de Astrologia, em São Paulo, atua há mais de 10 anos com atendimentos pessoais e corporativos, palestras e orientações. Contatos Whatsapp: (11) 98486-1764 Instagram: @glaubert E-mail: glau.ribeiro@uol.com.br

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *