OXUMARÉ O TRANSFORMADOR.

OXUMARÉ O TRANSFORMADOR

A divindade encantada que colore o céu em arco íris. Aquele que faz da chuva, renovação.

A serpente que se estica no horizonte, mostrando o infinito das possibilidades.

Ṣàpọ̀nà tomou Savalu e expulsou Boku. Com isso, inúmeros sacerdotes de Dan daquelas terras fon, se refugiaram na cidade yorùbá de Ọ̀yọ́. Lá, Dan se transforma em Òṣùmàrè. Desde aqueles idos, a cobra se encanta, se tranforma, se renova levando consigo a riqueza de sua cultura.

OXUMARÉ O TRANSFORMADOR é o risco de cores que pinta o firmamento chuvoso, enchendo de júbilo e surpresa a todos que o vêm. Deslumbra, embevece, tráz esperança.

Òṣùmàrè renova, movimenta, desperta para o novo.

OXUMARÉ O TRANSFORMADOR une céu e terra em um único arco. A píton real que é pai e é mãe, que é deus e encantamento. O “Gbèsèn” (“O princípio vital cultuado”).

A serpente que fascina, que se fecha em círculo e mostra o eterno. A serpente que indica o caminho e atrai seguidores, mostrou a Tàlábí seu propósito e ele funda a Casa de Òṣùmàrè do outro lado do Atlântico. A cobra que se estica no céu, se expandiu também na Terra. Òṣùmàrè ganha seu reino na Bahia.

Salve nosso Rei! Ahò! (Rei!). Ahògbógbóyi! (“Saudamos o Grandioso Rei da Terra!”).

Rio, 27/2/16
Márcio de Jagun
(Série “ORIXÁS” – CASA DE OXUMARÊ)




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Marcio Righetti

Márcio de Jagun, Babalorixá, professor de cultura e idioma ioruba na Uerj e na Uff, escritor e advogado. tel.: 99851-6304 (cel/wz) e-mail: ori@ori.net.br Facebook: Márcio de Jagun blog.ori.net.br

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