Santos e Santas
Santos e Santas
Há tantas diferenças, decerto, entre SER SANTO e SER PERFEITO! São inúmeras e nem sempre óbvias.
Elas são óbvias apenas para todo aquele que compreendeu profundamente que a HUMILDADE é a única resposta sensata que se pode dar às tentações dos narcisismos, torna-se portanto, SANTO!
Santo não é o eu, mas outrossim, a BOA ATITUDE desse eu diante de NOSSAS IMPLACÁVEIS VAIDADES.
O SANTO aceitou que é pecador impenitente. Entretanto, ao aceitar a sua precária condição existencial, de fato compreendeu que a GRAÇA DE DEUS habita a sua alma. Isso, de forma indiferente aos cascalhos do pecado.
O homem vaidoso valoriza muito o pecado, porque vive preocupado com a sua salvação.
Ele quer tão somente ser salvo.
Por essa razão, constrói uma burocracia de procedimentos que julga ser o caminho certo da salvação.
É verdade também que quando não consegue manter a disciplina que se impôs, cai em depressão. Sobretudo, porque seu eu-Deus fracassou.
A humildade é despreocupada, porque entregou nas mãos de Deus o que é de Deus, e em meio às vicissitudes do pecado, mantém-se firme na prática da oração e da caridade. Somente socorrendo os irmãos necessitados.
“Amarás o Senhor teu Deus com todo coração e ao próximo como a ti mesmo”. Eis o mandamento.
Não se diz: sereis impecáveis…
O SANTO é alguém que vive embriagado do amor de Deus e a substância que contém esse álcool é o amor, assim como a caridade.
Estamos felizes também porque Santa Dulce é brasileira.
Entretanto, estamos ainda mais felizes por saber que o nosso belo e confuso mundo sempre fará nascer de seu coração materno tanto Santos quanto Santas, que assim como estrelas no céu nos ajudaram na nossa travessia.
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