O Conselho da Amazônia, Bolsonaro e os dois salmos
O Conselho da Amazônia, Bolsonaro e os dois salmos

Olá pessoal, hoje minha coluna Conexão Amazônia será um pouco diferente.
Inicialmente agradeço a todos que me acompanharam até aqui, agradeço a este espaço concedido pelo Grupo Meio do Céu através da Cláudia Araujo, como também às várias parceiras e parceiros escritores que neste local se encontram.
O que quero expressar desta vez, é relativo àquilo que a maioria dos espiritualistas sabem, mas, nem sempre divulgam: quando não há mais como exercer qualquer influencia benéfica sobre um governo ou uma autoridade, quando as palavras e conselhos não surtem mais efeito, não há mais nada a fazer, a não ser deixá- los entregues as próprias conseqüências do que estão criando. Infelizmente, nós sofremos juntos as consequências, como também as próximas gerações.
Acontece, que muitos de nós, estamos perplexos diante de tudo que estamos presenciando, ao desmonte substancial daquilo que poderia estar dando certo e que custou tantos esforços de pessoas capacitadas que trabalharam em governos anteriores, principalmente em setores relacionados ao meio ambiente e relações humanitárias.
Hoje, as nações têm sofrido as consequências da maneira errônea do agir de seus governos, que visam mais o lucro do que o próprio bem estar da população.
A natureza por isso, tem respondido com uma reação desesperada a agressão que vem sofrendo com sua destruição.
Reverter este quadro seria o urgente papel de todos nós, principalmente das indústrias, dos governos a começar pelo lixo que produzem.
Não é responsabilidade do consumidor dar destino ao lixo, mas, sim de quem produz. Também não é nossa responsabilidade continuar fomentando o uso de combustíveis fósseis, já que é possível adaptar os motores de carro com energia solar ou elétrica.
Também, ninguém em sã consciência compactua mais com os desmatamentos e com as minerações que insistem em continuar, sem um estudo sério dos impactos ambientais que estão causando, desacreditando nos avisos.
Enfim, o pior surdo é aquele que não quer ouvir e o pior cego quem não quer enxergar.
No caso da mineração, seria necessário nacionalizar os bens de minério, para que a sociedade brasileira pudesse aproveitar o máximo desse lucro, não só para a construção de escolas e hospitais, como também de estradas e pesquisas tecnológicas. Hoje, apenas empresas privadas, principalmente estrangeiras, lucram com os nossos minérios e com trabalhadores semi escravizados.
Para isto, seria necessário investir em tecnologias e indústrias com baixo impacto ambiental.
Portanto, é necessário um controle maior sobre os produtos que extraímos, procurando beneficiá-los com qualidade.
Desde que o Brasil foi descoberto, nunca conseguimos nos beneficiar de fato dos minérios extraídos, incluindo ouro e pedras preciosas. Mas, se for para destruir a Amazônia e levar doenças e prostituição para as áreas exploradas, é melhor fechar as minas de uma vez, remanejando os trabalhadores para outros serviços com salário fixo e capacitação, como por exemplo, em estradas e construção civil.
Finalmente, deveriam federalizar os trabalhadores das minas, capacitando-os com cursos técnicos e aperfeiçoamentos para trabalhar para o país.
Hoje nossos minérios são vendidos com uma das mais baixas taxas de exportação do mundo, dando margem também a sonegação de impostos.
Em relação a isto, vários jornalistas fizeram matérias de grande valor científico, inclusive para pesquisas sobre os impactos ambientais, porém, foram desprezados por aqueles que deveriam ouvi-los.
A profissão, que antigamente era exercida por uma espécie de “mensageiro” sempre sofreu vitupério de autoridades insanas, por mostrar a realidade dos fatos.
Visionários e profetas eram jogados vivos aos leões. Hoje, são ameaçados ou assassinados por ruralistas e madeireiros.
Infelizmente, o próprio presidente do Brasil, encoraja este tipo de ataque, já que desrespeita as opiniões contrárias as dele ou às perguntas que o incomodam. Isto dá força a quem quer vê-los longe.
Os ambientalistas por sua vez, que seriam antigamente tidos como conselheiros de reis e presidentes, os que acatavam suas sabedorias, hoje, também são mortos ou afastados de suas funções.
Entretanto, conforme relatos históricos, foi um homem chamado José, que uma vez salvou o Egito da fome por sete anos consecutivos, quando avisou o rei dos anos de seca que viriam.
Não precisa ser profeta quando se conhece e observa as leis da natureza.
Portanto, pessoas que trabalham na Amazônia como pescadores, policiais ambientais, biólogos, servidores públicos como IBAMA, ICMbio, ONGs sérias, jornalistas, indígenas, ribeirinhos, poderiam ser ouvidos para as tomadas de decisões, pois eles sabem mais do que ninguém – desde que não sejam movidos pela cobiça da riqueza – como a natureza responde aos crimes ambientais que lá estão sendo praticados.
Porém, ao contrário do que deveria, os ambientalistas estão sendo escorraçados e desprezados como inimigos pelo próprio presidente.
Deveriam ser considerados como amigos, até mesmo do agronegócio brasileiro.
Portanto, a única saída que nós, como cidadãos conscientes esperamos, é que ao menos os representantes dos Exércitos, sejam sábios e ponderados o suficiente, para defenderem as florestas, o país, seus habitantes e toda riqueza maior de nossa sobrevivência que são as águas, os ares, os mares e a terra, templo sagrado, criação de Deus, de onde provem todo nosso sustento.
Ninguém come ouro, ninguém bebe prata.
O ouro e os outros metais não matam a sede nem a fome de ninguém, quando colocam em risco a saúde das águas e das florestas que equilibram o clima do planeta.
Há minas em outros lugares fora da Amazônia que poderão ser exploradas, até que haja técnicas mais sustentáveis das que já existem, que não prejudiquem o meio ambiente e tão pouco a população.
Será que é tão difícil compreender?

Meu desejo, como o de muitos de nós, pais e mães, cidadãos conscientes, é que os governantes, sejam sábios o suficiente para ampararem os mais fracos, os mais pobres e não servirem somente às grandes corporações e empresas, a alguns poucos ricos e aos seus interesses.
Por isso, só esperamos um pouco de lucidez, daquele que integrará o Conselho da Amazônia, General Mourão.
Não se pode nivelar a inteligência e a nobreza que se espera dos Exércitos de um país, com alguém que não sabe tratar e respeitar a luta de pessoas que não pensam igual a ele ou mesmo, que fazem críticas para evitarem o pior.
Por isso, nossa esperança e´ que isso não aconteça nesta nova gestão.
Que nossos exércitos protejam de fato os indígenas dos embustes, das doenças e dos assassinatos, como também acima deles, protejam nossas águas, nossas florestas, nossos cerrados, nossos pássaros e animais selvagens, criaturas que estão sendo queimadas vivas.
E isto dói!
Ou é “Selva”, ou não é!
Não dá pra marcar território só colocando boi dentro e formando pastos, destruindo o que a natureza demorou milhares de anos para desenvolver, com tanta perfeição.
Então, há épocas que quando nenhuma…ou pouca influência está tendo efeito, temos que trabalhar também em outra dimensão, uma dimensão espiritual, para que a ordem se estabeleça de cima para baixo, já que de baixo para cima está difícil.
E depois, não terão do que reclamar, pois esperamos que os seres divinos venham intervir ao nosso favor.
E para não dizer que isto é feitiçaria ou algo parecido, tenho como referência a própria Escritura Sagrada, que inocenta o pobre e protege os desprotegidos.
Orações, rezas, e pedidos de justiça e paz social para o bem comum, ajudam muito quando não há nada a fazer, inclusive para pedir lucidez e bom senso aos nossos governantes.
Para isto, por vezes, precisamos nos retirar temporariamente.
Pois, da mesma maneira que “um poço de água não pode ser usado enquanto está sendo revestido, há tempos que ninguém pode fazer nada por ninguém.
É um trabalho de aprimoramento, de revestimento interno, de reorganização.
Este trabalho nunca é em vão, pois graças a ele, a água pode se mantida límpida” – I Ching.
Então, novamente, deixo aqui minha gratidão para aqueles que me acompanharam e me ouviram.
Antes de finalizar porém, quero concluir, com uma palavra que li em um livro sagrado que gosto de ler, que é a Bíblia.
Para mim, tanto ela, como todos os livros sagrados que ensinam o caminho do Amor, da Verdade, da Harmonia e da justiça, levam para um mesmo Deus.
E, ao pensar nas injustiças que estamos sofrendo, nas palavras toscas e desrespeitosas do presidente que hoje está a frente do país, eu pedi sinceramente um socorro a Deus, para que Ele pudesse deixar uma esperança naqueles que sofrem, aqueles que clamam e não são ouvidos. Enfim, aos que estão sendo oprimidos e deprimidos pela falta de atenção e de solidariedade.
E sem escolher, me vieram dois salmos que seria muito bom serem lidos, até o fim!
Antes, quero deixar uma pergunta: de que lado deste clamor se encontra Bolsonaro e aqueles que compactuam com ele?
Salmo 93
” O SENHOR reina; está vestido de majestade. O SENHOR se revestiu e cingiu de poder; o mundo também está firmado, e não poderá vacilar.
O teu trono está firme desde então; tu és desde a eternidade.
Os rios levantam, ó Senhor, os rios levantam o seu ruído, os rios levantam as suas ondas.
Mas o Senhor nas alturas é mais poderoso do que o ruído das grandes águas e do que as grandes ondas do mar.
Muitos fiéis são os teus testemunhos; a santidade convém à tua casa, Senhor, para sempre.”
Salmo 94
“Ó Senhor Deus, a quem a vingança pertence, ó Deus, a quem a vingança pertence, mostra-te resplandecente.
Exalta-te, tu, que és juiz da terra; dá a paga aos soberbos.
Até quando os ímpios, Senhor, até quando os ímpios saltarão de prazer?
Até quando proferirão, e falarão coisas duras, e se gloriarão todos os que praticam a iniqüidade?
Reduzem a pedaços o teu povo, ó Senhor, e afligem a tua herança.
Matam a viúva e o estrangeiro, e ao órfão tiram a vida.
Contudo dizem: O Senhor não o verá; nem para isso atenderá o Deus de Jacó.
Atendei, ó brutais dentre o povo; e vós, loucos, quando sereis sábios?
Aquele que fez o ouvido não ouvirá? E o que formou o olho, não verá?
Aquele que argüi os gentios não castigará? E o que ensina ao homem o conhecimento, não saberá?
O Senhor conhece os pensamentos do homem, que são vaidade. Bem-aventurado é o homem a quem tu castigas, ó Senhor, e a quem ensinas a tua lei;
Para lhe dares descanso dos dias maus, até que se abra a cova para o ímpio.
Pois o Senhor não rejeitará o seu povo, nem desamparará a sua herança. Mas o juízo voltará à retidão, e segui-lo-ão todos os retos de coração.
Quem será por mim contra os malfeitores? Quem se porá por mim contra os que praticam a iniqüidade?
Se o Senhor não tivera ido em meu auxílio, a minha alma quase que teria ficado no silêncio.
Quando eu disse: O meu pé vacila; a tua benignidade, Senhor, me susteve.
Na multidão dos meus pensamentos dentro de mim, as tuas consolações recrearam a minha alma. Porventura o trono de iniquidade te acompanha, o qual forja o mal por uma lei? Eles se ajuntam contra a alma do justo, e condenam o sangue inocente.
Mas o Senhor é a minha defesa e o meu Deus é a rocha do meu refúgio.
E trará sobre eles a sua própria iniquidade; e os destruirá na sua própria malícia; o Senhor nosso Deus os destruirá.”

Que a graça e o espírito do amor, da justiça e da fé fortaleça a todos nós.
Namasté!
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