UM MITO GNÓSTICO : SIMÃO E HELENA V

UM MITO GNÓSTICO : SIMÃO E HELENA V

UM MITO GNÓSTICO : SIMÃO E HELENA V
O mito de Simão e Helena cabe com perfeição para ilustrar as crenças e filosofias gnósticas.
Havia dentre eles a busca incessante da redenção daqueles que possuíam o autoconhecimento porém se desviaram.

Simão representaria o REDENTOR, que personificando o Deus bom – Luz e Conhecimento, agiria no mundo material

Ele teria a incumbência de conduzir as almas dos homens de volta a Deus.
Era impossível para os gnósticos acreditarem na hipótese de um só Deus, como era proposto pelo judaísmo.
Certamente, para acreditassem nesse fato, teriam que admiti-lo como mau e incompetente já que seu plano além de cruel não havia dado certo.
A única saída portanto, seria crer em dois Deuses.
Primeiramente, o mau, o CRIADOR; enquanto que haveria um outro, bom, e que lançava mão de redentores como Simão.

UM MITO GNÓSTICO : SIMÃO E HELENA V – a visão essênia

Para os Essênios, tudo o que acontecia na esfera mortal seria a projeção do Espírito assim como a intenção de Deus.

Assim sendo, Simão representaria o fato de que Deus, num determinado momento, ter-se-ia despojado de sua divindade.
Com a finalidade de redimir alguns seres, substituiu a “forma de Deus” pela “forma do homem”.

Dessa forma, teria vindo à terra representar um papel mediador.

Simão seria então a representação da LUZ DIVINA transformada em carne, a própria Virtude de Deus.

Nesse sentido, Helena seria a Redimida.

Segundo os preceitos gnósticos, para que as pessoas pudessem ser conduzidas de volta a Deus, bastaria que conhecessem a si mesmas.
Além de conhecerem a si mesmas, que exprimissem sua verdadeira natureza através do Redentor.

UM MITO GNÓSTICO : SIMÃO E HELENA V – Deus no papel de Simão

Deus então, representado por Simão, oferecera-lhe a salvação pela graça que lhe fora dada, pois tinha o CONHECIMENTO DE DEUS.

Esse estado de autoconhecimento e autodescoberta através da Fé, constituía-se naquilo que era denominado Gnose.
Porquanto a gnose era o que permitia a eles, um estado de afastamento das Leis e das Convenções Sociais.

Ainda mais que Simão oferece pano de fundo para outras teorias gnósticas com a representação de seu voo.

O iniciado gnóstico sabia que para atingir a salvação tinha que libertar sua alma que estava prisioneira do corpo, permitindo que a mesma encontrasse seu caminho para o céu.

Para ilustrar esse comentário, temos um parágrafo escrito por Josefo que diz:

“Creem piamente que o corpo é perecível e que a matéria que o constitui não é permanente, mas a alma é imortal e imperecível.
Emanadas do éter mais fino, estas almas envolveram-se na prisão do corpo, para onde são arrastadas por uma espécie de magia natural; mas, uma vez livres dos laços da carne, como quem se liberta de uma longa escravidão, rejubilam-se e erguem-se para o alto.”
(Guerra II, viii,1&,154-155)

Portanto, da mesma forma que a Igreja no Novo Testamento era tida como esposa de Cristo, (Apocalipse XXI, 9), a união de Simão com Helena representaria o conceito de Sabedoria como “esposa” de Deus.

UM MITO GNÓSTICO : SIMÃO E HELENA V – A Busca de Salomão

Bem ilustrativa é a citação que fala-nos da procura de Salomão por Sabedoria para que fosse sua esposa:

“Eu a amei e busquei desde a minha juventude e procurei tomá-la para mim como esposa.
E fiquei enamorado da sua formosura.
Ela realça a sua nobreza na convivência que tem com Deus no amor que lhe tem o Senhor de todas as coisas…

E como eu sabia que não podia obter a sabedoria se Deus não ma desse, … dirigi-me ao Senhor e fiz-lhe a minha súplica…

“Dá-me aquela Sabedoria que está sentada contigo no teu trono!”
(Sabedoria, VIII-IX)

http://www.grupomeiodoceu.com/internas/2018/11/05/um-mito-gnostico-simao-e-helena-introducao/

http://www.grupomeiodoceu.com/internas/2018/11/06/um-mito-gnostico-simao-e-helena-ii/

http://www.grupomeiodoceu.com/internas/2018/11/08/um-mito-gnostico-simao-e-helena-iii/

http://www.grupomeiodoceu.com/internas/2018/11/16/um-mito-gnostico-simao-e-helena-iv/


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Claudia Araujo

Aquário com Gêmeos, sou muitas e uma só. Por amar criar com as mãos, sou designer de biojóias e mantenho o site terrabrasillis.com, assim como pinto aquarelas e outras ¨manualidades¨. Por não me entender sem a busca do mundo interno do outro, sou astróloga com 4 anos e meio de formação em psicologia analítica sob a supervisão de José Raimundo Gomes no CBPJ – ISER e já mantive por anos o site Meio do Céu. Nessa nova etapa mantenho o site grupomeiodoceu.com. Dou consultas astrológicas e promovo grupos de estudo de Jung e Astrologia, presenciais e online. São várias vidas vividas numa única existência, mas minha verdadeira história começa aos 36 anos, e o que vivi antes ou minha formação acadêmica anterior, já nem lembro, foi de outra Claudia que se encerrou em 1988. Só sei que uso cotidianamente aquilo em que me tornei, e busco sempre não passar de raspão pelo mapa astrológico do outro. Mergulhar é preciso, e ajudar o outro a se transformar, algo imprescindível. Só o verdadeiro autoconhecimento pode gerar transformação. Não existe mágica, e essa autotransformação não ocorre via profissional, mas apenas através do real interesse do cliente em buscar reconhecer como se manifesta em sua vida cotidiana e qual seu potencial para a transformação. Todos somos mais do que aquilo que vivenciamos. A busca deve passar sempre pelo reconhecimento daquele eu desconhecido que em nós mesmos habita. A Astrologia é um facilitador nessa busca porque nela estão contidos tanto nossos aspectos luz quanto sombra. Ela resolve nossos problemas? A resposta é não. Ela apenas orienta no sentido do reconhecimento de nossa totalidade. A busca é do cliente. A leitura é do astrólogo, mas só o cliente poderá encontrar o caminho de sua totalidade e crescimento responsável. websites : www.terrabrasillis.com e www.grupomeiodoceu.com Fale com Claudia direto no Whatsapp

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