A sopa de pato

A sopa de pato

Certo dia um camponês foi visitar a Nasrudin, atraído pela grande fama deste e desejoso em ver de perto o homem mais ilustre do país.

Dessa maneira, ele levou como presente um magnífico pato.

O Mullá, muito honrado, convidou o homem tanto para jantar quanto pernoitar em sua casa.

Comeram uma deliciosa sopa preparada com o pato.

Porém, na manhã seguinte, o camponês retornou a sua vila, feliz de haver passado algumas horas com um personagem tão importante.

A sopa de pato e os filhos do doador

Alguns dias mais tarde, os filhos deste camponês foram à cidade e em seu regresso decerto, passaram pela casa de Nasrudin.

– Somos filhos do homem que lhe presenteou um pato – se apresentaram.

DE fato, foram recebidos e servidos com sopa de pato.

A sopa de pato e os vizinhos do doador

Entretanto, uma semana depois, dois jovens chamaram a porta do Mullá.

– Quem são vocês?

– Somos os vizinhos do homem que lhe presenteou um pato.

O Mullá começou a lamentar haver aceitado aquele pato. Sem mais delongas, fechou a cara e convidou seus hospedes para comer.

A sopa de pato e os vizinhos dos vizinhos do doador

Daí a oito dias, uma família completa pediu hospitalidade ao Mullá.

– E vocês quem são?

– Somos os vizinhos dos vizinhos do homem que lhe presenteou um pato.

Então o Mullá fez que se alegrara e os convidou a comer.

Em pouco tempo, apareceu com uma enorme sopeira cheia de água quente e serviu cuidadosamente os pratos de seus convidados. Ao provar o liquido, um deles exclamou:

– O que é isto, nobre senhor? Por Deus que nunca havíamos provado uma sopa tão sem graça!

Mullá Nasrudin se limitou a responder:

– Esta é a sopa da sopa da sopa de pato que com gosto ofereço a vocês, os vizinhos dos vizinhos dos vizinhos do homem que me presenteou o pato.

Que todos tenhamos bom apetite e saibamos aproveitar a sopa de pato… mas antes de tudo, que saibamos distinguir entre generosidade e exploração.




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Claudia Araujo

Aquário com Gêmeos, sou muitas e uma só. Por amar criar com as mãos, sou designer de biojóias e mantenho o site terrabrasillis.com, assim como pinto aquarelas e outras ¨manualidades¨. Por não me entender sem a busca do mundo interno do outro, sou astróloga com 4 anos e meio de formação em psicologia analítica sob a supervisão de José Raimundo Gomes no CBPJ – ISER e já mantive por anos o site Meio do Céu. Nessa nova etapa mantenho o site grupomeiodoceu.com. Dou consultas astrológicas e promovo grupos de estudo de Jung e Astrologia, presenciais e online. São várias vidas vividas numa única existência, mas minha verdadeira história começa aos 36 anos, e o que vivi antes ou minha formação acadêmica anterior, já nem lembro, foi de outra Claudia que se encerrou em 1988. Só sei que uso cotidianamente aquilo em que me tornei, e busco sempre não passar de raspão pelo mapa astrológico do outro. Mergulhar é preciso, e ajudar o outro a se transformar, algo imprescindível. Só o verdadeiro autoconhecimento pode gerar transformação. Não existe mágica, e essa autotransformação não ocorre via profissional, mas apenas através do real interesse do cliente em buscar reconhecer como se manifesta em sua vida cotidiana e qual seu potencial para a transformação. Todos somos mais do que aquilo que vivenciamos. A busca deve passar sempre pelo reconhecimento daquele eu desconhecido que em nós mesmos habita. A Astrologia é um facilitador nessa busca porque nela estão contidos tanto nossos aspectos luz quanto sombra. Ela resolve nossos problemas? A resposta é não. Ela apenas orienta no sentido do reconhecimento de nossa totalidade. A busca é do cliente. A leitura é do astrólogo, mas só o cliente poderá encontrar o caminho de sua totalidade e crescimento responsável. websites : www.terrabrasillis.com e www.grupomeiodoceu.com Fale com Claudia direto no Whatsapp

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