Trânsitos de Plutão e As Feridas
Trânsitos de Plutão e As Feridas>> Constantemente nos apoiamos em nossas perdas. Igualmente nos apoiamos em nossas feridas passadas para justificar nossos atuais fracassos.
Certamente, a pergunta que não nos fazemos é à quais feridas estamos apegados?
Inegavelmente, muitas vezes nem nos damos conta delas, já nos acostumamos e são a nossa rotina de vida.
Assim sendo, acabamos atuando como se o passado fosse tão presente que não nos permitisse refletir sobre os momentos atuais.
Presos a essa cadeia de emoções que essas velhas lembranças nos evocam, acabamos por nos transformar em seres feridos não apenas na alma como também no corpo.
Trânsitos de Plutão e As Feridas do corpo e da alma
Sim, no corpo também, pois nada existe isoladamente.
Nosso exterior, quer queiramos ou não, reflete nada menos do que a soma do que armazenamos internamente.
De tal modo que, nossa alma sobrecarregada de feridas, empustemadas e lancinantes feridas, passa a dividir com o corpo a dor que lhe sufoca.
Contudo, seguimos apegados ao pus que jorra diariamente da ferida e até temos medo de perde-lo.
Estamos ainda, tão acostumados à dor, que já nem sabemos se conseguiríamos viver sem ela.
Trânsitos de Plutão e As Feridas – As perdas
Então, inesperadamente, muitas vezes a vida faz a correção que não fazemos, porque até para ganhar é preciso perder.
Isso é muito comum durante os trânsitos de Plutão afetando nossos planetas pessoais.
Aquele apego ao que não nos serve mais mas que não queremos abrir mão, é levado de nossas vidas de forma abrupta e sem que precisemos tomar a decisão consciente.
Trânsitos de Plutão e As Feridas – A libertação
Manter-nos saudáveis é mantermos saudáveis nossos pensamentos, é libertar-nos das cadeias de associações e dos complexos adquiridos em épocas remotas.
Tudo o que vivemos, assim como tudo o que pensamos, tudo o que anelamos, tudo o que sentimos, deixa marcas em nós. Cicatrizes à ferro e fogo .
Uma postura interna sadia, é ter a capacidade de deixar o passado lá no fundo do baú, como algo externo à nós, como uma velha fotografia que desbotou e perdeu seu significado.
Essa é a única garantia de construção não apenas de um futuro grandioso, como de um passado feliz.
Plutão decerto é mestre em cortar essas raízes profundas e extirpá-las, mesmo que nesse momento nos cause dor.
Ele abre espaço para que possamos construir o hoje de uma maneira mais desapegada.
Trânsitos de Plutão e As Feridas – O Hoje não pode ser o passado
Sim, nosso hoje é o passado que relembraremos mais tarde, não aquele que já vivemos e que se decompôs.
Nosso hoje, cada momento dele, é um elo da corrente que nos prende e nos leva ao amanhã.
Contudo, não nos basta “esquecer”, não nos basta fugir do que nos atormenta, porém precisamos, e é nosso dever, saber deixar ir.
E deixar ir, é lembrar a cada instante que tanto as coisas como as pessoas estão em nossa vida por empréstimo.
Elas não são nossa vida
Saber ir é olhar o passado, as dores, nossas feridas sim. Também.
É nos reconhecermos nelas, mas como se assistíssemos a um filme, como se estivéssemos representando um papel. Fôssemos apenas um personagem desse enredo.
Trânsitos de Plutão e As Feridas – O saber deixar ir
Deixar ir, é sentir que o passado é tão passado, que não afeta o presente.
Saber também, que ele não muda nossas vidas, que não altera o curso de nossa existência, que não macula nossos sonhos.
Saber deixar ir, é saber agradecer todos os dias pelo que se tem, assim como pelo que se deixou de ter.
Saber deixar ir é estar consciente de que cada fato vivido, foi uma dádiva da vida em nosso processo de crescimento, e que era atual, eficaz e válido, para o período em que esteve conosco.
Saber deixar ir, é abrir-se à vida, é remar na hora certa, e ao mesmo tempo, saber esperar que a brisa sopre a nosso favor e leve nosso barco até as mais paradisíacas praias.
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