Bane Huni Kuî: o jovem líder indígena que viaja pelo mundo.
Bane em Jerusalém. Créditos da foto: Ion David
Reconhecido carinhosamente como uma espécie de “adido cultural indígena’ da etnia kaxinawá, Bane Sales, ou Bane Huni Kui, há mais de uma década viaja entre vários países, onde autoridades, grupos espiritualistas e acadêmicos, convidam-o para palestras, reuniões e apresentações de suas culturas.
Assim, o mundo globalizado reconhece cada vez mais o valor destes povos que habitam as últimas florestas da Terra.
Percebem desta maneira, a curiosa contradição que existe na árdua escalada da ciência na luta contra o tempo, junto ao esforço sem limites da humanidade pela sobrevivência nas cidades, com suas doenças modernas.
Só que nas selvas, difícil é índio adoecer enquanto se alimenta das dádivas das matas, ou seja, das frutas silvestres, dos peixes, das raízes, das caças, além de que, no convívio familiar, seus filhos são criados com todo amor.
A espiritualidade também, é coisa a ser respeitada em primeiro lugar.
Por estas razões, um indígena até pode se adaptar em uma cidade grande, pode também se tornar um cidadão comum, mas, como um golfinho que respira fora da água e volta para as profundezas do mar, ele não consegue ficar longe de suas matas por muito tempo.
O indígena é desse jeito: ele precisa voltar às florestas, para respirar sempre
Com eles, sabedorias incríveis ainda surpreendem os cientistas mais renomados do planeta; os remédios fitoterápicos, as rezas, seus rituais culturais, mostram a fé de um povo e uma ciência oculta que aos poucos vão sendo desvendadas.
Bane Sales é um dos filhos das ultimas reservas florestais da Terra, que é a Amazônia e por isso, tanto ele como vários outros indígenas tem sido procurados e reconhecidos em todo o mundo como pessoas de sabedorias impares.
São procurados para ministrarem palestras, apresentarem músicas e sons sagrados, produtos artesanais, terapias naturais.
São eles que levam para o exterior esta face do Brasil tão admirada e elogiada internacionalmente, principalmente por cientistas e jovens.
Em contrapartida, os líderes indígenas conseguem benefícios para as populações de suas comunidades e seus Estados, desde escolas para crianças e adolescentes como também políticas públicas para as mulheres e homens de suas regiões.
Além disso, atraem para o Brasil, turistas e pesquisadores de todo o mundo para estudarem suas culturas.
Bane Sales, já viajou por Israel, já rezou no muro das Lamentações, percorreu Jerusalém. Foi recebido pelo exército israelense, tanto dos homens como das mulheres.

Bane, já foi para a Alemanha, Noruega, EUA e em vários países conhecendo, professores, músicos, cientistas, turistas e grupos inter-religiosos que buscam a relação sagrada que os indígenas possuem com a natureza, desde suas ancestralidades.
Filho de um cacique e líder indígena, sua origem familiar faz parte da história dos povos do extremo oeste do Brasil, divisa com o Peru.
Junto a outras etnias, é uma espécie de guardião da floresta, vindo de povos que as protegem das invasões de pessoas não identificadas.
Orgulham-se de ser brasileiros, conservando entre eles, cada vez mais, a riqueza cultural que atrai tantos admiradores da Amazônia.
Por essa razão, possuem um forte reconhecimento cultural na Europa e resto do mundo.
Enfim, os povos indígenas, são riquezas das Américas, tanto do norte como do sul.
No Brasil são riquezas culturais que devem ser preservadas.
Seus povos possuem o segredo do fogo, da caça e da pesca e convivem em paz entre as nações.
Desta maneira, o mundo não fica indiferente a eles: os valorizam, os reconhecem e desejam conhece-los ainda mais, pois seus povos guardam segredos sagrados da origem da humanidade.
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