O Dia Mundial da Paz – Nelson Mandela
O Dia Mundial da Paz, inicialmente chamado simplesmente de Dia da Paz. É comemorado sempre em 1 de janeiro. Tendo sido criado pelo então papa Paulo VI, em 1967.
NELSON MANDELA, O PACIFICADOR
I – A intenção na crianção do Dia Internacional da Paz:
Em 8 de dezembro de 1967, o papa Paulo VI escreveu uma mensagem propondo a criação do Dia Mundial da Paz, a ser festejado no dia 1 de janeiro de cada ano. Contudo, o papa não queria que a comemoração se restringisse apenas aos católicos.
Para ele, a verdadeira celebração da paz decerto só estaria completa se envolvesse todos os homens, não importando a religião.
“A proposta de dedicar à paz o primeiro dia do novo ano não tem a pretensão de ser qualificada como exclusivamente nossa, religiosa ou católica. Antes, seria para desejar que ela encontrasse a adesão de todos os verdadeiros amigos da paz”, dizia em sua mensagem.
No texto, expressava inegavelmente seu desejo de que esta iniciativa ganhasse adesão ao redor do mundo. Com o “caráter sincero e forte de uma humanidade consciente e liberta dos seus tristes e fatais conflitos bélicos, que quer dar à história do mundo um devir mais feliz, ordenado e civil”.
Portanto, O Dia da Paz Mundial é um dia a ser celebrado pelos “verdadeiros amigos da Paz”. Independente de credo, etnia, posição social ou econômica.
II – Nelson Mandela, o prêmio Nobel da Paz:
Sendo assim quero falar de Nelson Mandela, um grande seguidor, entre outros, para a necessidade da paz no mundo e para promoverem atos que tenham como resultado o fim dos conflitos entre povos e a consagração da paz mundial.
Contudo, o fim deste dia é que a pessoa faça algo pela paz. Entre outras ideias, pode colocar uma bandeira branca na sua casa. Ou perdoar um amigo. Ou fazer um donativo, juntar-se aos eventos realizados pelo mundo. Ou então partilhar a página oficial deste dia ou a música Imagine de John Lennon nas redes sociais. Ou ainda assinar petições que circulam pela internet pela paz.
Mandela foi um grande defensor da paz, pelo que é uma personalidade adequada na minha opinião…
Nelson Mandela (1918-2013) foi presidente da África do Sul. E Líder do movimento contra o Apartheid, legislação que segregava os negros no país. Condenado em 1964 à prisão perpétua, foi libertado em 1990, depois de grande pressão internacional. Por fim, recebeu o “Prêmio Nobel da Paz”, em dezembro de 1993, pela sua luta contra o regime de segregação racial.
III – A vida de Nelson Mandela:
Nasceu em Mvezo, África do Sul, no dia 18 de julho de 1918. Nascido em uma família de nobreza tribal, da etnia Xhosa. Recebeu o nome de Rolihiahia Dalibhunga Mandela. No entanto, em 1925 ingressou na escola primária, onde recebeu da professora o nome de Nelson. Em homenagem ao Almirante Horatio Nelson, seguindo um costume de dar nomes ingleses a todas as crianças que frequentavam a escola.
Entretanto, com nove anos, após a morte do seu pai, Mandela foi levado para a vila real, onde ficou aos cuidados do regente do povo Tambu. Ao terminar sua formação elementar, entrou na escola preparatória Clarkebury Boarding Institute. Um colégio exclusivo para negros, onde estudou cultura ocidental. Logo ingressou no Colégio Healdtown, onde era interno.
Em 1939, Mandela entrou no curso de Direito, na “Universidade de Fort Hare”, a primeira a ministrar cursos para negros. Por se envolver em protestos, junto com o movimento estudantil, contra a falta de democracia racial na instituição, foi obrigado a abandonar o curso. Muda-se então para “Joanesburgo”, onde se depara com o regime de terror imposto à maioria negra.
Em 1943, concluiu o bacharelado em Artes pela Universidade da África do Sul. Após obter autorização, continuou os estudos de Direito, por correspondência, na universidade de Fort Hare. Conquanto, mais tarde receberia o título de “Doutor Honoris Causa”, na tentativa de compensar a sua expulsão.
IV – O regime do apartheid e a prisão de Mandela:
A segregação racial, a falta de direitos políticos e civis. E o confinamento dos negros em regiões determinadas pelo governo branco. Provocavam a luta clandestina dos negros. Outrossim, o principal instrumento de representação política desses negros era o Congresso Nacional Africano (CNA). Cujo líder maior era Nelson Mandela.
Em 1944, junto com Walter Sisulo e Oliver Tambo, fundou a Liga Jovem do CNA. Nesse mesmo ano casa-se com Evelyn Mase, com quem teve quatro filhos. Em 1956 o casal se separa. Em 1958 casa-se com a militante antiapartheid, Winnie Madikizela, de quem viria a se separar em 1992.
Em 1960, centenas de líderes negros foram perseguidos, torturados, presos, condenados e assassinados. Entre eles estava Mandela. Preso em 1962, é condenado em 1964, à prisão perpétua.
V – O fim do apartheid:
Na década de 80, intensificou-se a condenação internacional ao apartheid, que culminou em um plebiscito. O qual, então, terminou com a aprovação do fim do regime. Em 11 de fevereiro de 1990 Mandela foi libertado.
Em 1993, Nelson Mandela e o presidente Frederick De Klerk, assinaram uma nova Constituição sul-africana. Colocando um ponto final em mais de 300 anos de dominação política da minoria branca.
Essa nova Constituição simbolizava o fim oficial do Apartheid, e preparava a África do Sul para um regime de democracia multirracial. Em 1993 Mandela recebeu o Prêmio Nobel da Paz, dividido com o presidente. O qual, junto com Mandela, procurava um caminho para o fim da segregação.
VI – A curta, mas notória trajetória política:
Em abril de 1994, houve eleições na África do Sul. Quando então Mandela foi eleito presidente da República, e De Klerk, vice-presidente. Mandela governou até 1999. Foi premiado pela Anistia Internacional, em 2006. Em razão de sua luta em favor dos direitos humanos.
Nelson Rolihlahla Mandela faleceu em Joanesburgo, África do Sul, no dia 5 de dezembro de 2013. Conquanto, Mandela é uma das figuras mundiais sobre as que se têm rodado bastante filmes de ação e argumento. E também diferentes documentários. A seguir resenhamos a filmografia básica dedicada à sua figura.
A proposta de dedicar à Paz o primeiro dia do novo ano não tem a pretensão de ser qualificada como exclusivamente religiosa ou católica. Antes seria para desejar que ela encontrasse a adesão de todos os verdadeiros amigos da Paz. Como se se tratasse de uma iniciativa sua própria.
Que ela se exprimisse livremente. Por todos aqueles modos que mais estivessem a caráter. E mais de acordo com a índole particular de quantos avaliam bem, como é bela e importante ao mesmo tempo.
A consonância de todas as vozes do mundo. Consonância na harmonia da variedade da humanidade moderna. No exaltar deste bem primário que é a Paz.
Um afro abraço.
Claudia Vitalino.
Pesquisadora-Historiadora-Comissão estadual da verdade da escravidão negra – CTSPN/UNEGRO/Coordenadora do grupo de pesquisa do Instituto Perola Negra
fonte: conferência nacional dos bispos do brasil/ The Nobel Peace Prize, 1901-2000» (em inglês), por Geir Lundestad/ público.pt. «Nobel da Paz para Barack Obama». nobelprize.org.
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