Lei da Semelhança – Fernando Albuquerque

Lei da Semelhança>> Primeiramente, vamos nos ater de forma mais detalhada nessa Lei da Semelhança; posto que,  ela em si, é de uma importância fulcral para o entendimento dos padrões repetitivos de insucesso, que se impõem muitas vezes, como aparente destino às nossas vidas.

O que a Lei da Semelhança diz é apenas isto: “Semelhante atrai semelhante”.

Inicielmente, logo à partida, poderíamos deduzir que, riqueza atrai riqueza e pobreza atrai pobreza.

Assim como, que alegria atrai alegria, e que tristeza atrai tristeza. Que saúde atrai saúde, assim como,  doença atrai doença; e assim por diante,  em todas as verdades opostas ou dialéticas.

Lei da Semelhança como funciona esse processo

Entretanto, como funciona realmente o processo da semelhança ? Pela atitude mental do indivíduo.

Analogamente, se eu estou satisfeito e em paz comigo mesmo, necessariamente, atraio pessoas e situações para a minha vida que correspondem empaticamente a esse padrão.

Se estiver em conflito, consequentemente, só posso atrair pessoas ou situações conflituosas à minha vida. Decerto, é como se fosse um efeito de espelho.

O exterior é sempre um reflexo do interior e nunca devemos perder isto de vista.

Primeiramente, devo dizer que, por diversas vezes encontrei em prática de consulta, pessoas em situações tão enredadas, assim como,  complicadas de vida, que me diziam como eco da sua própria esperança que só poderiam sair daquela, se o príncipe encantado as viesse resgatar.

Entretanto, o príncipe nunca apareceu; obviamente, porque também ele, obedece à Lei da Semelhança.

A Lei da Semelhança, é o grande segredo do Pensamento Positivo, e ademais,  também é muito bem explicada na Psicologia Junguiana.

A sua tradução esotérica, expressa-se pela conhecida frase: “Quando o discípulo está pronto, o Mestre aparece”.

É, pois,  muito importante, compreender esta relação que estabelecemos com o meio exterior, reação essa, que reflete sempre o nosso interior.

Consequentemente, podemos concluir que, na impossibilidade de mudarmos o mundo, podemos mudar a nós próprios.

Em síntese, isto é tão importante e experimental, que ao primeiro problema concreto que agora enfrentarmos, mudemos a nossa perspectiva sobre a questão.

Necessariamente, o resultado será tanto uma alteração, quanto o desaparecimento do problema.

Naturalmente, que existem formas de fazer isso, e para tanto, baseemo-nos em duas premissas, e a primeira delas, de que as coisas têm a importância que lhes quisermos dar.

Portanto,   tudo o que não é parte da solução, é parte do problema.

Fundamentalmente, também devemos compreender completamente o sentido e a amplitude dos nossos próprios objetivos, uma vez que, a Lei da Semelhança, funciona também entre a mente consciente e a mente subconsciente; e assim como, entre a mente subconsciente e a mente inconsciente.

Em termos práticos, isso significa que se queremos muito uma coisa, mas duvidamos de conseguir alcança-la. já não a alcançaremos. E também, que se queremos muito uma coisa, mas existe um medo (subconsciente) ou um bloqueio (inconsciente), o resultado também será nulo.

Lei da Semelhança Conhece-te a ti próprio afirmação que já vem de Delfos, na antiga Grécia, é agora mais importante do que nunca.

É curioso notar, que no Topo dos Quereres das pessoas, está o que entendem por felicidade.

A grande maioria não a conhece, e uma minoria fica com momentos de felicidade, e não com esse estado continuado.

Decerto, muitas vezes, esse fenômeno está relacionado subconscientemente com o complexo de culpa que sentimos de estar bem, num mundo que se entende por caótico, e, onde a maioria das pessoas que nos cercam carregam fardos pesados de sofrimento e dor.

Além do fato de sermos influenciados psicologicamente, pela forma com que os outros nos olham.

Outras vezes, o êxito esperado de um projeto falha, pelo medo subconsciente que temos, do que esse sucesso possa provocar em nossas vidas.

Ademais, obedecemos sempre a um conformismo perante o desconhecido, mesmo quando achamos que tudo está mal à nossa volta.

Ao longo do estudo da Astrologia, verificaremos dois parâmetros completamente distintos que nos ligam ao insucesso da vontade consciente

Inicialmente,tem a ver com o nosso “destino” ou nossas heranças “genético -kármicas”, ou melhor, com os desígnios de evolução do nosso próprio Ego Superior.

Assim, se achamos importante em nossa personalidade ou ego inferior o alcance de objetivos que prejudiquem os propósitos da Alma. Certamente que o resultado não será alcançado, e no fundo, isso se dará,  pelo registo inconsciente que temos.

Portanto,  somos nós próprios que geramos o insucesso, ou, se o conseguimos esse se mostra  efêmero, e só servirá de forma didática para percebermos através do sofrimento, que afinal o que tanto queríamos nem sequer era importante para nós, senão mesmo, prejudicial à nossa evolução futura.

O outro aspecto desta questão dos insucessos, talvez o mais comum, tem a ver com o que já foi dito; qual seja,  a falta de sintonia entre vontade consciente e medos subconscientes.

No primeiro caso,  todas as Religiões apelam para o que a sociedade moderna, altamente determinista,  ensina em contrário, outrossim,  a aceitação.

O problema da aceitação é fulcral. Estamos num universo em permanente mutação, e onde é absolutamente líquido, que tudo o que começa acaba.

Aceitação, no entanto, é uma questão complexa e ambígua, porque aceitação, pode ser resultado da ignorância.

No sentido positivo da questão, temos sempre algo a aprender com a negação ou perda através do que nos foi tirado. Verificaremos outras vezes que não estávamos devidamente preparados para manter essa situação.

As nuances podem ser diversas e cada caso deveria ser objeto de estudo sincero e aberto de nós, com nós mesmos

De fato, é necessária uma grande dose de bom senso,  assim como, de discernimento, conhecimento e auto-distanciamento, além de, uma atitude mental receptiva, para se perceber se estamos lidando com uma situação ou com outra.

Seguramente, essa aprendizagem prende-se no quadro de evolução de consciência do próprio indivíduo; entretanto,  a Astrologia também pode funcionar como uma ferramenta extremamente útil para nos levar a essa compreensão.

Lei da Semelhança  é bom não perder de vista

Não podemos nunca perder de vista a Lei da Semelhança, mas é necessário também compreender o que é a aceitação, porque existe uma diferença muito grande entre a dignidade e a revolta na dor.

A mutabilidade inerente à vida do ser humano, está ligada à evolução e experimentação que a própria Alma requer a cada reencarnação, e isso é sempre positivo para nós, mesmo que em termos imediatos não o possamos entender.

Por experiência pessoal de consulta, utilizei muitas vezes, por analogia, a visão Shakespiriana do mundo como um palco, onde o homem e a mulher, são meros atores.

A Astrologia não está dissociada do Princípio Reencarcionista da Alma, e só nessa está a imortalidade e só essa pode fazer o retorno “à Casa do Pai”.

Qualquer reencarnação física, é de fato,  a nossa inserção numa representação onde para evolução daquela, experimentamos diversas matrizes de dramaticidade.

É como se algumas peças fossem representadas, sendo que quando os cenários mudam, nós temos que mudar com eles, para não entrar em desfasamentos espaço-temporais. É curiosa a frase que hoje se tornou um pouco popular entre os mais jovens: “tirem-me deste filme”.

Lei da Semelhança e a ausência de fé

A ausência de fé, o medo do desconhecido e o querer acreditar que esta vida é definitiva e final, leva-nos a doses por vezes quase insuportáveis de sofrimentos que só desaparecem se conseguirmos mudar a nossa atitude perante o sofrimento.

É também um problema de perspectiva que se divide em dois aspectos: ou  estamos a nos  afastar da causa primeira, acreditando na nossa individualidade e estaremos numa “fase separatista”, ou pelo contrário nos achamos perfeitamente integrados dentro dum plano de aceitação (iluminada) e estamos numa “fase regressionista” ou de “regresso à Casa”.

Aí entendemos perfeitamente que somos um com o todo e obviamente Aquele que guia as Estrelas, guia-nos a nós também.

créditos para imagem destacada George Redhawk via pinterest




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material originário do antigo site Meio do Céu - Claudia Araujo, hoje denominado Grupo Meio do Céu - Claudia Araujo e composto por diversos novos colunistas. Essa é uma maneira de preservar o material do antigo site, assim como homenagear aqueles que não mais escrevem no site e/ou não mais estão entre nós nesse plano da existência. Claudia Araujo

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