Tese Astrológica sobre a regência das medicinas tradicionais

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 O que há de comum nas Medicinas Mágicas. Oriundas de um passado remoto e diversificado pelo mundo inteiro, do extremo Oriente às Áfricas. São os cerimoniais ritualísticos, que evocam os espíritos da cura. Sejam eles manifestos por entidades específicas, quer por modelos arquetípicos, ligados à gênese dos povos ou etnias, que os praticam.

Portanto, o mal ou a doença tiveram assim uma conotação permanente. Há um lado espiritual, que transcende a manifestação física, ou corporal do indivíduo. Fato que faz sentido à luz da Lei da Atração Universal: “positivo atrai positivo, negativo atrai negativo”. Como corolário dessa Lei, a presença do “espírito da cura”, potenciaria o ato da cura em si. Um segundo corolário diria “o ato de curar implica na própria vontade da cura”. Isto porque o paciente nunca é desligado do ritual, onde tem um papel ativo e intervencionista.

Tese Astrológica sobre a regência das medicinas tradicionais – Origem dos males físicos

Depreende-se, que subjacente a estas práticas existe já um conceito do mal físico. Como oriundo e consequência de um qualquer outro plano de realidade, não físico. Aspecto este que à luz do conhecimento atual, ganha uma tremenda importância. Hoje diríamos que a doença, a título de exemplo de um mal físico, teve a sua origem num desequilíbrio psicoespiritual. Provocado pelo próprio indivíduo ou por fatores exógenos.

Por consequência, pessoalmente partidário da Filosofia Astrológica. Na perspectiva de que ela pode explicar todo o tipo de fenômenos que o Homem pode viver. Investiguei onde se poderia beber a informação de origem desses desequilíbrios psicoespirituais. Que se manifestariam mais tarde como doença.

Tese Astrológica sobre a regência das medicinas tradicionais – Casa VI – das doenças

Até lá, tinha olhado a Casa Astrológica VI. Afinidade Virgem e Regência de Mercúrio, como a Casa das doenças o que não deixa de fazer sentido. Porque é simultaneamente uma Casa que fala da vida profissional. É uma dialética aceitável, seja para se poder atuar profissionalmente é necessário um razoável equilíbrio de saúde. Também é dito e aceite que a Casa XII, está nesta temática ligada às doenças crônicas. Lembrei-me então que Mercúrio é também um representante da Medicina, que eu agora ligaria à Medicina Ortodoxa.

Assim, alguns investigadores, desde a descoberta de Quiron. Em 1977, são de opinião que Mercúrio manteria a sua Regência do Signo de Gêmeos. E que na verdade quem regeria o Signo de Virgem, seria Quiron. O curador ferido. Sou partidário dessa atribuição, reforçada ainda pelo fato de Quiron ter sido mortalmente ferido pelo veneno de hidra. O que dá uma atribuição muito física a essa Casa. Cuja hipótese de reger a doença física, a ferida, a própria cirurgia, seria então suficientemente sustentável.

Procurar na Casa XII, as atribuições das causas psicoespirituais não faz sentido. Na medida em que a ideia da doença crônica, parece estabelecer uma relação Cármica. Uma relação de permanência e de não cura.

Tese Astrológica sobre a regência das medicinas tradicionais – Medicinas mágicas

Se voltarmos à História da evolução das Medicinas, deparamo-nos com as ditas Medicinas Mágicas.Com as evocações, os espíritos e toda essa temática leva-nos invariavelmente aos domínios da Casa VIII. Casa por Afinidade Escorpiônica, e Regida por Plutão. Há aqui um fato incontestável. É que Plutão entrou em Sagitário, o que é sempre um período de revoluções ideológicas. Em 1994 com breves passagens e definitivamente em janeiro de 1995.

Se olharmos para trás, há 250 anos estávamos em plena Revolução Francesa. Se andarmos mais 250 anos para trás, estávamos no tempo das Descobertas Marítimas.

Qualquer um desses períodos, foi significativamente inovador das Filosofias (Sagitário), que estavam subjacentes às mais diversas áreas do conhecimento humano.

É curioso, que estatísticas diversas, apontam um incremento significativo das Medicinas Complementares. Também conhecidas ironicamente por Alternativas, desde esse tempo 1994-95. O que é crível então aceitar Plutão, Regente das Medicinas Mágicas, hoje das Medicinas Tradicionais.

Tese Astrológica sobre a regência das medicinas tradicionais – Ciências autônomas

E por que mágico?

Porque na origem o conhecimento não diferenciado, não especializado, envolvia uma enorme multi-disciplinas de saberes. Que mais tarde se implantaram como Ciências autônomas.

Do ponto de vista psicológico, e numa divisão de mente consciente, subconsciente e inconsciente. Atribuiríamos esta última aos domínios de Plutão. Ora é exatamente para o inconsciente que atiramos todas as nossas inibições, irrealizações e até repressões. Tradicionalmente conhecida a Casa VIII, como a Casa do Sexo e da Morte (simbólica). Porque é uma Morte Renascimento, disse que é também a Casa dos doenças não-físicas ou de origem psicológica e espiritual.

Assim sendo quando por exemplo Saturno, transita a Casa VIII são típicas as manifestações psicossomáticas. Como bem descreve Stephen Arroyo.

Tese Astrológica sobre a regência das medicinas tradicionais – Fantasia e realidade

Essas manifestações são necessariamente o aspecto polar. Que são equilíbrio da mente aberta, da realização de fato, da vida sem medo e da ausência da culpa. Como Saturno está ligado à Consciência. É o tempo em que o indivíduo se vê confrontado com a realidade da sua própria vida. Sem hipótese de a fantasiar e essa tomada de consciência é às vezes tão violenta. Que numa tentativa de resistência o indivíduo torna-se impotente à possibilidade de exercer qualquer meio de poder. Porque todos eles foram postos em causa. Inicialmente não compreendendo o processo, o indivíduo tende a achar que está doente. Quando na realidade só está incapaz de lidar com a sua própria fantasia que ele toma como realidade.

Está tomada de consciência, provoca com alguma frequência depressões que aqui teríamos de classificar de depressão plutônica e não saturnina. Isto porque o que o que está verdadeiramente em causa é uma ideia de sobrevivência. Porque a morte tornou-se evidente pelas características da própria Casa VIII.

Como Plutão Regente desta Casa deixa morrer para renascer melhor. Veja-se o Mito da Fênix Renascida, ele não deixa de ter um papel embora que ainda secundário na terapia profilática. Porque através de Saturno permite ao indivíduo tomar consciência dos males que o afetam.

Tese Astrológica sobre a regência das medicinas tradicionais – Desígnios do Ego 

Ultrapassado esse domínio e caso o indivíduo rejeite voluntariamente as mudanças que lhe são propostas. Pode o próprio Plutão pôr limite por ação dum Trânsito ou Progressão ao problema como por autoconsciência não foi resolvido.

Na perspectiva de Jeff Green, Plutão encerra em si os desígnios do Ego Superior. Para a jornada evolutiva da alma. Nesse sentido o por tudo o que atrás ficou dito, ele é o verdadeiro curador mágico, dos males espirituais.

Que são que os desvios propostos pela personalidade (Ego Inferior), que pode ter um papel desintegrador ao plano proposto. Gerando por consequência desequilíbrios ao sistema.

Infelizmente essas curas são vistas como destino e muito pouco compreendidas. Porque os efeitos produzidos são cataclísticos, não permitindo uma imediata compreensão e aceitação por parte da mente consciente.

Tese Astrológica sobre a regência das medicinas tradicionais – Integração holística

Mas que ainda assim não deixa de fazer parte de uma integração que poderíamos chamar Holística. Do ponto de vista do Homem Total.

Como conclusão, diria que a Medicina Convencional seria regida por Mercúrio. Hoje em dia a transferir essa Regência para Quiron. Mais abrangente. Mais preocupado a dimensões algo transcendente, à própria dor física. Fenômeno de abertura que a própria Medicina Convencional está a permitir como impossibilitada de responder de forma integral. E repare-se Quiron. prescinde da sua própria eternidade, para não suportar a dor incurável. É, portanto, em Plutão que vamos ver a cura no seu limite ou a morte.

Tese Astrológica sobre a regência das medicinas tradicionais – Plutão na figura de “Exu”

Numa fraseologia antiga do Vodu, ou mesmo nas suas variantes de Kibandas vamos encontrar este Planeta na figura curiosa de “Exu”.

A quem é atribuída a frase: “eu tanto te dou vida (posso curar), como esta posso tirar (posso matar).

Não é de longe uma figura perdida nos nossos dias. Ela foi claramente personalizada num filme recente cujo título é: “quem tem medo de Joe Black”.

 

Fernando Albuquerque in memoriam




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material originário do antigo site Meio do Céu - Claudia Araujo, hoje denominado Grupo Meio do Céu - Claudia Araujo e composto por diversos novos colunistas. Essa é uma maneira de preservar o material do antigo site, assim como homenagear aqueles que não mais escrevem no site e/ou não mais estão entre nós nesse plano da existência. Claudia Araujo

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