Sala de Aula, Palco da Vida III
Sala de Aula, Palco da Vida III>> A alegria natural que se pretende encontrar nele não se restringe à sala de aula.
Da mesma forma que a paixão não se limita a iluminar nossas vidas apenas quando estamos diante do/da amante.
É muito fácil saber quando alguém se encontra neste estado particular de emoção.
Como? Está na cara!
Portanto, um professor não deveria ser reconhecido apenas pela cara de quem ganha pouco e vive em constante dificuldade financeira.
Outrossim, desejaríamos, antes, reconhecê-lo pela fisionomia apaixonada com que fala de sua matéria e de como compartilha seus segredos.
Enfim, como alguém que transforma sua sala de aula num palco da vida
Luta pelos legítimos direitos salariais não deve nem pode obstruir a alegria da sala de aula.
Eu diria mesmo que o inverso é mais eficaz.
Essa alegria da sala de aula pode se tornar no combustível certo da força de luta por salários mais responsáveis e dignos de sua inspiração.
Sala de Aula, Palco da Vida III – A MATEMÁTICA DO HUMOR
Tomemos um exemplo de alegria.
Para ensinar matemática não é suficiente apenas conhecer a lógica dos números e das operações.
É preciso conhecer a emocionalidade destes números, descobrir que são vivos, que falam, simbolizam e que podem nos deixar contentes ou tristes.
Quer um exemplo? O que acha de um salário de 10.000,00 reais por mês, heim? Está bem.
Você prefere os franciscanos reais que o governo lhe paga?
No primeiro caso você sorriu de felicidade.
Pode acordar, é apenas uma brincadeira.
Já o segundo número a deixou triste, e você sentiu vontade de voltar a dormir. É a dura realidade!
Está provado que números mexem com os nossos humores.
Eles não só estão vivinhos da silva como também são capazes, até certo ponto, de dar uma ideia bastante precisa de certas emoções.
Só não vale dizer que esse artigo é pesado.
Sala de Aula, Palco da Vida III – letras não pesam… ou pesam?
[1] Esse texto é parte integrante do meu artigo intitulado RITALINA, NELES – OU A ARTE DE TRANSFORMAR CRIANÇAS EM ROBÔ. [2] Uma curiosidade final. Gramática vem de gramma, que em grego significa peso.
