Hoje é sexta feira!
Hoje é sexta feira!
Tá na hora de começar a secar a umidade que andou pela nossa alma com essa lua em Câncer, e se preparar para “brilhos e paetês (existem ainda?) que ela logo logo entra em Leão, onde passa o fim de semana!
E chega chegando para brilhar em sua fase crescente.
Brilhe sendo quem você é! Sem medo e “sem vergonha”.
Mas lua em Leão é uma lua exigente. Tem fome de atenção! Quer brilhar mais que o Sol!
E o dia é de Vênus e é dela que vou falar!
Antídoto mesmo para esses tempos é o AMOR.
A unica força capaz de unir opostos!
Vale aqui uma curiosidade astronômica sobre esse planeta que nos ajuda a entender um pouco de sua qualidade.
Vênus é o único planeta de todo sistema solar que gira ao contrário. Tem sua rotação do centro para fora, ou seja, sua força é centrífuga.
Ele “doa” sua energia. Se morássemos em Vênus por exemplo, o sol nasceria no poente, no oeste e não no leste.
Quer dizer o que?
Que talvez o amor seja fruto da sabedoria, do tempo, depois de passar pelas turbulências da paixão.
Que nasce onde tudo morre?
Que só morrendo para um ego dominador, se encontra o amor? Que é necessário “matar o leão” (ego negativo) alquimicamente falando para que exista o casamento do rei e da rainha, a coniunctio – a reunião dos nossos aspectos internos, animus e anima, o parceiro invisível, antes do “casamento sagrado” com um parceir@ de carne, osso e alma.
Abaixo de sua aparência acobreada, e de sua luz intensa, suas nuvens espessas que refletem o brilho do sol em 80% (a lua só reflete 8%), a temperatura é de 430º.
As primeiras sondas russas que pousaram lá derretiam em minutos após enviarem algumas fotos.
Amar queima e é fogo!
Amar derrete as fronteiras do eu, amar é a dor e delicia,
Amor não combina com medo, porque o objeto do afeto sempre pode ir embora e não nos pertence.
Isso até descobrir que o amor não é do ser amado.
O amor é aquilo que você mesmo sente. É sentido em você e por você. É seu! E depois se derrama para o outro.
Ninguém brinda a taça do amor com o outro, quando não tem a sua taça cheia de amor.
Isso se chama amor próprio, auto-estima.
Dai são duas taças que se brindam e se doam, tal qual Vênus em seu movimento. Amores que ferem e matam não são amor.
Mas ai as dinâmicas são complexas, porque essa fome insaciável é a Lua, que é exaltada em Touro, domicilio noturno de Vênus, que se não saciada na infância, se não aprendeu a deixar ir e se nutrir por si, contatando com a verdadeira fonte de amor interno, fica sempre de taça vazia, buscando (as vezes mendigando, as vezes exigindo) o amor alheio. As vezes repleta de amor, só doa e doa, se esgotando, sem saber receber, não sabendo brindar a troca…
Enfim, os mistérios do Amor e de Vênus – Afrodite são tantos, que ela mergulha em direção ao Sol, em busca da consciência, e “some” do céu por noites, até ressurgir na madrugada.
Vênus é um Planeta duplo. Tem uma face diurna a outra noturna, portanto traz características diferentes em uma interpretação e em como vivenciamos esse arquétipo.
Na carta natal feminina também representa a ideia que a mulher faz a respeito de si (junto com outros pontos) e no masculino o tipo de mulher que povoa seu imaginário.
Vênus é transgressão, o desejo é incontrolável. Podemos dar vazão ou reprimir. Seu filho Eros o deus do Amor, conhecido como cupido, quando flecha, flecha mesmo.
E se pode até ficar “doente de amor”.
Alias para o gregos que listaram várias formas de amor, esse amor enlouquecido da paixão era chamado “Pathos” (quac quac…qualquer semelhança ou associação é mera coincidência).
E caso de internação e tratamento. Porque o vivente ao se perder no outro se perdia de si mesmo!
Astrologicamente, Vênus representa nossa capacidade de amar e fazer vínculos sociais, a forma que lidamos com os valores.. Como atraímos o que desejamos, a beleza, o prazer de experimentar a vida no nível dos sentidos.
Vênus tenta deixar tudo mais bonito e harmônico.
E claro, como Vênus pode estar em qualquer signo e fazendo aspectos com outros Planetas, recebendo trânsitos e progressões variadas, o amor tem mil formas, tons, cores, cheiros. Ahhh mar!
