JESUS E PEDRO
JESUS E PEDRO
Lembremos do frágil Pedro.
Pedro, aquele que por medo de morrer disse desconhecer o homem que amava, o homem que havia salvado sua vida das garras do grande NADA, do GRANDE sem sentido.
É… é assim mesmo: podemos negar justo a quem amamos.
Podemos ainda, tornar-nos traidores de nós mesmo, de nossos sentimentos mais profundos.
Pedro, o mesmo Pedro portanto, que duvidou ser possível andar sobre as águas daquele mar que ele tão bem conhecia.
Decerto um espírito confuso.
Não era como Tomé, seguro em seu duvidar.
Outrossim, Pedro era uma personalidade oscilante. Tanto tinha quanto não tinha fé.
Estranhamente é esse homem o escolhido para ser o fundamento da mensagem de Cristo.
Contudo, ele foi convertido sem que o Rabi pronunciasse uma só palavra.
Casualmente O OLHAR daqueles dois homens se cruzaram á margem do lago Tiberíades.
Pedro não suportou o impacto. Sobretudo, foi rasgado pelo OLHAR DE JESUS, que se empurrou para dentro dele. Por conseguinte, alargando o estreito coração do pescador.
Sem forças, desistiu de lançar sua rede de pesca ao mar.
Não fazia mais nenhum sentido aquela ação.
De pescador, Pedro transformou-se em peixe.
Agora fisgado pelo anzol do OLHAR do RABI.
O fitar de Jesus o “destruiu” por dentro. Destruiu o velho mundo de Pedro, abrindo-o para uma nova dimensão.
Uma fascinante dimensão que jamais imaginara existir.
Continuou pescador mas os peixes eram outros, eram peixes imortais, eternos, peixes luminosos.
Pedro-pedra, pescador hábil com a rede, lançava-a agora num mar muito mais rico e mais vasto do que aquele que estava acostumado a pescar.
Preso pelo anzol amoroso do olhar de Jesus outra coisa não conseguiu fazer a não ser ir na direção do ENCONTRO.
Do ENCONTRO que roubaria a sua vida corriqueira, banal, sem riscos. É que o O AMOR faz isso. Rouba a nossa vida…
