Uma Questão de Competência
Uma Questão de Competência
Os casos de empresas que estão entregues à própria sorte no governo Witzel
Quantas empresas estatais estamos vendo ruírem – quase desaparecerem – no último ano no Brasil, desde que o DESgoverno Bolsonaro, e seu “governador-poodle-fluminense” chegaram ao Poder?
Em todos os setores, e, em sua maioria, várias empresas, com eficiência comprovada através dos anos (em algumas delas desde a sua constituição) estão quase “à deriva”, tentando resistir ao processo criminoso de desmonte, abandono forçado, destruição programada e, quando não, determinantemente “administradas” (sic) com projeto proposital para o seu fechamento? São inúmeras.
Mas, queria me deter aqui ao caso mais recente e escandaloso:
O caso da Companhia de Águas e Esgotos do Estado do Rio de Janeiro – a CEDAE. Afinal, é do Rio de Janeiro, estado em que resido e que me permite acompanhar com mais atenção.
A empresa há mais de um mês e meio padece de uma campanha midiática, de grosso calibre, impondo uma cobrança maciça de responsabilidades pela qualidade da água servida à população da cidade do Rio de Janeiro, além de outros municípios do Grande Rio.
A péssima qualidade desta água está representada na sua cor, no seu aspecto físico, sua composição e no alto índice de doenças contraídas pelo seu uso por esta população.
E de onde vem esta catástrofe da empresa, ainda pública, que tem, por obrigação, servir um produto de qualidade, visto ser um componente de atendimento à população?
O caso da CEDAE vem desde uns anos – talvez uns 3 anos – quando a empresa caiu em mãos de cargos políticos totalmente despreparados em sua Direção e em seu quadro técnico, principalmente.
Nos últimos meses, houve uma “invasão” de pessoas ligadas ao “universo evangélico” (como se diz internamente na empresa) sem a menor qualificação e preparo, formado por “cabideiros” de emprego, lá inseridos por um pastor, intimamente ligado à campanha do governador Witzel, sendo inclusive um de seus coordenadores de campanha no ano de 2018.
Para que se tenha uma ideia, no último ano só do quadro técnico (engenheiros, sanitaristas, biólogos, entre outros) foram afastados, demitidos e/ou pediram demissão mais de 75 funcionários ligados diretamente ao processo de tratamento e de distribuição da água servida, com alto nível de qualificação que atuavam neste segmento, principalmente na Usina de Tratamento do Guandú, na empresa há alguns anos por não concordar com a administração imposta a partir dali.
Foram substituídos por pastores, obreiros e até bispos ligados à Igreja (sic) do referido pastor, além de outras congêneres.
Nisto, retira-se aqui o foco religioso desta troca de funcionários, inexiste qualquer qualificação, experiência ou mínimo conhecimento para o exercício de suas funções na empresa.
A catástrofe era anunciada… e aconteceu!
Virou caso de polícia, virou vergonha local e nacional e não se tem, até o momento, qualquer perspectiva de solução para o drama da água no Rio de Janeiro.
Solução? Sim, existe; pelo menos para o governo do estado do RJ: PRIVATIZAÇÃO!
Como sempre, no processo neoliberal-entreguista que assola o País, a solução é entregar para “cortar custos e buscar eficiência”, coisa que sabemos não ter o menor fundamento na verdade.
Casos similares já nos mostraram em outras Unidades da Federação, que privatizar serviços básicos não melhorou nada… só piorou!
E, enquanto isto, a oposição fluminense não apresenta nenhuma alternativa a este processo entreguista de Witzel ( o “poodle”) que agora se preocupa mais em concorrer à Presidência da República, em disputa, já anunciada, contra Bolsonaro (o “pitbull”), desta cachorrada em que se transformou o Brasil, sem horizontes e sem progresso de futuro conhecido!
Aguardar, e torcer por melhoras, é só o que nos resta!
Até a próxima!!!