O que lhe aflige? O que lhe ilude?

O que lhe aflige?

Não sou idiota, sei perfeitamente da importância do carnaval em termos financeiros para esse país. Só que é pouco diante do quadro que se apresenta nesse momento assustador que atravessamos.
Existe muito mais. A alienação e a euforia exacerbada do período nada tem a ver com esse tipo de preocupação.
Nesse contexto, o carnaval se transforma apenas no espelho de um povo alienado, fora da realidade, INconsciente, que procura cair ¨na festa ¨ como um ópio para não pensar no momento que o país atravessa.

São palhaços, colombinas e reis, mas acima de tudo palhaços.

Virou moda usar nariz de palhaço para fazer contestação; entretanto, no momento atual, com nariz ou sem nariz no rosto, esse nariz está colado na cara de cada um de nós.
Não há como retirá-lo, está colado e já faz parte do rosto de cada um de nós.

Não precisamos dessa fantasia, somos palhaços por direito adquirido.

Milhares de desempregados, milhares de mendigos. Todos eles caídos pelas ruas, assim como a cultura que vem sendo destruída. O futuro de nossos descendentes também, mas os palhaços teimam em sair pelas ruas, entorpecidos e festejando, sabe-se lá o que.

E você, saberia elencar o que tem de fato para festejar? Ou ainda, o que lhe ilude?

Me bate uma tristeza muito grande vendo as mobilizações para o delírio momesco, mas ao mesmo tempo, me pergunto se com ou sem as festividades de Momo, já não andamos delirantes?
Pelas ruas saltamos por cima de famílias deitadas ao desabrigo.
Somos o próprio circo. Os verdadeiros palhaços.
Sem fantasias e sem tirarmos a indumentária ao final do show.

A pergunta tanto pode ser: O que lhe aflige? Ou então, o que tem para festejar?

Aflição ao que parece, e pelo que nosso povo demonstra, nenhuma. Pessoas inconscientes não costumam refletir.

Opto então, por perguntar: O que têm para festejar?

– Será o número de desempregados?
– Será termos voltado para o mapa da fome?
– Será o fim de suas aposentadorias?
– Será a falta de futuro para seus filhos?
– Será o desmonte da saúde?
– Será o desmonte da educação?
– Será o desmonte da ciência?
– Será sermos de fato os palhaços para que a elite ignorante se divirta às nossas custas?

Boa reflexão para todos, estejam vestidos de palhaços ou de reis

Contudo, já não acredito que nosso povo saiba o que é refletir. A Inconsciência virou nossa bandeira.
E sabem aquele poço, que dizíamos termos chegado no fundo dele? Não chegamos. Ele não tem fim nem fundo.
Contudo, a culpa é nossa. Não paramos de cavar diariamente em lugar de tampar.

Desejo a todos um bom carnaval e uma divertida viagem ao centro da terra!!!,

Pelo tamanho do poço quem sabe até atravessemos o globo terrestre.
Sem dúvidas, as escolas de samba dão o tom, ¨o toque¨, o chamado. Escutamos ou apenas ¨brincamos o carnaval¨? Espero isso nos traga consciência de que todos TEMOS DIREITO E DEVER DE SERMOS FELIZES, mas não apenas nesses dias, DIARIAMENTE E SEMPRE.
Vão em paz e não se esqueçam de levar suas fantasias, sejam elas de que natureza forem. Afinal, seus sonhos estão condenados a irem juntos caso não haja consciência.
As suas energias para lutarem por uma vida melhor também talvez lhes acompanhe nessa viagem, e isso é o perigo. Afinal, na quarta-feira não passarão de cinzas.

O que lhe aflige? O que lhe ilude?




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Claudia Araujo

Aquário com Gêmeos, sou muitas e uma só. Por amar criar com as mãos, sou designer de biojóias e mantenho o site terrabrasillis.com, assim como pinto aquarelas e outras ¨manualidades¨. Por não me entender sem a busca do mundo interno do outro, sou astróloga com 4 anos e meio de formação em psicologia analítica sob a supervisão de José Raimundo Gomes no CBPJ – ISER e já mantive por anos o site Meio do Céu. Nessa nova etapa mantenho o site grupomeiodoceu.com. Dou consultas astrológicas e promovo grupos de estudo de Jung e Astrologia, presenciais e online. São várias vidas vividas numa única existência, mas minha verdadeira história começa aos 36 anos, e o que vivi antes ou minha formação acadêmica anterior, já nem lembro, foi de outra Claudia que se encerrou em 1988. Só sei que uso cotidianamente aquilo em que me tornei, e busco sempre não passar de raspão pelo mapa astrológico do outro. Mergulhar é preciso, e ajudar o outro a se transformar, algo imprescindível. Só o verdadeiro autoconhecimento pode gerar transformação. Não existe mágica, e essa autotransformação não ocorre via profissional, mas apenas através do real interesse do cliente em buscar reconhecer como se manifesta em sua vida cotidiana e qual seu potencial para a transformação. Todos somos mais do que aquilo que vivenciamos. A busca deve passar sempre pelo reconhecimento daquele eu desconhecido que em nós mesmos habita. A Astrologia é um facilitador nessa busca porque nela estão contidos tanto nossos aspectos luz quanto sombra. Ela resolve nossos problemas? A resposta é não. Ela apenas orienta no sentido do reconhecimento de nossa totalidade. A busca é do cliente. A leitura é do astrólogo, mas só o cliente poderá encontrar o caminho de sua totalidade e crescimento responsável. websites : www.terrabrasillis.com e www.grupomeiodoceu.com Fale com Claudia direto no Whatsapp

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