Vésperas de Nova Era sobre A Terra

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Mudanças, em cada curva do planeta, em conexão estão ocorrendo. Cocriando condições ambientais sem precedentes para a (r)’evolução individual em prol do coletivo.
Em virtude de um planeta atravessado por “autoestradas da informação”, já não há mais terra nula. Não há mais espaço desabitado no mapa mental, não há terras nem povos desconhecidos, muito menos incognoscíveis.
A miséria humana, a corrupção de valores em lugares distantes e estilos de vida longínquos. São apresentadas em redes globais, já não mais apenas pelas ondas do rádio ou telejornais.
Hoje o audiovisual nos penetra a um simples toque de um painel onde pungente, vergonhoso, o sofrimento ou a prodigalidade ostensiva nos incita.
Já não desejamos a grama do vizinho, sempre mais verde.

Vésperas de Nova Era sobre A Terra – Sociedade exposta aos golpes

Assim como a miserabilidade da raça não nos atravessa apenas quando damos uma volta na praça.
Muros não nos isolam, morros não nos guardam, fortes não nos protegem, muito pelo contrário.
As injustiças e iniquidades não mais se limitam à vizinhança.
Não há lugar para onde se possa escapar.
Todavia a injúria, privação, violência não apenas nos afronta, antes sim confronta.
Uma sociedade aberta é uma sociedade exposta aos golpes do destino.
A liberdade sonhada a cada dia mais distante de ser alcançada.
Somos reféns do medo em cárcere globalizado.
Portanto, o terreno sobre o qual se presume que a vida se assente é instável.
Bem como oportunidades de empregos.
Também envolvimento nos relacionamentos, projetos de felicidade com saúde e prodigalidade.
Para onde caminha a Humanidade?

Vésperas de Nova Era sobre A Terra – Vida bandida

Incapazes de reduzir o ritmo a cada dia mais célere.
Muito menos prever o próximo inimigo, pressentindo o perigo iminente. Então nos concentramos em tentar controlar o risco numa tentativa frustra de segurança.
Assim sendo, desviamos a atenção para “a dieta contra o câncer”, “ os sinais da depressão.
Ou ainda, como evitar”, “ 30 minutos de exercícios todo dia para seu coração não parar”.
Até, “ faça sexo com camisinha”, “dez hábitos das pessoas bem-sucedidas”.
Enfim, “ o que você precisa saber, e fazer, para uma vida mais saudável”.
Enquanto isso, a cada fechadura extra na porta da frente, a cada bala perdida, comunidade invadida, guerra maldita, ocupação de terra indevida, imigração destemida, o medo se propaga com vigor, fazendo a existência cada dia mais aflita. Humanidade bandida, vida banida.
Ou seria Humanidade banida, vida bandida?

Vésperas de Nova Era sobre A Terra – Necessitamos mudar

A natureza do terrorismo contemporâneo nos alerta.
Nenhuma criança pode se sentir segura em sua cama se as crianças da Líbia, da Síria, ou de Calcutá.
Ou crianças nascidas em qualquer lugar, não estiverem seguras no seu lar.
O sofrimento humano, medo de sofrer de nossa própria humanidade provém das intempéries incontroláveis tanto da natureza quanto da barbárie.
Exatamente, são bárbaros que detém o poder de diminuir iniquidades, promover justiça, cuidar melhor estar da comunidade, não fazem.
Seja na família, no Estado, ou em sociedade, estamos expostos aos mais temidos flagelos dessa terrena passagem.
Nossa inabilidade em lidar com os malfeitores, os usurpadores da espécie em sua dignidade, precisa ser superada.
Portanto a mudança prenunciada pela Era de Touro em Aquário que chega em meio as ruínas do outrora erigido.
Concluindo, mais do que reconstruir é preciso novas formas de construção.

Vésperas de Nova Era sobre A Terra – Há evolução, utopia ou não

A desintegração da solidariedade enquanto avançamos da Era do Fogo e Ferro à do Aço e Petróleo. Está mais potente que a fissão do átomo.
É hora da transmutação.
Do salve o que puder, do salve-se quem puder, ao não há salvação, há evolução. Utopia?
Consonante com Oscar Wilde, sem as utopias de outras épocas, os homens ainda viveriam bestiais e nus. Os utopistas primevos traçaram as linhas da primeira cidade. Não esquecendo de cercar seus jardins, o que não evitou a caça.
Aos utopistas do agora, ruídas as cercas e as fortalezas.
Somente cumpre semear jardins e passear por eles.
Sim, sustentável, utópico ensaio de um futuro onde todos colham do plantado por cada um.

Autor: Denise Espiúca Monteiro




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Denise Espiuca

Denise Espiúca Monteiro Médica Homeopata, Mestre em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social/UERJ. Diretora do Ambulatório Escola do IHB, A Casa da Homeopatia Brasileira. Escritora, ocupa a cadeira 25 da ABRAMES, Academia Brasileira de Médicos Escritores. Email: despiuca@dh.com.br

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