ASTROLOGIA MÉDICA – Uma apresentação

Astrologia Médica – Uma apresentação >> A associação da Astrologia com a Medicina vem de longa data.

O próprio Hipócrates (460-377 AC), conhecido como o “Pai da Medicina”, dizia que “um médico sem conhecimento de astrologia não pode corretamente denominar-se médico”.

A Astrologia já fez parte do currículo obrigatório de faculdades de medicina até a Idade Média.

Eram outros tempos e contextos culturais e essa correlação era imprescindível.

Nosso desafio é retomar esta compreensão da Astrologia para que ainda nos sirva, no mundo de hoje, para aplicação no campo da medicina.

Aqui abordaremos a tradição ocidental de conhecimento, seja ela astrológica ou médica.

Astrologia Médica e a carta natal

A carta astrológica natal de um indivíduo (seja ele uma pessoa, uma nação, um evento etc.) apresenta-nos um mapa onde vários símbolos estão interconectados, demonstrando uma rede complexa de significados.

A avaliação médica desses mapas pode ter, a um só tempo, uma dimensão coletiva e outra individual.

No plano externo e geral, podemos observar padrões e tendências coletivas de adoecimentos em grupos populacionais.

Nisso incluímos epidemias clássicas (causadas por microorganismos), mas também todas as “modernas” formas de epidemias, como as da violência, da depressão, de obesidade e outros padrões coletivos de manifestação anímica.

Astrologia Médica e a carta natal

A carta astrológica natal de um indivíduo (seja ele uma pessoa, uma nação, um evento etc.) apresenta-nos um mapa onde vários símbolos estão interconectados, demonstrando uma rede complexa de significados.

A avaliação médica desses mapas pode ter, a um só tempo, uma dimensão coletiva e outra individual.

No plano externo e geral, podemos observar padrões e tendências coletivas de adoecimentos em grupos populacionais.

Neste âmbito incluímos epidemias clássicas (causadas por microorganismos), mas também todas as “modernas” formas de epidemias, como as da violência, da depressão, de obesidade e outros padrões coletivos de manifestação anímica.

Astrologia Médica – a carta astrológica de um indivíduo narra uma história na forma de padrões

No campo individual, a carta astrológica de um indivíduo narra uma história na forma de padrões, que poderíamos chamar de arquetípicos, que atuando através do corpo sutil, energético, se manifestam nos corpos mental, emocional e físico.

Da mesma forma, os trânsitos e progressões podem apontar períodos de maior vulnerabilidade para o surgimento de conflitos e adoecimentos.

Mesmo o modelo biomédico ocidental tem, nos últimos tempos, aberto espaço para a discussão dos aspectos psicossomáticos de adoecimento, ou seja, a forma como nossa mente e corpo de emoções interagem com o adoecimento no corpo físico.

Classicamente, em Astrologia Médica, as relações se dão entre os planetas, signos e casas astrológicas com os vários órgãos, sistemas e funções orgânicas.

Completam a rede de interação simbólica os aspectos que os planetas estabelecem entre si, e que nos dão pistas concretas sobre as áreas de maior vulnerabilidade em saúde daquele indivíduo.

A principal figura de representação dessas relações entre astrologia e saúde encontra-se sob o nome de Homem Zodiacal.

Astrologia Médica
O Homem Zodiacal

Neste diagrama, os vários signos vêm se desenhando, em forma descendente, sobre uma figura humana.

Privilegiam-se, nessa figura, as relações anatômicas entre os signos e áreas do corpo que lhe correspondem. O zodíaco guarda, desta maneira, relação com a anatomia humana.

Astrologia Médica e a Fisiologia

No campo da fisiologia humana (estudo das funções orgânicas) apresenta-se uma dimensão mais refinada de correspondência astrológica, em que os planetas desempenham funções mais relevantes.

No campo da fisiologia estudamos principalmente as esferas planetárias que, em sua origem, diziam respeito aos sete “planetas” tradicionais (aqui incluídos os luminares): Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno.

Eles representam órgãos e sistemas orgânicos e seus aspectos apontam a força ou a fraqueza das funções orgânicas aos quais correspondem.

Astrologia médica – a avaliação se inicia por uma abordagem mais geral

Quando observamos um mapa astrológico natal, devemos iniciar nossa avaliação por uma abordagem mais geral.

Iniciamos o quadro arquetípico que relaciona a divisão dos 12 signos por grupos de dois (as Polaridades), três (os Elementos) e quatro (as Quadruplicidades ou Cruzes).

As polaridades referem-se aos seis eixos de signos e de casas astrológicas.

Os signos (zodíaco) estão relacionados a partes anatômicas e órgãos nestas partes, e seus eixos correspondem já a interações orgânicas.

As casas referem-se a setores específicos da vida onde as suscetibilidades de saúde podem se apresentar.

Por exemplo, o eixo Áries-Libra refere-se à questão da identidade e das relações de alteridade que estabelecemos, mas também nos fala de uma função reguladora no organismo, onde:

  • os rins (Libra) respondem pelo equilíbrio ácido-básico;
  • por sua vez o cérebro (Áries) concentra todos os centros nervosos de regulação das funções orgânicas.

Astrologia Médica e os elementos

Os elementos dividem os signos em grupos de três cada um, tal qual vemos a seguir.

São quatro elementos, a saber: Fogo (Áries, Leão, Sagitário), Terra (Touro, Virgem, Capricórnio), Ar (Gêmeos, Libra e Aquário) e Água (Câncer, Escorpião e Peixes).

Cada um desses elementos pode ser relacionado aos chamados temperamentos humanos, conforme preconizado pela medicina hipocrática.

O fogo corresponde ao temperamento bilioso ou colérico.

A terra, ao temperamento nervoso ou melancólico.

O ar se relaciona com o temperamento sanguíneo e a água com o temperamento linfático ou fleugmático.

Da mesma forma, dividem-se os signos por grupos de quatro, constituindo as quadruplicidades, qualidades ou modos de ação, também chamadas Cruzes.

Astrologia Médica e os Modos

Assim se configuram as cruzes: Cardinal (Áries, Câncer, Libra e Capricórnio); Fixa (Touro, Leão, Escorpião e Aquário); e Mutável ou Comum (Gêmeos, Virgem, Sagitário e Peixes).

O excesso ou ausência de certo elemento ou de uma determinada qualidade de ação no mapa configura já uma tendência de ser no mundo e um padrão mais característico de desarmonia e adoecimento.

O modo cardinal é impetuoso e intenso, mas com pouca tendência à cronificação. O modo fixo, por outro lado, tende mais para as patologias insidiosas e crônicas, enquanto o modo mutável relaciona-se com a tendência para o desenvolvimento de doenças rápidas e fugazes, porém mais constantes.

Algumas casas astrológicas são tradicionalmente mais implicadas para a avaliação em saúde. São elas as casas: VI (saúde e doenças agudas), VIII (crises e doenças graves) e XII (doenças mentais, crônicas e internações).

Além delas, deve-se sempre analisar o ascendente.

É preciso considerar nessas casas:

  • o signo na cúspide
  • seu(s) planeta(s) regente(s) e onde estes se situa(m)
  • os planetas que se situam nelas e os respectivos aspectos que fazem.

Cada um desses muitos e variados temas será abordado com maior detalhe e abrangência em artigos próximos.




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Ana Teresa Ocampo

Astróloga e médica sanitarista e homeopata no Rio de Janeiro. astro.anaocampo@gmail.com

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