O feminino ancestral e a Lua astrológica

O feminino ancestral e a Lua astrológica

Nascemos e em algum momento morreremos, porquanto existimos em uma vida cíclica.

Nossa vida portanto, entre nascer e morrer, é carregada de emoções. Impulsionada por necessidades e temperada por humores, astrologicamente representada pela Lua.

Desde que o homem e a mulher habitam a Terra, a Lua tem sido seu referencial. Por certo, eles contavam o tempo através das fases lunares.

A agricultura tem seu desenvolvimento baseado na rotação lunar.

Deméter deusa grega relacionada com a Lua é assim como com a natureza, criou as estações do ano, e é geradora da abundância e fertilidade por toda a Terra.

A Lua e suas fases podem ser uma metáfora para a vida e seus ciclos, desde o nascimento à morte.

Lua nova, nascimento, Lua crescente, tempo de desenvolvimento, de florescer, Lua cheia é a plenitude do que nasceu na Lua nova e se desenvolveu na Lua crescente, e que após esse ciclo cairá em decadência no céu de uma Lua minguante, até morrer e nascer em uma nova Lua.

Em algumas culturas matriarcais, o ciclo menstrual da mulher estava sintonizado com as Luas.

Na Lua nova a mulher menstruava e seu sangue voltava àa terra para fertilizá-la.

Analogamente, na Lua crescente os óvulos começavam a se desenvolver.

Enquanto que na Lua cheia estavam prontos para receber os espermatozoides e dar início a uma nova vida.

Não havendo a fecundação iniciava-se o processo minguante até a expulsão dos óvulos. De agora em diante buscariam outro caminho, pelo sangue menstrual de mais uma Lua nova.

A Lua astrológica é atemporal, pois trás consigo uma herança emocional que vem desde o útero da mãe ou de antes, de outras vidas.

O útero de uma mãe carrega em si as emoções primitivas do útero tanto da avó, quanto da bisavó, da tataravó e de toda ancestralidade feminina de uma mesma árvore genealógica direta.

Ela é portanto, um complexo fator energético que afeta nossas escolhas mais íntimas. Atua no reino das emoções.

Aqui as necessidades devem ser atendidas, por mais desconfortáveis emocionalmente que possamos nos sentir.

A variação de humores é decerto um sintoma lunar.

Ser de Lua! Lunático! Viver no mundo da Lua!

A Lua emana no astral, pode causar ilusões e no mapa pessoal devemos ver as configurações que a Lua faz com Sol e Ascendente e outros planetas. Igualmente, qual casa ocupa e em qual signo está. Isso, para termos um maior conhecimento de nosso mundo interior.

A Lua mitológica está associada à Grande Deusa, à Gaia, também à Nyx. Assim como às Moiras, à Hécate, à Deméter, à Ísis, à Isthar. Essas são Deusas da Terra, da noite, além de tecedoras dos destinos.

Possuem uma sexualidade ligada à terra, à fertilidade.

Sobretudo, seu interesse sexual é instintivo, buscando a perpetuação da espécie. Os encantos românticos e sedutores são refinamentos da sexualidade e que outrossim, astrologicamente, estão sob os domínios de Vênus.

A Lua é a morada da memória, portanto, produtora das lembranças.

Ela é como nos enxergamos em relação ao nosso Sol, sobremaneira, é a capacidade de nos auto-observarmos.

Muitas vezes a Lua pode produzir manias, também hábitos e costumes, o que em escala social produz as culturas e tradições.

A Lua reflete a luz solar. Simbolicamente, ela está aberta para o Sol, doa-se.

O Sol é o nosso “Eu”, e através da Lua podemos sentir quem somos, tanto podemos nos entender como nos aceitar.

O astrólogo Martin Schulman nos diz que “para que o homem seja ele mesmo através do seu Sol, ele precisa ser capaz de ver a si mesmo através de sua Lua. Mas não deve confundir ver com ser”.

Acontece porém, que muitas vezes utilizamos o foco lunar como se a Lua fosse nosso “Eu”, ao invés da reflexão partimos irrefletidamente à reação.

Tornamos-nos reativos, melindrosos, e similarmente, excessivamente emocionais quando a nossa Lua pessoal está desequilibrada.

A segurança e inteligência emocional proporcionam bem estar e saúde.

com a Lua integrada na psique humana podemos ter mais prazer em viver. E o prazer lunar é duradouro, pois vem das entranhas desde o útero de nossas mães, desde o ato sexual ligado à manutenção da espécie, assim carregamos junto a nós toda a força anímica que gera vida.

A Lua é a nutrição, o cuidado, o alento.

Inegavelmente, para estarmos bem precisamos nos cuidar.

A mãe é apenas um símbolo lunar, e no íntimo de nós mesmas devemos ser capazes de despertar a imagem interna de nossa Mãe Lua, e deixarmos de buscar no externo nossa proteção necessária para viver.

Podemos nos perguntar, o que estamos fazendo com nossa Lua? Estou cuidando de mim? Eu reajo ou reflito aos acontecimentos que me chegam? Sou carinhosa comigo mesma? Consigo sentir afeto por quem eu sou? Essas são questões de Lua e qual a necessidade de sua Lua?

Lua em Áries necessita de ação!
Lua em Touro necessita de proteção!
Lua em Gêmeos necessita de comunicação!
Lua em Câncer necessita de afeto!
Lua em Leão necessita de atenção!
Lua em Virgem necessita de organização!
Lua em Libra necessita de refinamento!
Lua em Escorpião necessita de intimidade!
Lua em Sagitário necessita de desafios!
Lua em Capricórnio necessita de segurança!
Lua em Aquário necessita de inovação!
Lua em Peixes necessita de desapego!

Publicado em 05/07/2017




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Fabiane Marques

Astróloga e Historiadora, dançarina e poeta, vai entre os encontros da mente e da expressão, extraindo dos símbolos as conexões entre o existir e o sentir. No passo dos dias atendendo aos comandos do coração para fazer da vida a arte, da escrita a profissão, da dança o caminho, e da poesia a ação. Nada mais, nada a menos para Sol, Lua, Mercúrio e Ascendente em Gêmeos e uma Vênus em Touro, para o ar aterrissar. Contato: famarquescxs@hotmail.com Visite: http://trigonosastrais.blogspot.com/ http://fantasiasdoreal.blogspot.com/ Fabiane Marques

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