Uma Homeopata nas Trincheiras

Uma Homeopata nas Trincheiras>>

“A política é uma guerra sem derramamento de sangue, e a guerra uma política com derramamento de sangue”. (Mao Tse-Tung)

Por que resisto a me meter em Política? Por medo e por descrença.

Medo do ridículo, que é a sorte merecida de quem se mete em amores do outro, sobretudo com uma rapariga airada como a Política.

Descrença de tudo, e por que não dizer, de todos.

Para quem se quer apelar agora? Para o povo!

Ora, o pobre, escapelado, escabelado, escorchado. E o povo deixou de ser parcela computável na vida das nações.

Uma Homeopata nas Trincheiras e um sistema de frios e contrapesos

O programa de um novo partido político há de incluir um sistema de freios e contrapesos, de vacinas e específicos com a virtude terapêutica de impedir, para jamais, ou curar logo, as crises subintrantes da ditadura, que tem posto o organismo republicano em deplorável estado coliquativo.

Tempos Caústicos, estes, em que o estado de direito se vê carcomido pelo egocentrismo egoísta, pela ignorância do real, e régio, sentido da existência.

Comportamento este que não é restrito aos que ignoram, mas que exubera entre os ditos intelectualizados, cultos, globalizados e que não enxergam para além dos muros que erigiram para sua proteção, sitiando seus valores, por temor dos usurpadores.

Acompanho com o mais profundo sentimento a degenerescência progressiva e inexorável, célula por célula, desse admirável corpo de princípios democráticos fundido naquilo que já foi a Constituição Brasileira da República, e naturalmente aspiro e espero por um processo do que chamamos na Medicina – “restitutio as integrum” -, a reconstituição anatômica e reintegração funcional.

Uma Homeopata nas Trincheiras- Habituei-me a servir a Pátria exclusivamente na nossa arte

Quem abraçou por vocação o cuidado à saúde do próximo semelhante leva para todas as oportunidades da existência as características da sua “profmissão”: a fé, a bondade, a ternura, o compadecimento, a simplicidade, a tolerância

No Brasil só há um problema nacional: falta ao povo educação.

O progresso de um país está na razão direta da cultura de seu povo.

Da cultura nasce a ambição, da ambição a atividade, da atividade a riqueza, da riqueza multiplicada a fortuna coletiva, e desta a confiança, a força e a coesão.

Eu sirvo à Política senão dentro da minha arte, pois é assim a servindo que julgo melhor amá-la.
Patriotismo é cada um trabalhar no seu ofício com a maior fé.

Igualdade em saúde para a equidade em saúde,

outras estratégias, além de eliminar a pobreza e dar condições de estudo, moradia, lazer segurança e cultura, uma sociedade precisa.

Para a política o homem é um meio; para a moral é um fim. A revolução do futuro será o triunfo da moral sobre a política.

É necessário uma visão futurista de ações de longo prazo, menos idealistas e mais realistas não só em previsões, mas em atitudes para que os netos do hoje possam almejar um futuro mais saudável.

Políticas de saúde para um viver integral, promover o Bem, cuidar da Pessoa, e não apenas prevenir e extirpar o Mal.

O envolvimento ativo da população é necessário em todos os níveis e ações de governo.

Se as comunidades não são saudáveis, as pessoas não serão.

São necessárias estratégias bem definidas, capacitação e mecanismos que favoreçam o diálogo face às diferenças e especificidades, a intersetorialidade, a ênfase na atenção primária, a democracia, fazer valer em prática os direitos constitucionais.

A participação do Todo e de cada UM é um determinante social importante para a promoção da saúde, mas a participação não acontece sozinha.

Demanda tempo, recursos e vontade política.

São necessárias estratégias bem definidas, capacitação e criação de mecanismos que favoreçam o diálogo com as comunidades.

Exige envolvimento e é preciso redistribuir o poder e investir para que a palavra de todos tenha o mesmo valor.

Uma Homeopata nas Trincheiras – Papel dos médicos

Qual o papel dos médicos e a mudança necessária para este profissional frente aos determinantes sociais em saúde?

Busca-se o ideal, usando a competência técnica para eficiência e eficácia.
Os médicos não são só médicos em algumas horas, mas todo o tempo, e todos os espaços são para manter o foco último que é a saúde.

Cuidar do Próximo, Semelhante, é cuidar de Si-Mesmo. Estar a serviço da Saúde é ser útil, congruente no pensar e sentir O Todo, e coerente no ( re)agir, sobretudo sendo e não parecendo, Humano.
Há muito sofrimento no mundo, seja um bálsamo na dor, contribua por Amor.

Reintero: Eu Sou do Partido da Boa Fé, da Individualização, do dar a cada um de acordo com sua necessidade.

Exato por isso sou Médica Homeopata.

Minha moral é o Altruísmo, meu voto é a Caridade.

O que eu faço no cotidiano dos meus atos pode ser público, mas como o faço é privado, incapturável por imagens postadas, alcançável aos que compartilham dos meus propósitos.

Eu elejo com a minha consciência, e se ela não é secreta, é de fórum íntimo, embora possa ser desvelada em ato(s), pois não há nada que A Alma guarde que não culmine por se revelar em ações.

Uma Homeopata nas Trincheiras – Política, Saúde no Fronte

Ser ativista da saúde, em que a melhor saúde de UM e a melhor saúde de todos passe não mais por estratégias para a saúde pública, ou coletiva, e sim para a saúde comunal cósmica onde é determinante o cuidado que acolhe, toca, escuta e significa, e a empatia, recolhe, retoca, ressoa e ressignica.

Nem ideia, nem ideal, saúde é ação!
Então, vamos nos dar as mãos à obra fazer da Saúde (Re)pública?
Aja Amor.
Haja Amar!

Denise Espiúca Monteiro, médica homeopata, Mestre em Saúde Coletiva, inspirada no discurso proferido na agremiação ao Partido Democrático em 09/03/1927, por Dr Miguel Couto, Patrono da cadeira 25 a qual ocupa na ABRAMES, Academia Brasileira de Médico Escritores.



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Denise Espiuca

Denise Espiúca Monteiro Médica Homeopata, Mestre em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social/UERJ. Diretora do Ambulatório Escola do IHB, A Casa da Homeopatia Brasileira. Escritora, ocupa a cadeira 25 da ABRAMES, Academia Brasileira de Médicos Escritores. Email: despiuca@dh.com.br

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