SER LILITH, EVA, MULHER, SER TOTAL – Introdução

SER LILITH, EVA, MULHER, SER TOTAL>> Lilith, a mulher primordial, primeira esposa e outra metade de Adão.

Decerto, encontramos Lilith em nossas vidas como uma figura arquetípica. Eterna.
Ela é integrante daquilo que Jung denominou de Inconsciente coletivo. Uma instância da psique comum à toda a humanidade.
Seu mito refere-se fundamentalmente a três arquétipos componentes da nossa psique e que são denominados de animus, anima e sombra.
Enquanto sentimentos reprimidos por nosso ego, possuem energia suficiente para que se tornem autônomos e se infiltrem em nosso cotidiano de maneira involuntária.
Além do mais, nos causando problemas no desenrolar de nossas histórias individuais.
Como resultado, nos retiram toda e qualquer possibilidade de que possamos atuar como personalidades integradas.
Nosso ego busca ocultar aquilo que não considera aceitável. Contudo, tais arquétipos ou ¨figuras¨ que ele busca ocultar, possuem qualidades emocionais repletas de conteúdo energético, e adquirem vida própria.

não se extirpa nada de nossa psique baseado apenas em nossos desejos conscientes

Com efeito, similares a espíritos autônomos, eles assim mesmo,  se manifestam por mais que o ego deseje expulsá-los ou ocultá-los.
De nada adianta negar-lhes a existência e relegá-los ao inconsciente. Eles se manifestam inexoravelmente.
Só o acolhimento pelo ego e a tomada de consciência poderá diminuir o poder desses arquétipos e esvaziá-los de sua carga emocional.

SER LILITH, EVA, MULHER, SER TOTAL

O mito de Lilith presente em nossa psique, não é uma resultante apenas de nossa experiência individual.
Outrossim, esse mito encontra-se envolvido numa dimensão pré-pessoal ou transpessoal.
Porquanto é um mito ligado à imagens universais presentes no inconsciente coletivo.

Lilith nos assoma como sendo a mulher primordial, mas não apenas a esposa ou a partir de sua costela, e sim,  como a outra metade de Adão

Assim sendo, é uma imagem primordial, um arquétipo do inconsciente coletivo.
Em síntese, ela faz parte de nossa estrutura cerebral herdada, tanto que em outras ocasiões vincula-se a outros mitos, como o do homem redondo de Platão.
Tanto sua vivência quanto sua integração, são fatores determinantes do processo de individuação humano.
Em outras palavras, mediante o conhecimento de Lilith e sua metade-esposo, tornamo-nos conscientes de nós mesmos.

Lilith está tanto no início quanto no fim do processo de individuação

Era parte de Adão enquanto esse vivia em sua inconsciência ourobórica. Porém, parte integrante do processo de individuação quando o ego puder assimilar essa qualidade, sem sentir-se identificado com ela.
Portanto, sua integração à consciência, faz com que experimentemos a sensação de restauração da unicidade original.
Da mesma forma, a partir daí, poderemos nos entender enquanto seres completos, indivíduos, ÚNICOS.

¨Na sua própria vida, o indivíduo tem que seguir a estrada percorrida antes dele pela humanidade, estrada na qual esta deixou marcas de sua jornada impressas na sequência arquetípica das imagens mitológicas¨

Erich Neumann. História da Origem da Consciência, Ed. Cultrix, pg 14
Segue…

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http://www.grupomeiodoceu.com/internas/2018/11/14/ser-eva-arquetipo-de-eva/

http://www.grupomeiodoceu.com/internas/2018/12/03/ser-eva-arquetipo-de-eva-ii/

http://www.grupomeiodoceu.com/internas/2018/12/10/lilith-como-autodescoberta-e-transformacao-i/

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