Os 7 Astros errantes – Saturno

Os 7 Astros errantes – Saturno

Na antiguidade os sábios que estudavam o céu das estrelas perceberam que alguns astros se movimentavam através do cinturão das constelações do Zodíaco, razão pela qual os chamaram de “Astros errantes”.

Saturno

Saturno, o planeta dos anéis, é conhecido com um planeta maléfico na Astrologia tradicional. Seu lento deslocamento pelos signos do Zodíaco acarreta uma analogia com o Tempo, com os obstáculos que a vida nos traz e que devemos superar com muito trabalho, sem desanimo.

Astrologia

Saturno tem analogia com a contração, a estruturação, a conservação, a moderação, a disciplina, o esforço, a responsabilidade, a ambição, a ascensão e a queda, os reveses da fortuna, as perdas, o medo, as renúncias, as privações, os obstáculos, os sacrifícios, a penitência, a velhice.

Saturn,Codex Schürstab, A treatise on medical astrology Nürnberg, 1472

Suas qualidades são a cristalização das ideias, o isolamento, a meditação, o silêncio, o controle das emoções, a precaução, a lógica, a racionalidade, a constância, o planejamento a longo prazo, a excelência nos resultados, a construção, a longevidade, o despojamento, a discrição.

Tem que tomar cuidado com a rigidez, a inércia, a restrição, a limitação, a densificação, a demora, os atrasos, a falta de iniciativa, o conformismo, a imobilização, o apego ao passado e as tradições, a frieza, a indiferença, a obstinação, a avidez, o egoísmo, o pessimismo.

Astronomia

Saturno é o sexto planeta a partir do Sol e o segundo maior do Sistema Solar, somente menor que Júpiter. Pertence ao grupo dos gigantes gasosos, possuindo cerca de 95 vezes a massa da Terra e orbitando a uma distância média de 9,5 unidades astronômicas – UA, que é a distância da Terra ao Sol.

Saturno tem um diâmetro médio de 120 536 quilômetros, equivalente a 9,45 vezes o diâmetro da Terra. Sua massa é igual a 5,6846 × 1026 kg e sua densidade média é de 0,687 g/cm³.

Desta forma, Saturno é muito maior do que a Terra, porém muito menos denso, haja vista que a densidade da Terra é de 5,51 g/cm³. Ele é o único planeta menos denso que a água (30% menos). No caso hipotético de um oceano grande o suficiente ser encontrado, Saturno flutuaria nele.

Saturn and Earth size comparison

Está a uma distância média equivalente a 1.433.449.370 quilômetros. Seu afélio é de 1.513.325.783 quilômetros e o periélio é de 1 353 572 956 quilômetros, numa órbita elíptica com uma pequena excentricidade orbital em torno de 0,055.

A inclinação axial de Saturno em relação ao equador solar é relativamente pequena, de apenas 5,51 ° o que faz com que o planeta não possua mudanças significativas de estações.

Seu período de translação ao redor do Sol é de 29,45 anos, com uma velocidade orbital média de 9,69 km/s. Ele gira sobre seu eixo a cada 10 horas e 34 minutos, a segunda mais rápida rotação entre todos os planetas do Sistema Solar.

Saturn photo by Hubble in 22 March 2004

Pelo fato de os planetas gigantes gasosos não se comportarem como corpos rígidos, estes apresentam rotação diferencial, ou seja, suas camadas atmosféricas superiores possuem velocidades de rotação diferentes daquelas da superfície.

Isto faz com que Saturno seja o planeta mais achatado do Sistema Solar. De fato, seu formato oblato é causado pela baixa densidade do planeta, o que faz com que o planeta não consiga manter seu formato esférico.

Assim como a atmosfera dos demais gigantes gasosos, a atmosfera de Saturno é composta primariamente por hidrogênio (96,3%) e hélio (3,25%), além de pequenas quantidades de metano (0,45%) e amônia (0,01%).

Tal como os demais gigantes gasosos, todo o planeta é envolvido por espessas camadas de nuvens. a camada mais alta de nuvens é formada por amônia (NH3), cujos cristais se formam a temperaturas da ordem de -250 °C. Logo abaixo, outra camada de nuvens é formada por hidrossulfeto de amônio (NH4SH), quando a temperatura chega ao redor de -70 °C e, por fim, uma camada de nuvens de água se forma logo abaixo, onde a temperatura é de 0 °C.

Como nos demais planetas gigantes, a circulação atmosférica de Saturno ocorre em bandas de fortes ventos, especialmente na direção leste, que é o sentido de rotação do planeta. Em sua zona equatorial, os ventos chegam a 1 800 km/h.

Não há um limite inferior definido onde começa a camada atmosférica pelo fato de que não há uma fronteira que determine quando o hidrogênio passa a se comportar como líquido ou como gás. Desta forma, Saturno não apresenta uma superfície definida.

Saturn image by Cassini, 6 October 2004

A temperatura média da superfície de Saturno é de − 139°C. Sua gravidade é de 10,44 m/s2, um pouco superior a força gravitacional da Terra, que é de 9,8 m/s².

O campo gravitacional do planeta e seu baixo momento de inércia revelam que a maior parte de sua massa está concentrada próximo ao seu centro. De fato, estima-se que o núcleo rochoso, com uma quantidade considerável de ferro, contenha uma massa de dez a vinte vezes a massa da Terra, sendo, portanto, maior que o núcleo de Júpiter.

Uma das características notáveis do planeta Saturno é o proeminente sistema de anéis planetários ao seu redor. De fato, seu sistema de anéis é o maior, mais massivo, brilhante e complexo de todo o Sistema Solar.

As partículas constituintes deste sistema de anéis são formadas principalmente por gelo de água. Existem diversas teorias sobre sua origem, como a partir da desintegração de cometas que passaram próximo ao planeta ou a destruição de um grande satélite natural.

De fato, os anéis principais estão situados no interior de uma zona conhecida como limite de Roche, dentro da qual a gravidade de Saturno é forte o suficiente para desintegrar um corpo que esteja em órbita.

Embora a largura dos anéis se estenda por milhares de quilômetros ao longo do plano equatorial de Saturno, sua espessura, segundo estimativas, não ultrapassa 150 metros. A massa total do sistema de anéis é estimada como equivalente à massa do satélite natural Mimas.

Mais de sessenta satélites naturais orbitam ao redor de Saturno. Contudo, a maioria deles são corpos pequenos, sendo que somente nove luas possuem diâmetro superior a cem quilômetros. Algumas pequenas luas, como Pandora, Jano, Epimeteu e Atlas, devido à proximidade, influenciam a distribuição das partículas no sistema de anéis ao redor do planeta.

Um dos mais notáveis é Titã, o maior e o único satélite natural do Sistema Solar que possui uma espessa atmosfera e a ocorrência de nuvens. Encélado, recoberto por uma camada de gelo, possui gêiseres que expelem água no espaço. Tétis possui uma fissura que possui grande extensão em sua superfície, enquanto Mimas possui uma enorme cratera de impacto.

Shadow of Saturn’s Rings with Titan, image by Cassini in 2012 July 3

Hipérion possui superfície extremamente irregular, cheia de crateras e uma rotação caótica. Jápeto possui uma cordilheira equatorial, além de uma face escura e outra clara. Outras grandes luas são ReiaDione e Febe.

Visto a olho nu a partir da Terra, Saturno apresenta um brilho comparável ao das estrelas mais brilhantes da esfera celeste.  A variação do brilho aparente do planeta depende principalmente da orientação dos anéis em relação ao observador, sendo que, quando estão voltados para a Terra, os anéis são responsáveis por dois terços da luz refletida.

Saturno é conhecido desde a antiguidade. Na Babilônia era chamado de Ninib, o deus da agricultura e das curas, mas também o “vento do sul”, que trazia o ciúme e a ira.

Para os gregos seu nome era Cronos, um Titã filho de Urano e Gaia. Para os romanos foi assimilado como Saturnus, o deus da agricultura, da justiça e da força. Diz a lenda que após ser derrotado por seu filho Zeus, ele foi expulso e se exilou no Lácio, vindo a se constituir no embrião da cidade de Roma. Foi em homenagem a este deus romano que o planeta foi denominado.

Em 1610, Galileu Galilei o observou com seu telescópio e percebeu dois lóbulos, cada um em um lado, o que chamou de Saturnus triformis, sobre o qual escreveu: “O planeta Saturno não está sozinho, mas é composto em três, que quase tocam um ao outro e nunca se movem ou mudam um em relação ao outro e o do centro é três vezes maior que os das laterais.”

Cerca de cinquenta anos depois, o astrônomo Christiaan Huygens, com seu telescópio com maior poder de magnificação, revelou que as estruturas se tratava na verdade de anéis, afirmando que “o planeta é circundado por um anel fino e plano, não ligado a ele em nenhum ponto e inclinado para a eclíptica”.

Huygens também encontrou uma pequena estrela próximo ao planeta, que o acompanhava em seu movimento pelo céu. Ao longo de semanas acompanhando, percebeu que se tratava, na verdade, de um satélite natural, o qual foi posteriormente denominado Titã.

Giovanni Domenico Cassini, astrônomo italiano, fez diversas observações e descobertas a partir do Observatório de Paris. A partir de 1671, observou outros satélites além de Titã, nomeados posteriormente Japeto e Reia.

Saturn eclipse mosaic bright crop taken by Cassini in 2013 july 19

Somente em 1789 outros satélites viriam a ser descobertos, graças ao trabalho de William Herschel, que encontrou Encélado e Mimas, difíceis de serem localizadas por estarem próximos ao planeta. Herschell também determinou que os anéis se situam no plano equatorial do planeta e que o eixo de rotação de Saturno é inclinado cerca de 26°, além do seu formato achatado.

A sonda Pioneer 11 foi destinada a explorar Júpiter e Saturno. Lançada em abril de 1973, a sonda chegou a Júpiter no fim de 1974 e, através de gravidade assistida, foi direcionada para Saturno, onde chegou em 1979.

Através das fotografias enviadas pela Pioneer 11, descobriu-se outras luas menores, como Epimeteu, e um anel adicional, além de mapear a magnetosfera ao redor do planeta e observar que Titã era envolto numa espessa atmosfera e tinha temperaturas baixíssimas.

A sonda Voyager 1, foi lançada em 1977 e, após passar por Júpiter em 1979, a gravidade do planeta direcionou-a para Saturno, por onde passou em 1980. A sonda realizou observações refinadas dos anéis e alguns de seus satélites, principalmente de Titã e sua atmosfera, composta principalmente de nitrogênio.

Lançada no mesmo ano, a Voyager 2 foi programada a também explorar os gigantes gasosos, chegando em Saturno somente nove meses após a Voyager 1. Ela passou sobre o plano dos anéis e perto de várias luas como Hipérion, Encélado e Tétis, as quais fotografou em detalhe, além de obter uma visão mais favorável da estrutura fina dos anéis,

A sonda dupla Cassini-Huygens, a qual seria composta de um orbitador que seria colocado ao redor de Saturno (Cassini) e uma sonda que seria enviada à superfície de Titã (Huygens). Ela foi lançada em outubro de 1997 e chegou a seu destino em 2004. Foi a primeira vez em que um orbitador foi colocado com sucesso em órbita tão distante no Sistema Solar.

No início de 2005, a sonda Huygens foi enviada à superfície do maior satélite de Saturno. Embora tenha enviado dados por poucas horas, a sonda revelou a composição química da atmosfera, suas camadas e também imagens da superfície.

A atividade da sonda espacial Cassini foi estendida e continuou em funcionamento até 2017, com o mergulho deliberado em sua atmosfera em 15 de setembro de 2017.

Image of Saturn taken by the Cassini Spacecraft

Mitologia

Cronos é o mais jovem dos Titãs, filho de Urano e Gaia. Teve como irmãos as Titânidas, os Ciclopes, criaturas com um olho só e os Hecatônquiros, monstros com cem braços e cinquenta cabeças.

Os Titãs eram Oceano, Ceos, Crio, Hiperion, Japeto e Cronos. As Titanidas eram Thea, Rhea, Temis, Mnemósina, Febe e Tetis. Os Ciclopes eram Arges, Estérope e Brontes, ao passo que os Hecatônquiros eram Coto, Briaréu e Gias.

Urano ao ver seus filhos não gostava de seu aspecto físico e os bania para o Tártaro, condenando-os a viver nos abismos profundos da Terra. Gaia, desgostosa por ver seus filhos ocultos em seu interior, conclama-os a se revoltarem e atacarem o pai.

Todos se recusam e Cronos assume a responsabilidade. Gaia dá a Cronos uma foice de sílex e este, quando o casal se preparava para a cópula, agarrou os genitais do pai e o emasculou, jogando seus órgãos no mar.

Cronos castra Urano, Giorgio Vasari, 1564

Desta forma estavam separados o Céu e a Terra. Do sangue que pingou no solo nascem as Fúrias ou Eríneas, os Gigantes e as ninfas Mélias. Do sêmen em contato com a água do mar forma-se uma branca espuma de onde nasceu Afrodite, a deusa do Amor e da Beleza.

Então Cronos casa-se com Rhea, sua irmã, e inicia-se o seu reinado. Porém, temendo os Ciclopes e os Hecatônquiros, ele que os havia libertado a pedido de sua mãe Gaia, lança-os de novo ao Tártaro. Mas seus pais Urano e Gaia profetizam que ele também será destronado por um de seus filhos.

Com medo da profecia, Cronos passa a devorar todos os filhos. Nasceram e foram devorados Hestia, Deméter, Hera, Hades e Poseidon. Até que quando está para nascer seu sexto filho, Rhea vai até a ilha de Creta e no Monte Dicte dá à luz a Zeus. Em seguida esconde-o e dá uma pedra envolta em panos de linho para Cronos comer.

Saturno devorando seu filho, Francisco Goya, 1819-23

Zeus é escondido em uma caverna do monte Dicte e é alimentado por uma estranha cabra com cauda de peixe chamada Amaltéia. Ele cresce e decide enfrentar seu pai. Para esta batalha conta com a ajuda de Metis, a deusa da Prudência, que prepara uma beberagem que faz Cronos vomitar todos os seus filhos.

Zeus então liberta os Ciclopes do Tártaro e estes fabricam armas para os filhos de Cronos. A Zeus dão o trovão, o relâmpago e o raio, a Hades dão um capacete da invisibilidade e a Poseidon um tridente capaz de provocar terremotos e maremotos.

Liberta também os Hecatônquiros, que se tornam seus aliados em uma guerra que durou dez anos, conhecida como Titanomaquia, na qual Zeus vence Cronos e os Titãs, mandando seu pai para o exílio e tornando-se o rei dos deuses olímpicos.

Expulso por seu filho, Cronos refugiou-se no Lácio. Lá, exerceu a soberania e continuou a reinar em um ambiente repleto de paz e abundância, tendo ensinado, aos homens, a agricultura. Ali ele criou uma família e uma conduta novas, vindo a ser pai de Picus, um dos primeiros reis do Lácio, que também era o protetor da agricultura, além de possuir dons de profecia.

Picus se casou com Circe e foi pai de Fauno, o terceiro rei do Lácio que, em virtude dos bens feitos ao seu povo, civilizando-os, foi alçado à divindade após sua morte, sendo adorado como representante das matas e dos campos.

Picus e Circe, Luca Giordano (1632-1705)

Para comemorar este antigo estado paradisíaco, além de obter as bençãos do deus Saturno sobre as sementes lançadas no seio da terra, todos os anos celebravam-se as Saturnalia. Estas festas aconteciam por volta do fim de um ano e início de outro, em 17 de dezembro.

Iniciavam-se pela manhã, retirando uma faixa de lã que cobria o pedestal da estátua de Saturno e prosseguiam com um grande banquete público. A hierarquia social era quebrada e os escravos, temporariamente em liberdade, eram servidos pelos seus senhores, em um clima de alegria.

Um costume comum na Saturnália era visitar os amigos e trocar de presentes. Os presentes eram as sigillaria, pequenas figuras de terracota ou prata ou ainda velas de cera, representando a luz na escuridão. Nesta ocasião, não se permitia a ninguém se enfadar, estar de mal humor ou fazer ameaças.

Voltando ao deus grego Cronos, vamos relatar um único caso extraconjugal dele que se tem notícia. Filira era uma oceânide, filha de Oceano e Tétis. Ela se casou com Náuplio, com quem teve vários filhos.

Cronos apareceu disfarçado de cavalo e se relacionou com ela gerando o centauro Quíron, um ser meio humano e meio cavalo. Quando Quíron nasceu, ela ficou tão triste com sua aparência que o abandonou. Ela é a deusa do perfume, escrita, cura, beleza e ensinou a Humanidade a fazer o papel.

Abandonado, Quíron foi encontrado por Apolo, que o criou como pai adotivo e lhe ensinou todos os seus conhecimentos: artes, música, poesia, ética, filosofia, artes divinatórias e profecias, terapias curativas e ciência.

Tradicionalmente, habitava o Monte Pelião. Ali se casou com Cariclo, também uma ninfa, que lhe deu três filhas: Euípe, Endeis e Ocírroe, além de um filho, Caristo.

Quíron era altamente reverenciado como professor e tutor. Entre seus pupilos, estavam diversos heróis, como Asclépio, Aristeu, Ajax, Enéas, Actéon, Ceneu, Teseu, Aquiles, Jasão, Peleu, Télamon, Héracles, Ileu, entre outros.

Cronos e Filira, Francesco Mazzola, detto il Parmigianino (1503-1540)

Durante a antiguidade, o titã Cronos era ocasionalmente confundido com Chronos, o deus do tempo da Teogonia de Hesíodo. De acordo com Plutarco, os gregos antigos acreditavam que Cronos era um nome alegórico para Chronos.’

Além do nome, a história de Cronos comer seus filhos também era interpretada como uma alegoria de um aspecto específico do tempo, a esfera de influência de Chronos. Chronos representava as características destrutivas de tempo, que consumia todas as coisas, um conceito que foi definitivamente ilustrado quando o rei titã consumiu os deuses do Olimpo – o passado consumindo o futuro, a geração mais velha suprimida pela geração seguinte.

Durante o Renascimento, a identificação de Cronos e Chronos deu origem ao “Tempus Pater”, o Pai Tempo, uma representação antropomórfica do tempo empunhando a foice da colheita. O significado original e a etimologia da palavra Chronos ainda são incertos.

De acordo com a teogonia órfica, Chronos surgiu no princípio dos tempos, nascido da união de Hidros e Gaia. Era um ser incorpóreo e serpentino possuindo três cabeças, uma de homem, uma de touro e outra de leão. Uniu-se à sua companheira Ananque (a inevitabilidade) numa espiral em volta do ovo primogênito, formando então o Universo ordenado com Gaia, Ponto (o mar profundo) e o Urano (o céu estrelado).

Os gregos antigos tinham duas palavras para o tempo: chronos e kairós. Enquanto o primeiro refere-se ao tempo cronológico ou sequencial, ou seja, o tempo que se mede, de natureza quantitativa, Kairós possui natureza qualitativa, o momento indeterminado no tempo em que algo especial acontece, a experiência do momento oportuno.

Kairos era uma noção central, pois caracterizava “o momento fugaz em que uma oportunidade ou abertura se apresenta e deve ser encarada com força e destreza para que o sucesso seja alcançado”.

Kairós era habitualmente considerado um filho de Zeus e da deusa da fortuna, Tyche. Kairós era rápido, andava nu e tinha somente um cacho de cabelos na testa. Só era possível agarrá-lo segurando-o por esse topete. Se assim não fosse, seria impossível segui-lo ou trazê-lo de volta.

Ele simboliza o melhor instante no presente: o instante em que se consegue afastar o caos e abraçar a felicidade. Ou então de acordo com a sabedoria popular: a oportunidade só bate uma vez na sua porta…

Kairos, detalhe de Afresco do século XVI, Francesco Salviati

Simbologia

Dia da semana: Sábado.

Metal: Chumbo (Plumbum), símbolo Pb.

Cor: Anil.

Nota musical: Sol.

Pecado capital: Avareza.

Virtude: Prudência.

Arquétipo junguiano: o Velho sábio.

Anão da Branca de Neve: Zangado.

Chronos, Franz Ignaz Gunther, 1765-70
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