Crise dos 40? Parte III

Crise dos 40? Parte III

O QUE FAZER?

Existem dois caminhos para escolher.

E temos que escolher.

Não existe outra alternativa:

Podemos nos atirar no abismo do novo, do desconhecido, do mistério da vida, ou podemos nos agarrar ao planalto do já vivido, do já experimentado.

As duas opções são boas, mas as conseqüências são completamente diferentes.

No caso de lutarmos pela manutenção do padrão, a energia transformadora e libertadora que flui nesse momento da vida não encontra válvula de saída.

Nossa resistência é testada ao máximo.

Reações como pressão alta ou outras doenças civilizatórias começam a tomar forma.

Algumas pessoas apelam tanto para a bebida, quanto drogas, antidepressivos.

Tudo para segurar a estrutura que já foi conquistada, tudo para manter a aparência que representa suas conquistas.

E sofrem as conseqüências vendo seu mundo tão aparentemente perfeito desmoronar, ou enrijecer, ou perder a graça.

Tornar-se duro, assim como áspero, ou mesmo, amargo…

Isso significa que é necessário abrir mão, jogar fora tudo que se conquistou na vida?

Claro que não! Isso seria burrice e não conduz a nada de bom.

Não precisa desistir de nada, não precisa abrir mão de nada na verdade.

O que precisa é mudar o foco da atenção, deixar de considerar que conquistar cada vez mais segurança, cada vez mais objetos, cada vez mais bens é a razão de viver, porque não é mesmo.

Isso só vai adoecer e trazer infelicidade, como podemos constatar pela simples observação das pessoas que fizeram essa opção. E não são poucas.

Atirar-se no abismo do mistério é cometer alguma loucura?

É perder o senso, perder o rumo, abandonar-se ao instinto mais primário?

É um tipo de suicídio social, um ato de abandonar e trair aqueles que nos amam e esperam tanto de nós?

O Louco no Tarot representa muito adequadamente esse momento, a opção entre ficar no planalto ou atirar-se no abismo.

Não existe meio termo.

Como está dito acima, não é necessário jogar nada de fato fora, abrir mão de coisas, objetos, conquistas.

O que é preciso é mudar o enfoque, entender que tudo isso dever servir a uma finalidade maior que não é apenas a manutenção do “status quo”, não é simplesmente a conservação de um padrão de aceitação de si mesmo dentro de um contexto que impõe a ideia de que para ser amado preciso continuar a ser exatamente o que as pessoas esperam de mim.

Se aceitarmos as mudanças que a natureza nos propõe nesse estagio da vida, tudo fica mais fácil, encontramos novos caminhos e caminhamos para um novo rumo, outro objetivo.

Entendemos que somos maiores do que nos obrigaram a pensar que éramos, e que temos capacidade e talento para fazer algo pelo mundo, alguma coisa para mudar aquilo que ai está, e que nem sempre é benéfico para a continuidade da vida nesse planeta.

Reconhecemos nesse momento que, por sermos cidadãos do mundo, seres planetários, seres comprometidos com a totalidade da vida, pois tudo está conectado, enfim, reconhecemos que temos mais a fazer do que ficar mantendo velhos padrões que já foram conquistados e resolvidos.

Ao agirmos em sintonia com o desapego necessário à nova percepção da realidade, além dos limites simbolizados por Saturno, além dos limites que nos acostumamos a respeitar sem necessidade, apenas por nos sentirmos pequenos, não vai acontecer nenhuma crise dos 40, como se convencionou entender essa crise.

Na verdade apenas tomaremos algumas decisões e seguiremos em frente sem precisar olhar para trás, dessa vez sabendo quem somos, sabendo de certa forma porque estamos aqui, e sabendo que temos muito trabalho a fazer.

Encontrei esse texto circulando na Internet, atribuído a Nelson Mandela, observei que tem uma boa relação com o que foi dito acima . Por isso, vou adotá-lo como conclusão dessas reflexões:

“Nosso medo maior não é de que sejamos incapazes. Nosso maior medo é que sejamos poderosos além da medida. É nossa luz, não nossa escuridão que mais nos amedronta. Nos perguntamos: Quem sou eu, para ser brilhante, atraente, talentoso, incrível? Na verdade, quem é você para não ser tudo isso? Bancar o pequeno não ajuda o mundo. Não há nada de brilhante em encolher-se para que outras pessoas não se sintam inseguras em torno de você. É na medida que deixamos nossa própria luz brilhar que, inconscientemente, damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo.” NELSON MANDELA

P S: E quando saboreio estes sabores em mim,
Liberdade, amor, felicidade,
Sei que nunca mais voltarei a ser o mesmo
Não tem retorno
Não se volta atrás




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