Terra – Nodos e Lua Negra

Terra – Nodos e Lua Negra

No Sertão a pedra não sabe lecionar,
E se lecionasse, não ensinaria nada;
Lá não se aprende a pedra: lá a pedra,
Uma pedra de nascença, entranha a alma.
(João Cabral de Melo Neto, A Educação pela Pedra)

Se retirarmos de um mapa a Lua, o Sol e os planetas, que são como personagens que um eu qualquer pode encarnar, restará a Terra que somos.

Ademais, temos o Nodo Lunar e a Lua Negra – onde não há eu algum.

Outrossim, a Terra reúne todos os elementos num mesmo abraço. Os marcadores de eclipses, solares e lunares, de apogeus e perigeus lunares. É o espaçotempo, a luz e a escuridão, a lentidão e a velocidade.

Assim, os Nodos Lunares retrogradam sobre o caminho do Sol e percorrem o zodíaco em 18 anos.

De modo que indicam, então, a cada dezoito meses, em que signos a energia da luz e da escuridão é mais ou menos intensa.

Lua Negra, maior distância da Lua em relação à Terra, percorre os doze signos zodiacais em 9 anos.

Assim, indica a cada nove meses, em que signos a gravidade, a gravidez, a matéria, é mais ou menos densa, leve ou pesada.

Decerto o ciclo dos eclipses e dos apogeus forma, deforma, transforma a Terra, o corpo – Ascendente/Descendente/Meio do Céu/Fundo do Céu antigo mapa quadrado.

I – Movimentos dos Nodos Lunares:

Entre 15 de novembro de 2018 a 4 de junho de 2020 a Lua cruza a eclíptica. Para o norte, no signo de CÂNCER,para o sul, no signo do CAPRICÓRNIO.

Os eclipses de janeiro, julho e dezembro de 2019, indicam ao corpo a energia escura e a energia luminosa. E assim também no de janeiro de 2020.

De modo que é a estranheza e assombração em Capricórnio, com a familiaridade e iluminação em Câncer. Mas, sobretudo, é a sombra capricorniana de uma afirmação canceriana.

De como que, similarmente, a multiplicação da imagem e a imaginação tecnológica nos tornam insensíveis às afeições imediatas, concretas.

Ao mesmo tempo, astrológos lembram que Urano, Netuno e Saturno transitam pelo signo zodiacal de Capricórnio quando se atira a Rede sobre o planeta.

II – Movimentos da Lua Negra até maio de 2019:

A Lua Negra é o marcador da maior distância (apogeu) e, por oposição, da maior proximidade (perigeu) da Lua em relação à Terra.

Entre 06 de agosto de 2018 e 03 de maio de 2019 a Lua Negra transita pelo signo zodiacal de AQUÁRIO. Todavia, a Lua é contida pela força da Terra, sensibilidade aterrada, lenta.

Enquanto no signo zodiacal do LEÃO, ocorre a menor distância entre as duas. A Terra é, então, expandida pela força da Lua, como um corpo que se torna leve pela emoção que o consome.

Decerto a Lua é contida pela força da Terra até maio de 2019. Posto que no signo de Aquário, ela é o desejo de voar, desacordar, de não se adequar.

Aliás, é o revoltar-se contra qualquer autoridade que, por seu lado, reage através da vigilância, do controle e da fria violência.

A técnica inspira, como na revolução de 1930, de Getúlio Vargas, e no início da Segunda Guerra Mundial. Bem como no início da Guerra Fria e, agora, tudo de novo, quando o ouro não é mais de Moscou, mas de Pequim.

A Terra, inchada da Lua em Leão, ergue o mar, forja lágrimas, queima plantas e animais. São os amigos, as amigas e o coração incendiado.

III – Movimentos da Lua Negra até janeiro de 2020:

Do dia 03 de maio de 2019 até 27 de janeiro de 2020 a Lua Negra transita pelo signo zodiacal de PEIXES. Como é alheio um estranho na terra estranha: quem sou, onde estou, onde está Wally?

Com a Lua Negra e Netuno em Peixes estranhamos o que é próximo e imediato. Similarmente, tudo é dissolvido em névoaenquanto o imenso, o descomunal, o nunca dantes, sorri ao lado.

Foi com a Lua Negra em Peixes que foi lançado o primeiro satélite artificial da Terra, chamado de Sputnik, em outubro de 1957. E, em abril de 1975, surpreendente os Estados Unidos se retiram do Vietnam com os vietcongues nos calcanhares. E ainda ocorreu a mais óbvia estranheza, no ataque da Al Qaeda às Torres Gêmeas, em Nova Iorque, em setembro de 2001.

A Terra inchada da Lua primaveril de VIRGEM clama pelo chão, pela pedra e pelo mais próximo.

E é assim pelo carecimento e o desejo entre parênteses, a vontade subterrânea, a ilha deserta. A montanha sagrada, firmada no respiro do coração, nem antes e nem depois. 




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clovis peres

Clovis Peres, pesquisador e professor de astrologia formado por Emma de Mascheville. Compreende a astrologia como uma conversa entre humanos, digitada nos céus longo de muitos séculos e lugares. Contato: clovismperes@gmail.com

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