ATÉ ONDE VAI A (VERDADEIRA) REALIDADE?

ATÉ ONDE VAI A (VERDADEIRA) REALIDADE?

I – Enxergamos muito pouco da realidade:

Nós temos a impressão (ou a pretensão…) de acharmos que tanto sabemos como enxergamos tudo o que se passa ao nosso redor. No entanto isso não é mais do que um enorme engano dos nossos cinco sentidos.

Mesmo sem entrarmos no campo da especulação metafísica ou mesmo filosófica.

Nos atendo apenas à vida material, bastaria lembrarmo-nos do mundo microscópico para nos darmos conta de que não acompanhamos grande parte da vida que borbulha à nossa volta.

E tampouco, ao menos, dentro daquilo que chamamos de “nosso” corpo.

II – A vida microscópica que existe em nós:

Este “nosso” corpo abriga dezenas de milhares de formas de vida microscópicas. Que, outrossim, funcionam independentemente da nossa vontade.

Inegável que muitas vezes estas formas de vida atacam nosso sistema imunológico, produzindo desde uma simples gripe até infecções tanto graves quanto mortais.

Se não conseguimos enxergar essa vida que se encontra no mesmo plano físico que nós, imaginem só o que acontece em planos mais sutis da existência?

Planos estes que só os mais sensíveis conseguem vislumbrar ou até mesmo enxergar.

III – Ondas invisíveis:

Também  o próprio espectro da luz visível que enxergamos, decerto, nada é senão uma pequena faixa do que existe.

Isso, em termos de ondas de todos os tipos circulando por toda parte sem que percebamos esse burburinho contínuo.

Se atendemos à uma chamada de celular, usamos algumas dessas ondas invisíveis.

E ainda, se ouvimos uma estação de rádio ou um canal de TV, estamos nos conectando com outras faixas de onda…

IV – Vamos ampliar nossa percepção da vida?

Contudo, toda essa introdução serve para propor que tentemos perceber a vida em sua real e total dimensão.

Claro que é e será humanamente impossível conseguirmos “ver” tudo isso, entretanto, nosso esforço para ampliar nossa percepção da vida deveria ser um exercício constante, diário mesmo.

Conquanto, de uma perspectiva espiritualista.

Decerto, quanto mais conseguirmos captar dessa faixa “invisível” da nossa existência, melhor será para nossa compreensão de fatos que, muitas vezes, parecem não fazer sentido, se olhados de um ângulo meramente material.

Fica então a sugestão.

E para encerrar, um belo poema de Alberto Caeiro, um dos heterônimos do poeta maior Fernando Pessoa:

“Não basta abrir a janela para ver os campos e o rio;
Não é bastante não ser cego para enxergar as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia, não há árvores, há ideias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo um mundo lá fora,
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.”




Outros artigos interessantes deste mesmo autor:

Deixe seu like e siga nossa Rede Social:
0

Waldemar Falcão

Musician, astrologer, writer. Amateur photographer. waldemarfalcao@gmail.com

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *