Caminho do Meio

Caminho do Meio
(Majjhim Nikaya)

O homem vive constantemente em seus “extremos”.
É sempre assim, ou muito a Deus ou muito ao Diabo. Isso mesmo. Sempre alimentamos as duas pontas, ou melhor, os “extremos”.

Vale lembrar, no entanto, que o homem obedece à sua ‘mente’.

A mente sempre alimenta e sacia o “Ego”, lembra? Já falamos disto anteriormente, mas, o “ego” assume a forma e acaba por fim manifestando-se por inteiro.

Você não é mais você, você torna-se, então, pura manifestação do seu ego.

Caminho do Meio e o ego

O “Ego” pode agir de duas maneiras, note bem, nos seus extremos:

1- A mente que gosta de ‘dominar’
2- A mente que gosta de ser ‘submissa’.

Domínio Submissão

Um é o extremo do outro, no entanto, no meio não há nada, ou seja, há o “vazio”. Isso sempre ocorre, no entanto, você não percebe.

O ego é satisfeito e alimentado nos extremos, no meio, ele não existe.

O ego tem a necessidade de se sentir importante. Quer você dominando ou sendo dominado, você se sente importante.

Você se sente alguém. Um porque consegue se impor e o outro porque se não fosse ele o outro não conseguiria dominar.

Caminho do Meio – onde a mente não existe

No entanto, no meio dos extremos existe um espaço em que a mente não existe, existe o vazio.

Ali ela não impera, não há mente, não há ego, não há nada. Vazio. No meio, o ego morre.

Não seja dominado. Não tente dominar. Apenas viva o momento, não seja nem um nem outro.

Isso é difícil, não é mesmo? Você gosta de se sentir útil, importante, não é mesmo? Logo, aceita a submissão.

Ou mesmo quer mostrar suas conquistas, suas vitórias financeiras e então começa a se posicionar a frente de outras pessoas, assumindo um papel de liderança… Logo, você ama dominar.

Quando você não é nada e nem ninguém em especial, o ego não existe.

Logo, o ego acaba morrendo. Quando você não é ninguém em especial e ninguém precisa de você e você não precisa de ninguém, aí você consegue ser apenas você mesmo.

Ser livre é ser “São”. Isento de “Ego”

Buda, há mais de 2500 anos atrás revelara aos seus discípulos:
“A mente é a raiz de todo o mal.”

Quando existe um problema, a mente entra em ação e passa a tentar dominar, e acaba conseguindo na maioria das vezes.

Se não houver nenhum problema, não tem porque o ego se manifestar e a mente dominar a situação.
A vida se move em círculos.

Sempre que você se sentir um vencedor(a), neste exato momento, a roda gira, ela se moveu e você está perdendo mais um pouco…

Vencer é dominar… Ego satisfeito.

Conseguiu um emprego registrado? Sente-se feliz, não é mesmo? Mente dominada… Ego satisfeito.
Girar a roda só faz o carro andar. Ser notado.

Se não há carro, não há roda, logo, não existe, ou seja, não tem como ser notado.

Buda percebeu que se você tiver um instrumento musical de corda e você estica-la demais ela arrebentará, no entanto, se você afrouxar demais a corda ela não emitirá nenhum som, logo, devemos evitar os ‘extremos’ e buscar no meio o equilíbrio e a harmonia.

Às vezes precisamos parar um pouco e observarmos as coisas ao nosso redor… Pararmos para admirarmos uma linda flor ou mesmo uma simples borboleta. O mundo está muito acelerado.

“Temos nosso próprio tempo.” Renato Russo.

Cuide bem dele.
Até Breve!
Gasshô!




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Li Yan

Sou Escritor... Autor de A Meditação e a neurociência... A Meditação e a aprendizagem, Meditação, Sabedoria oriental, Pensamentos Orientais, Simples assim, RESPIRE bem e viva zen, Síndromes, transtornos e distúrbios, Distúrbios de aprendizagem, Hein? Estudo sobre a memória, Melhor idade ? Será? Sou pedagogo. NEUROPSICOPEDAGOGO CLÍNICO e Teólogo Budista. Além de músico, atendo em meu consultório e ministro cursos e palestras... Contato: 11 976728557 Visite meu blog : neurotópicos.com.br

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