Signos Astrológicos – Uma viagem de 360 graus – GÊMEOS

Signos Astrológicos – Uma viagem de 360 graus – GÊMEOS

E seguindo nossa viagem,agora fechamos o primeiro quadrante da mandala astrológica com o signo de Gêmeos, um signo de ar, o primeiro deles. Os demais são Libra e Aquário.

Signos, portanto, voltados à comunicação e à interação com os demais.

Por analogia com o próprio processo de desenvolvimento humano,podemos observar que o ser agora já se solta mais.

Ele já balbucia as primeiras palavras e tenta interagir com o ambiente ao seu redor.

Em Gêmeos surge a necessidade da troca.

Assim sendo já não se aquieta no berço aguardando, tão somente,tanto ser cuidado quanto nutrido.
Agora, surge a curiosidade pela diversidade e é grande a necessidade de obter informações e trocas.

Quando nos deparamos com um geminiano quieto e pouco adepto de efetuar essas trocas inerentes ao signo, algo provavelmente não vai bem. Quer com seu planeta regente, Mercúrio, quer com os demais planetas dispostos em seu mapa natal.

Decerto, existem ambivalências em Gêmeos. Ele não é um, mas dois, por analogia com sua personalidade dividida,ora voltada para o lado mais básico da existência, ora para o espiritual.

Ao longo de sua existência, esses dois lados travam seus embates e um deles prevalece, ou se alternam em diferentes fases da vida.

Ele corresponde a terceira casa astrológica, regendo os pulmões, mãos, braços,assim como clavícula e sistema nervoso.

Corresponde a primeira saída do mundinho individual. Gêmeos já não está preocupado como acúmulo de bens materiais,mas de informações para que monte esse imenso quebra-cabeças que é a existência.

Ele já sabe não estar só no mundo e que não lhe faltam pares para que efetue trocas.

Liz Greene descreve o mito que considera mais adequado a esse signo mutável

 

 

“Os mais famosos gêmeos de nossa herança mitológica são castor e Pólux, filhos de Zeus, chocados de um ovo posto por Leda após sua união com Zeus, disfarçado em cisne. Isso nos mostra de imediato que Gêmeos é metade pássaro. Desde as gaivotas da praia ao engraçado papagaio, Gêmeos tem muito em comum com nossos amigos emplumados.

Castor e Pólux são uma espécie muito particular de gêmeos da mitologia, sobretudo, embora sejam ambos bravos e corajosos guerreiros, porque um é humano e o outro, divino. Quando um deles morre e suas súplicas chegam aos ouvidos de Zeus, este faz um pacto com eles. (Gêmeos tem verdadeiro talento para fazer pactos). Eles conseguem autorização para alternar sua imortalidade. Enquanto um tira férias no Olimpo, o outro é um simples mortal na Terra. Depois eles trocam de lugar. E, toda a vez que invertem as posições, eles têm um pouco de tempo para ficarem juntos, conversando.

Esse mito, embora pareça divertido, nos dá uma idéia significativa da profundidade interior de Gêmeos. Em Gêmeos há muitas vezes uma percepção de um mundo altamente espiritual e quase etéreo. Espiritual não no sentido religioso normal – que muitas vezes nada tem a ver com o espiritual – , mas uma espécie de uma relação harmoniosa com um domínio transpessoal ou diferente de consciência. Muitos geminianos mostram este aspecto numa intuição muito bem desenvolvida que registra toda espécie de coisas num nível não racional que pode ser profundamente chocante para o lado mais intelectual e racional da pessoa. Também não quero dizer espiritual no sentido de sessões espíritas ou coisas do gênero. Trata-se de um sentimento de um outro mundo, mais elevado. O geminiano tem o sentido do eterno, das correntes secretas que trabalham para criar a vida. Esta é parte da razão porque ele nem sempre leva a vida ou suas responsabilidades muito à sério. Algo muito profundo dentro dele lhe diz que isso não é tudo.

O problema é que essas percepções não têm consistência, e muitas vezes não são bem acolhidas. O mito nos conta que, enquanto um dos gêmeos está no reino divino, o outro desce à Terra. Nunca ambos estão no mesmo lugar ao mesmo tempo. Muitas vezes a intuição de Gêmeos entra violentamente em conflito com seu espírito analítico cuidadosamente estruturado. Ele também é um estranho para si mesmo, não sabendo se é um cientista ou um místico, um artista ou um intelectual. As vezes ele tenta bloquear dentro de si um desses lados gêmeos – qualquer um deles – e causa à si mesmo muita angústia nesse processo. As alterações de Gêmeos, seus períodos de bons e mau humores, de extroversão e introversão, de visões e análises são curiosos tanto para ele como para os outros. Qual dos dois é ele? Ambos, é claro, e, de algum modo, durante o curso de sua vida, o geminiano tem de aprender a traduzir o que se passa numa esfera para a linguagem da outra. Os dois são realidade para ele. É como uma bateria de corrente alternada. As vezes ele realmente está em contato direto com seu eu secreto; aí ele brilha e parece o sol nascendo numa manhã de primavera. É a maravilhosa borboleta, a eterna criança, o mágico que espalha pó de ouro por onde passa. Então, de repente, fica alienado. Não está mais no Olimpo, mas fincado na Terra, num corpo mortal. A vida é meio amarga, às vezes sombria e sarcástica, e ele é capaz de se tornar cínico e desagradável, e de pensar bastante na morte. Ele então se recolhe para meditar, pois a conexão foi cortada e, afinal, ele é um simples mortal. E sua mortalidade, o fato de que tem que envelhecer como todo mundo, pesa muito sobre ele.

Você não pode interferir no ciclo vital do geminiano ou esperar que ele o mude. Ele precisa de seu tempo de colisão com a mortalidade do mesmo modo que precisa inalar a fragrância das alturas olímpicas. Este ciclo é só dele, e você é um tolo se pensar que ele o faz para contrariar você ou por sua causa. (…)

Esses altos e baixos podem ser descritos de outra maneira. Você pode achar que se trata da polaridade que há dentro dele: intelectual e emocional, masculino e feminino, ou consciente e inconsciente. Um é humano, o outro é divino. Muitas vezes o geminiano confunde-se pensando se deve fazer um julgamento racional ou um julgamento emocional. As vezes ele também faz uma grande confusão sexual, pois há muito dos dois dentro dele – seja num homem de Gêmeos ou numa mulher de Gêmeos – que não é um reflexo de sua sexualidade, mas significa que ele é verdadeiramente os dois, intuitivo e racional, sensível e inflexível, reflexivo e expansivo. O masculino e o feminino em Gêmeos têm um significado maior, e muitos geminianos ficam confusos sobre que imagem mostrar, pois descobrem as duas dentro de si e se relacionam igualmente bem com as duas, tanto a do homem como a da mulher.

Tudo isso leva a um comportamento bastante instável.”

Os Astros e o Amor, pg. 290/292

http://www.grupomeiodoceu.com/internas/2019/03/08/signos-astrologicos-uma-viagem-de-360-graus-aries/

http://www.grupomeiodoceu.com/internas/2019/03/15/signos-astrologicos-uma-viagem-de-360-graus-touro/

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