O Mágico, O Astrólogo e o Vidente I
O Mágico, O Astrólogo e o Vidente I
Nos últimos meses tenho lido com a assiduidade que o tempo me permite, alguns comentários em grupos de Astrologia.
São diversos grupos, assim como diversos são os interessados. Em função disso, constato tanto a riqueza quanto a variedade dos comentários.
Fico feliz em ver tantas pessoas buscando conhecimento. Por outro lado, me preocupo com algumas constatadas desinformações.
Portanto, vamos falar do mágico
Todo mágico é um ilusionista. Ele cria uma pseudo realidade através da ilusão, através de determinados truques.
A profissão de mágico não é nova, assim como não é nova a prática da Astrologia e tampouco, o processo de vidência.
O mágico tanto estuda quanto pratica sua arte para que esse estado de ilusão seja algo convincente.
Pelo que se pode constatar através de pesquisas, essa arte remonta a pelo menos 2000 a.c.
É uma arte validada dentro de sua proposta. Criar a ilusão de algo que de fato não existe.
Ela não deve ser confundida com magia, algo muito diverso, além de ter propósitos distintos
Os circos de um modo geral, sempre usaram esses truques para atrair a platéia.
Entretanto, pelo que se pode apurar, ela não surgiu nos circos. Outrossim, numa apresentação feita a um faraó egípcio bem antes de 2000 a.c.
Uma das táticas é criar um determinado momento em que a platéia ¨se distraia¨e não perceba o truque.
Se perguntarmos se a Astrologia se mistura com o ilusionismo, a resposta sem dúvida será NÃO.
O vidente
Teoricamente todos temos a possibilidade de sermos videntes.
Existem alguns fatores que propiciam o acesso à vidência, contudo, muitas vezes, ela vem de maneira natural.
Basta que um fenômeno denominado abaixamento de consciência ocorra para que ela se processe.
Isso pode ocorrer com qualquer um de nós. Nesse momento, o ego; portanto, o porteiro de nossa mente consciente, como que se distrai.
Através dessa ¨distração¨, conteúdos do inconsciente invadem o outro hemisfério cerebral e ela se processa.
Tal fato é bastante comum através de nossos sonhos. Momento em que nosso ego não é o dono da cena.
Enquanto sonhamos, o diálogo entre os dois hemisférios cerebrais, se dá de maneira espontânea.
Eventualmente, temos sonhos que se manifestam de uma maneira literal e não através de uma linguagem simbólica, e constatamos com maior clareza esse fenômeno.
Existem, contudo, outras maneiras de se acessar esse material que jaz no inconsciente.
Primeiramente, quando estamos sob forte impacto emocional.
Em segundo lugar, através de padrões caóticos que ¨distraem¨ o ego.
Muitos videntes se valem disso de maneira consciente, outros não.
Um cigano ao ler a mão de seu consulente, normalmente não se utiliza dos conhecimentos de quirologia. Decerto, são os padrões caóticos das palmas das mãos do consulente o que propicia esse fenômeno.
Analogamente, quem faz a leitura através da bola de cristal. A refração da luz no cristal, propicia esse estado e o acesso ao inconsciente se dá por esse intermédio. O consultor, projeta nesse padrão caótico seu próprio inconsciente, e faz a ¨leitura¨ do que está sendo visto e comunica ao consulente.
Várias são as maneiras de que esse fenômeno se processe, tais como exemplo:
– a leitura na borra de café,
– a leitura num quadro de terra
– a leitura através das linhas de um mapa astrológico também… isso é fato.
– além de n outros métodos de previsão.
Só que mesmo essa leitura através da ativação do inconsciente via padrão das linhas do mapa natal, não se constitue em Astrologia, mas tão somente em vidência.
Astrologia é algo diverso disso, muito embora, a vidência possa ocorrer durante a leitura do mapa.
O astrólogo
continuaremos a abordar o tema na próxima semana. Esse tema dá panos para mangas e vale muita reflexão…. até lá
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