Sinastria Cármica II – Algumas dificuldades
Sinastria Cármica II – Algumas dificuldades
Na parte I, abordávamos o tema do que se constituiria uma sinastria, e especialmente, uma sinastria cármica.
Entretanto, vale ressaltar que para qualquer análise cármica, esbarramos em vários problemas. Decerto, isso não se passa apenas com relação à Astrologia. Como exemplo:
Em primeiro lugar, não existe uma pesquisa sistemática e apurada para que se possa validar a sua realidade. Portanto, isso vai depender em grande parte, da postura de abertura ou não, do cliente que busca esse caminho.
Em segundo lugar, não temos um mapeamento do nosso cérebro que possa nos confirmar que aquelas imagens emergem dessa ou de tal área da psique.
Em terceiro lugar, sabemos que nossa psique se divide em consciente, inconsciente pessoal e inconsciente coletivo.
Essa área do consciente é uma área ou ¨depósito bem restrito.
Conforme costumo dizer, nossa consciência é como a marca de um ponto feito à lápis num oceano infindável
Gosto de fazer a analogia com o HD de um computador, e nele só caberiam um relativo número de dados. O que extrapolasse a memória desse HD, cairia em outra região denominada de inconsciente.
Além do mais, o inconsciente também se divide em inconsciente pessoal e inconsciente coletivo.
Essas memórias de vidas passadas sobretudo, estariam em nosso inconsciente pessoal?
Sou tentada a crer que não. Elas não fazem parte do que foi vivido em nossa vida pessoal durante essa existência.
Assim sendo, elas estariam misturadas ao material do inconsciente coletivo.
O inconsciente coletivo é aquele mar sem fim que citamos um pouco acima
Dele fariam parte tanto os registros de nossa espécie, quanto nossos registros genéticos, e mesmo os registros de nossa espécie. Muito provavelmente, também o material de nossas vidas pregressas.
A pergunta que cabe fazer? como poderíamos distinguir que tipo de material está sendo acessado uma vez que não temos limites definidos demarcando essas áreas?
Dessa esfera de nossa psique, fazem parte também, os arquétipos, ademais de toda uma gama de padrões arquetípicos.
Definir no que consistiria esse material é uma tarefa que demanda ainda bastante pesquisa.
Contudo, existem situações que nos são desafiadoras
Essas questões em foco. geralmente, se manifestam quando nossos planetas pessoais são tocados por trânsitos, progressões e/ou direções por planetas transpessoais.
A essa pesquisa me dediquei durante alguns anos junto a um astrólogo português já falecido, o Fernando Albuquerque.
Ainda assim, o número de dados coletados não era suficiente para se formar uma tese a esse respeito.
Ao menos, uma tese que nos desse segurança de que estávamos certos quanto às conclusões as quais estávamos chegando.
Houve um ponto em que nos parecia emergiam do inconsciente coletivo material de mais de uma natureza, e uma delas de natureza cármica
Alguns casos mais específicos nos levaram a acreditar que baixo essas configurações astrológicas, eram consteladas situações de mais de uma natureza, e que serão abordadas num próximo artigo.
Mesmo assim, estávamos seguros de que caminhávamos em terreno pantanoso, e que muito ainda havia a ser pesquisado.
Jung em sua obra e pesquisas, nos levantavam sempre algumas suspeitas de que poderíamos estar equivocados.
Mantínhamos sempre a consciência da onisciência do inconsciente coletivo, assim como da nossa própria ignorância a respeito desses temas.
Sabíamos que nos baseávamos em suposições, tanto curiosas, quanto contundentes, mas ainda incipientes.
segue em um próximo artigo…
até lá….
Sinastria Cármica I
http://www.grupomeiodoceu.com/internas/2019/05/27/sinastria-carmica-i/
Sinastria Cármica III, Jung e Planetas Transpessoais
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