Minha cura através da TVP
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Não costumo usar minha experiência pessoal para abordar o tema da regressão de memórias.
Mas por pedido de alguém que tem dúvida se o terapeuta já passou pelo processo, vou narrar.
No meu caso especificamente, foi inusitado, não foi programado, nem sequer pensado.
Estava em uma aula, do curso de Terapia de vidas passadas. Já tínhamos terminado a parte teórica.
O grupo saiu para almoçar e voltaríamos para a primeira aula prática do curso.
Era uma aula deveras especial.
Uma pena que eu não me sentia bem. Sentia tanta dor nas costas que até meu estômago revirava.
Tentei almoçar e não foi bom, minha indisposição era geral.
Resolvi ir embora, afinal não aproveitaria a aula. E era até capaz que acabasse tendo que sair no meio, e atrapalhar a concentração das pessoas.
Estava decidida, depois do almoço, voltaria à escola apenas para pegar a bolsa.
Minha cura através da TVP – os autos boicotes despercebidos
Durante o almoço, comentei com duas amigas e colegas no curso, que iria embora.
Ambas tentaram me demover da ideia, pois perderia uma aula crucial e teria que repor noutro dia.
Realmente estavam certas, seria uma grande perda, e eu sou bastante dedicada e disciplinada no que faço.
Mas mesmo assim, não ficaria, pois, a dor aumentara mais ainda, talvez porque estava um dia chuvoso e frio.
Depois de muitas explicações, que chegaria em casa tomaria um remédio e deitaria, elas pareciam convencidas.
Minha cura através da TVP – quem tem amigo tem tudo
Ao retornarmos encontramos com o professor na recepção, e eu meio que me esquivei e fui pegar a bolsa.
As amigas ficaram conversando com ele.
Voltei e avisei estava indo embora, pois estava com muita dor nas costas e não aproveitaria a aula.
Ele disse que já sabia que elas haviam comentado e ficasse, que era aula importante.
Então, sugeriu que eu ficasse e servisse para a primeira aula prática.
Levei um susto, senti um choque subir pela coluna.
Senti medo, a dor aumentou, fiquei com náuseas.
Falei o que acontecia ele reafirmou, é um quadro prefeito para estudarmos e trabalharmos a memória.
Olhei para minhas amigas e os sorrisões estavam estampados, uma até esfregava as mãos.
Enfim, não teve como recusar.
Minha cura através da TVP – a singular experiência que marca
Assim foi que o professor conduziu a sessão.
Minha dor era no final das costas, pegava o ilíaco direito.
Eu estava disposta a ir embora, porque era uma dor conhecida de anos.
Em algum momento na minha juventude ela surgiu e nunca mais me deixou.
As vezes era preciso passar um unguento para conseguir dormir.
Remédio para dor era rotina, pelo menos uma vez na semana eu passava por aquela tortura.
Ele seguiu os procedimentos até que me encaminhou para a origem da dor.
Minha cura através da TVP – a memória propriamente dita
Me vi deitada em um buraco que lembrava um poço muito fundo.
Estava com os olhos fechados e senti até o frio da terra molhada, vermelha, e de cheiro forte.
O professor me perguntava e eu narrava.
Pediu que eu voltasse antes de estar lá deitada e visse a cena do acontecimento.
Então me vi em cima, no alto do poço, com um sarilho na mão, ouvi um grito.
Em seguida olhei para os lados e era um lugar grande, sem vegetação, parecido com um lugar no deserto.
Eu era um homem que vestia uma roupa branca presa nas pernas e na cabeça um pano branco também.
Em volta outros homens se vestiam iguais, eram de pele bronzeada, olhos negros e todos tinham barba cerrada.
Eu também, era assim.
De repente começaram a correr atrás de mim e me chamavam de assassino.
Me vi velhinho de longas barbas brancas, numa sela, em que uma réstia de luz penetrava, dali passei para o outro mundo.
Minha cura através da TVP – identificando a causa da dor e curando
A descoberta me fazia sentir mal, pois percebi que havia provocado alguma morte, visto a perseguição, o que gritavam e a prisão.
Mas o professor não se deu por satisfeito e disse que não estava claro o que aconteceu.
Então me fez voltar até o momento em que me vi com o sarilho na mão.
Eu era quem puxava o balde com a lama que alguém tirava do fundo do poço.
Neste momento senti grande mal-estar e quis parar.
O professor com paciência me explicou e para toda a classe, que é normal essa reação de medo.
Não desejamos saber, mas é revelador, pois nosso mecanismo de defesa não deixa vir algo que não suportemos.
Minha cura através da TVP – a dor se originou pela culpa
Aceitei e voltei para ver direito o que aconteceu.
Novamente estava deitada dentro do buraco, no fundo do poço, com os olhos fechados.
Então ele me pediu para abrir os olhos e novamente o pânico e novamente ele me convenceu com muito jeito.
Abri. E vi outro homem deitado de frente para mim, ele com os olhos fechados, pela orientação procurei algo que pudesse ter feito ele cair.
Vi o balde com a corda solta, sobre as costas do homem.
Fui orientada a subir novamente e ver o que aconteceu de fato.
Lá no alto estava eu, puxando o balde e de repente o sarilho lascou.
Uma parte da madeira ficou na minha mão e o balde caiu sobre o homem lá embaixo.
A condução do professor me aliviou pois constatei um acidente.
Mesmo assim, naquela vida fui condenado, pela precariedade das investigações, se que é, que houveram.
Ao terminar a sessão eu me senti bem abatida, e até triste, mas a dor não estava mais lá.
E assim nunca mais voltou.
Digo sempre que sou prova viva da capacidade que uma cura de memória tem.
Crédito de imagem destacada: https://unsplash.com/photos/zpG3x9pXS_8
